80 anos do Dia D: qual o seu impacto para a Segunda Guerra e para o mundo?
Em junho de 2024, o famoso “Dia D”, evento crucial para o decorrer da Segunda Guerra Mundial, completa 80 anos. Para os estudantes, compreender o impacto desse acontecimento é crucial, pois, até aquele momento, a única frente de combate na Europa contra os nazistas era a União Soviética na parcela oriental.
Até hoje, a sociedade vivencia as consequências e efeitos da Segunda Guerra para o mundo inteiro. Dominar o tema, além de ser um repertório relevante, pode ser uma vantagem para os vestibulandos, que conseguem relacionar o Dia D a temas como direitos humanos e autoritarismo.
O que foi o Dia D?
No dia 6 de junho de 1944, as tropas aliadas, compostas principalmente pelos exércitos americano, britânico e canadense, desembarcaram na praia da Normandia, na França. “Podemos falar em uma mudança na história da guerra, pois o ataque das forças aliadas marcou o início da recuperação dos territórios sob domínio nazista na Europa Ocidental”, afirma Gabriel Onofre, autor do Sistema de Ensino pH.
A invasão do Dia D aliviou a pressão sobre as forças soviéticas que estavam lutando contra a Alemanha na Frente Oriental, dividindo os recursos e a atenção militar dos nazistas. A partir disso, estabeleceu-se uma base segura para o avanço aliado na Europa, culminando na libertação de Paris e, eventualmente, na derrota da Alemanha nazista, em maio de 1945.
Pontos interessantes sobre o Dia D
Para os estudantes que desejam ir além do básico e desenvolver uma visão crítica sobre o Dia D e o desenrolar da guerra, Onofre ressalta dois pontos. “O primeiro é que, embora a chegada à Normandia tenha representado, de fato, uma virada importante na guerra, uma reviravolta no ano anterior, na Batalha de Stalingrado, na União Soviética, foi tão importante quanto e desfavorável à Alemanha de Hitler”, diz.
Na Batalha de Stalingrado, o exército nazista sofreu enormes perdas humanas e materiais e as tropas alemãs tiveram um impacto devastador em sua moral. Isso permitiu que a União Soviética passasse para a ofensiva, começando a recapturar territórios ocupados e avançar em direção à Alemanha.
Outro ponto é que existe uma grande polêmica entre os historiadores sobre o Dia D, por conta do atraso para a ocorrência da operação militar, o que prejudicou demais a União Soviética – a qual lutava, no momento, sozinha contra Hitler. “Alguns estudiosos afirmam que as forças aliadas demoraram a realizar a invasão da França pois buscavam se preparar ao máximo para enfrentar as tropas alemães; já outros entendem que a demora foi proposital, pois Estados Unidos e Grã-Bretanha procuravam desgastar ao máximo a aliada comunista para que no pós-guerra tivesse menos força e poder de negociação”, explica.
Como estudar sobre o Dia D?
“Acredito que mais importante do que examinar o evento histórico em si é contextualizá-lo, examinando-o a partir da experiência do fascismo, do nazismo e do Holocausto”, aponta o autor do Sistema de Ensino pH.
Nessa perspectiva, ele defende que professores de diversas matérias (História, Geografia, Literatura, Sociologia e outras) podem desenvolver debates e projetos sobre o Dia D, com o objetivo de promover valores democráticos e de defesa da dignidade e dos direitos humanos. Ao realizar esses exercícios, os estudantes são instigados a refletir sobre as diferentes formas de autoritarismo e de violência, adotando princípios éticos, inclusivos e solidários, conforme orienta a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Logo, abordar esse conteúdo em sala é uma das formas de garantir a formação integral das turmas.
Como os conteúdos referentes ao Dia D e à Segunda Guerra aparecem nas provas?
“Nas provas e vestibulares, a recorrência de temas relacionados à história do tempo presente e aos fascismos nos últimos anos me faz acreditar que o evento do Dia D pode aparecer inserido em um debate mais amplo e relacionado a temas como direitos humanos, violência e autoritarismos”, afirma o autor do Sistema de Ensino pH.
Dessa forma, esse conhecimento pode ser indispensável para o candidato que está respondendo questões objetivas e, sobretudo, perguntas dissertativas sobre História e atualidades. Por fim, pode ser um diferencial para complementar os argumentos ou fortalecer a tese de uma redação.