Logo Folha de Pernambuco

Soberania, Responsabilidade e Sustentabilidade: Pilares do Setor Produtivo

No decorrer dos últimos dias, dois fatos me despertaram sobre o conteúdo do que trato hoje aqui na coluna. 

O primeiro deles, tem tudo a ver com a percepção das temáticas que hoje contagiam o debate na sociedade, a ponto de afetarem as relações econômicas. De alguma maneira, eu tratei disso aqui mesmo neste espaço, quando abordei a importância de tornar a discussão econômica num rito mais leve. Logo depois, mostrei como essa leveza impunha a necessidade de rever alguns conceitos. De fato, isso era algo que já estava considerado em certos ambientes econômicos, antes vistos como convencionais, bastante protocolares, ou mesmo, herméticos às mudanças. 

O segundo fato foi derivado de uma consulta, oriunda da equipe desta editoria de economia da Folha de PE. Nela, fui instado a me pronunciar sobre uma questão correlata. Ou seja, dado os conteúdos que fiz referência antes, quis saber a equipe o seguinte: até que ponto uma eventual dissociação de marcas e produtos tem a ver com o fato das empresas se manterem presas aos velhos conceitos?

De fato, o dinamismo econômico que pode espelhar qualquer novo estilo de empreender, não pode e nem deve ficar afastado de outro dinamismo de igual importância. A resposta que tem que ser dada está na sintonia com tudo aquilo que a sociedade atual projeta, em termos de valores e conceitos. Manter-se distante do que pensa os seus eventuais clientes ou consumidores pode ser um "tiro no pé". Por isso, chegou a hora de se rever atitudes de gestão, que possam ser traduzidas em tabus, preconceitos e discriminações. Mudar é tudo que uma sociedade hoje pautada por outra dinâmica mais deseja. E isso obviamente afeta o setor produtivo, que através de suas marcas e seus produtos, lança-se num mercado cada vez mais competitivo e exigente. 

Como disse nas colunas anteriores, mais do que apostar nos valores midiáticos de figuras públicas como Gil e Anitta, o protagonismo de ambos nas campanhas que fazem para duas instituições financeiras distintas expressam algo maior. No âmago das propostas está uma realidade que, sintonizada com os padrões dessa nova sociedade, não se afina com tabus, preconceitos e discriminações. Outro exemplo: por que será que as empresas cobram hoje de patrocinados explicações por erros e atitudes que não condizem com esse novo padrão conceitual?  Vou além: por que será que muitas outras empresas apostam hoje nos temas da sustentabilidade e responsabilidade, diante desse eterno desafio de se lutar por um mundo ambiental e socialmente menos desequilibrado? 

Enfim, quando trago à  cena os pilares da soberania, da responsabilidade e da sustentabilidade, tento aqui dizer para uma parte incrédula e renitente, que o mundo é redondo, gira e exige renovação de ideias. 

Que fique aqui uma mensagem com o "modo mantra ativado" para esses tempos atuais:  a soberania que prevalece é do consumidor, a responsabilidade social é compromisso pétreo e a sustentabilidade do planeta é tema inadiável. 

O bom empreendedor já assimilou essas lições.

Veja também

Rede Compaz oferece aulas para idosos do Recife aprenderam a usar o celular
TECNOLOGIA

Rede Compaz oferece aulas para idosos do Recife aprenderam a usar o celular

Náutico próximo de oficializar contratações de Geovane e Rayan
Futebol

Náutico próximo de oficializar contratações de Geovane e Rayan

Newsletter