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Quando a Esperança Está no Agir com Equilíbrio e no Promover a Estabilidade

Com Pouca Margem para Errar, o Desafio Imediato do Governo é Trazer de Volta a Confiança

Quanto aqui escrevo esta coluna, ainda não conto com a informação a respeito dos demais membros da equipe econômica do novo governo do Presidente Lula. Por isso mesmo, cabe realçar que, essa demora pela revelação dos nomes, tem causado expectativas pouco favoráveis junto a importantes segmentos da sociedade. Pelo menos, aqueles que formam opinião. Como o governo deve ter a ciência de que sua margem para cometer erros é muito pequena, abalar qualquer sentido de confiança, no que fazer frente ao desmantelo econômico, parece-me perigoso. Como digo no título, "a esperança com a qual o governo precisa constar está no agir com equilíbrio e no promover a estabilidade".

O danado é que já se encontra en evidência alguns sinais de preocupação, que já apontam para um baixo nível de confiança. Os primeiros indícios disso vêm da demora do Presidente Lula em definir não só todos ministros da área econômica, como outeos nomes que possam contribuir com aquela esperança por novos tempos. Formadores de opinião, dentre os quais o lado mais racional do chamado "mercado", que até depositaram suas confianças na figura política do novo Presidente, encontram-se agora com os "pés fincados" na insegurança. 

Sem que toda equipe esteja apresentada, fica difícil um juízo de valor a respeito das expectativas que favoreçam um clima real de otimismo. Não que essa intenção seja algo que, diante dos rijos desafios de 2023, possa ser encarada como palpável. Facilmente conquistada no estalar dos dedos. Como disse antes, a margem para cometer erros é próxima de zero. Por essa razão, em se tratando de estabilidade econômica na conjuntura atual, firmeza de propósitos e agilidade na execução são princípios inabaláveis. 

Valem aqui duas meras conjecturas, que permitam ensaiar a "cena da esperança", que representa aquela mais esperada para o filme de 2023. A primeira, faz um aceno  para a tolerância política, como voto de confiança dirigido ao Presidente Lula. A segunda, noutra direção, age como atitude de lembrança, também dirigido ao Presidente Lula. 

A conjectura da confiança está no eentendimento da composição do Ministro Haddad como um respaldo pessoal, da cota direta do Presidente. Por mais que haja crítica pela escolha e pelo posto, a decisão repete o "modelo Palocci" do primeiro governo. O ensaio de se buscar repetir o êxito de 2002 pode ter lá sua validade política e até sucesso econômico, mas é bom lembrar que as condições conjunturais são bem diferentes.

No outro caso, uma vez que o Presidente fez sua escolha pessoal e deu significado à sua confiança (que se espera absorvida pela sociedade), cabe a lembrança de que este governo que assume o poder é fruto de composição política, que foi capaz de se deslocar para o centro e até a centro-direita. Nesse sentido, dado que a régua que mede a economia tem lá sua grandeza, é preciso olhar as demais áreas econômicas com lentes de graus mais ampliados. Falo aqui pela volta de espaços de políticas publicas também importantes, como o Planejamento e o Desenvolvinento Econômico. Este último, visto pelos setores tradicionais da Indústria, do Comércio (interior e exterior) e da Agricultura. Sem perder de vista, ainda, os setores modernos e transversais da Ciência & Tecnologia, do Meio Ambiente, da Cultura e do Turismo.

Nessas horas, vale agarrar-se àquela expressão do Mestre Ariano: é preciso ser um realista esperançoso.

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