4 passos para estimular a criatividade dentro da sala de aula
A escola é um ambiente de preparo e formação, sendo responsável pelo desenvolvimento dos estudantes em diversos aspectos. Neste contexto, além de ensinar os conteúdos tradicionais, como Matemática, Língua Portuguesa, Ciências e Geografia, devem preparar os alunos para o futuro, quando irão se deparar com um mercado de trabalho que exige outras habilidades, assim como a criatividade e a capacidade de resolver problemas de maneira criativa. Ciente deste cenário, as escolas têm atuado também com projetos que visam estimular a criatividade.
Segundo a neurociência, o estímulo a criatividade é essencial para um desenvolvimento cognitivo completo – afinal, foi ela a mais provável responsável pela evolução da nossa espécie. Em uma concepção superficial, a capacidade criativa pode estar atrelada a expressões artísticas, mas a verdade é que é muito mais que isso: é a união do novo ao útil; é a habilidade de desenvolver propostas, soluções e, até mesmo, de propor novos problemas para uma situação cotidiana.
De acordo com Vinicius de Paula, coordenador do Colégio Anglo São Paulo, a criatividade influencia no processo de ensino-aprendizagem como um todo. “Ser criativo implica o crescimento intelectual e cognitivo. Desta maneira, o estímulo da criatividade representa também estimular o aprendizado. Além disso, ela é essencial no desenvolvimento da autonomia, pois a criatividade é algo individual e personalizado”, afirma.
Nesse sentido, as instituições escolares assumem um papel importante no desenvolvimento dessas habilidades, pois é durante o ensino básico que crianças e adolescentes entram em contato com novas experiências, outras visões de mundo e enfrentam o desconhecido. Pensando nisso, o coordenador do Colégio Anglo separou cinco passos para educadores aplicarem a criatividade em sala de aula. Confira!
Crie um ambiente seguro para os alunos:
É essencial que a sala de aula seja um local de respeito mútuo. Antes da elaboração de um trabalho ou projeto, é preciso que o aluno se sinta à vontade para expressar e sugerir ideias, podendo protagonizar o conteúdo sugerido. A organização de atividades interativas e a maleabilidade de aulas teóricas que permitam a participação dos estudantes são essenciais para estabelecer essa relação.
Conheça o perfil e gostos de cada um:
Para conquistar o interesse e compreender de que forma funcionam, é preciso primeiro entender o perfil de cada aluno, identificando, assim, quais ferramentas eles têm em mãos. Em segundo lugar, estabelecer qual o principal objetivo de determinada atividade. Ou seja, o que o professor espera receber a partir do que foi apresentado? Onde ele quer chegar?
Adapte o conteúdo à realidade cotidiana:
Ao conhecer as particularidades e estabelecer um objetivo, o professor é capaz de identificar como o que foi ensinado cabe no cotidiano desses alunos. É importante que ele esteja antenado aos recentes assuntos e gostos que repercutem entre determinada faixa etária, selecionando temas atuais - com recortes sociais, políticos, econômicos ou culturais - para a elaboração desses projetos. Assim, os educadores instigam o interesse e facilitam a compreensão dos conteúdos, podendo integrar essas atividades em diversas disciplinas.
Exponha problemas e solicite soluções:
A partir disso, proponha um problema atrelado a conteúdo das disciplinas tradicionais, como a Matemática, Biologia ou Geografia, e solicite que, individualmente ou em grupos, elaborem novas soluções e alternativas. Ao oferecer ferramentas para isso, os alunos podem trilhar seus próprios caminhos para a resolução desses problemas, olhando para aquele recorte da realidade de uma nova forma.
“Assim, os estudantes são desafiados a aplicar seus conhecimentos teóricos em situações cotidianas com o apoio da criatividade, desenvolvendo habilidades como a análise crítica, a capacidade de resolução de problemas e o trabalho e a comunicação em equipe”, conclui Vinicius de Paula.