12 de outubro é o Dia Nacional da Leitura
Dica criativa de como incentivar o hábito de leitura entre os alunos
Comemorado em 12 de outubro, o Dia Nacional da Leitura tem como objetivo incentivar a prática da leitura a fim de contribuir para a formação do senso crítico e estimular a criatividade e imaginação das pessoas. Instituída por lei desde 2009, a data é uma oportunidade para as escolas pensarem em projetos que mobilizem os alunos a desenvolverem o interesse pelos livros.
Por atuar diretamente na capacidade de interpretar textos, ampliar vocabulário e criar repertório multicultural, a promoção da leitura é fundamental para a formação de jovens com senso de comunidade, criticidade e compreensão de mundo. Por isso, as escolas apresentam papel fundamental nessa jornada.
Porém, em tempos de tantas opções de entretenimento nas redes sociais e nos streamings, é comum que as instituições de ensino básico tenham dificuldade em ajudar seus alunos a criarem o hábito da leitura. Como competir com o último vídeo viralizado ou com o desenho animado do momento? A coordenadora de biblioteca da Camino School, Andreza Reis, reconhece o desafio, mas ressalta a necessidade de os educadores buscarem estratégicas mais atrativas.
“Uma dica é pensar em atividades que utilizem diversos recursos, de livros físicos a plataformas literárias, de jogos de tabuleiro a jogos eletrônicos educativos”, sugere Andreza. “A biblioteca pode ser uma unidade de apoio para que os estudantes aprendam a utilizar estes recursos, promovendo letramento informacional e midiático”, pontua.
É preciso pensar além da caixa
Gincanas literárias são ótimas formas de mobilizar os estudantes a criarem o gosto pela leitura. Na Camino School, por exemplo, foi realizado o Reading Challenge, desafio que incentivou estudantes de várias idades a lerem diferentes gêneros e autores. A cada mês, os alunos eram desafiados a ler um livro que escolhiam por conta própria, a partir de um tema central determinado pela equipe da biblioteca do colégio: obras literárias de autoria negra, histórias em quadrinhos, relato de viagem e poesia foram algumas das categorias trabalhadas.
Ao terminar de ler cada livro, o estudante produzia um pequeno relato a respeito da obra e, ao apresentá-lo na biblioteca, recebia um carimbo em sua ficha de leitura. Com o isso, Andreza comenta que houve maior presença dos alunos na biblioteca, inclusive daqueles que não tinham o hábito de frequentar o espaço. No total, 83 estudantes participaram da gincana, registrando e compartilhando seus relatos literários, com destaque para alunos do Fundamental II.
Ao final de cinco meses, foi realizado um evento de celebração do livro aberto às famílias, o Book Week, onde ocorreu a premiação das turmas mais engajadas. “A proposta do projeto era incentivar a habilidade leitora dos estudantes, tanto individualmente, quanto no coletivo”, afirma Ariane Prado, assistente de biblioteca na Camino School. “Por isso, anunciamos no evento a turma mais engajada e, também, os cinco estudantes que mais se destacaram”, explica Ariane.
Para garantir que a atividade não estimularia o clima competitivo, a equipe responsável teve o cuidado de divulgá-la como gincana, não desafio. “Tentávamos trabalhar com cada estudante o seu próprio desempenho, lendo junto com eles os relatos que nos apresentavam para garantir que eles, de fato, estavam interessados nas leituras e não apenas em emprestar livros para competir”, acrescenta Ariane.
Panorama nacional de leitura e alfabetização
O cenário de letramento na educação básica brasileira reforça a importância de atividades de incentivo à leitura nas escolas. Dados da avaliação global Pirls, divulgados no início deste ano, revelaram que a capacidade de alunos brasileiros do 4º ano do ensino fundamental realizarem leituras e compreensão de texto está abaixo do esperado. Além disso, de acordo com a pesquisa Alfabetiza Brasil, do Ministério da Educação, 56,4% dos estudantes do 2º ano não estavam alfabetizados no Brasil em 2021.
Por outro lado, as crianças são a parcela da população que mais lê no país. A última edição do Retratos da Leitura no Brasil, publicada em 2019, mostrou que a faixa etária entre 5 a 10 anos de idade é o perfil com maior frequência de consumo de livros de literatura e representa 23% da população geral que costuma ler diariamente ou quase todos os dias por vontade própria.
“O papel das escolas é garantir espaços atrativos que promovam a leitura, sejam eles bibliotecas acessíveis com acervo diversificado, eventos literários ou, até mesmo, a presença de professores leitores que incentivem cotidianamente o estudante a trilhar a sua jornada pelo universo dos livros”, afirma Andreza Reis. “Afinal, precisamos ser modelos para os estudantes de modo a criar uma comunidade leitora por meio do nosso próprio exemplo”, conclui.
Camino Education – Como um ecossistema educacional que integra educadores, gestores, pais e estudantes, a Camino Education tem a missão de enriquecer a Aprendizagem para milhões de alunos, com a aspiração de transformar aulas tradicionais em experiências de aprendizagem inesquecíveis, de alta qualidade educacional e engajamento significativo dos educadores e dos alunos, por meio da Aprendizagem Ativa. A Cloe, plataforma digital completa de aprendizagem desenvolvida pela Camino Education, a Camino School, escola de referência em São Paulo que foi reconhecida como uma das dez escolas mais inovadoras do mundo pelo World's Best School Prizes, e o Instituto Camino, centro de impacto social, compõem esse ecossistema. A Camino Education é a primeira Edtech brasileira a compor a comunidade Global Innovators do World Economic Forum e está entre as 100 Edtechs mais inovadores da América Latina, segundo o ranking 2020 LATAM 100 Edtechs anual.