Autoestima: como os professores podem ajudar os alunos a desenvolverem essa competência

Conhecer a si mesmo é um processo que começa na educação infantil e não para - Freepik

De acordo com a Competência 8 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é necessário cuidar da saúde física e emocional para que o indivíduo se compreenda na diversidade humana e reconheça suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade de lidar com elas. Esse é um importante aprendizado que as crianças devem ter de si mesmas, sabendo identificar suas emoções, fragilidades e qualidades, e pode ser desenvolvido ao longo do período escolar.

Ainda de acordo com o documento, as crianças precisam adquirir três habilidades até o final do Ensino Fundamental. São elas: a autoconsciência, para conseguirem construir um senso coerente de si mesmo; a autoestima, para compreenderem e desenvolverem pontos fortes e fragilidades de maneira consciente e respeitosa e a autoconfiança, para saberem usar conhecimentos, habilidades e atitudes com confiança e coragem.

Por isso, quando a escola atua com estratégias que visam fortalecer a autoconfiança e autoaceitação desde cedo, essa ação pode ajudar a moldar o bem-estar e o sucesso futuro dos estudantes. Neste contexto, o assessor pedagógico do programa Líder em Mim, Heleomar Gonçalves, explica que trabalhar com a definição e realização de metas é uma das ferramentas que pode ser adotada com esse objetivo. “É estimulante e satisfatório escolher e alcançar uma meta, pois um dos maiores desafios para as pessoas é atingir seus objetivos. Sentir-se bem e fazendo progresso potencializa e turbina o desempenho acadêmico e as relações sociais de crianças, jovens e adultos”, destaca.

Além disso, o assessor pedagógico também salienta como os educadores devem promover o desenvolvimento dessas habilidades em sala de aula. Para Gonçalves, o papel dos educadores é crucial, uma vez que suas competências socioemocionais e sua desenvoltura em práticas didáticas de ensino socioemocional vão impactar expressivamente no desenvolvimento das crianças e dos jovens. Para que isso aconteça de maneira positiva, a elevação do nível de autoconhecimento do educador e de conhecimentos sobre como os relacionamentos funcionam é fundamental para exerça práticas didáticas que criem um ambiente de apoio com a finalidade de gerar bons resultados no desenvolvimento dos alunos.

Com esse modelo mental, passa a ser consistente o hábito de valorização dos pontos fortes, tornando as fragilidades cada vez mais irrelevantes. Neste ambiente de apoio e inclusão, a coragem, o autovalor, a autoconfiança e a autoestima emergem.

Por fim, o assessor pedagógico do programa Líder em Mim indica algumas práticas eficazes que os educadores podem adotar para promover a autoestima dos estudantes:

Desenvolvimento contínuo: Os educadores precisam de aprendizagem permanente, sobretudo sobre o autoconhecimento, competências socioemocionais e práticas didáticas relacionadas.

Paradigma do Potencial: Todos possuem potencial e essa ideia deve ser passada aos alunos por docentes e por meio dos instrumentos de comunicação da escola consistentemente.

Portfólios de Liderança: Um material organizado em seções como “eu” (identidade), “minhas metas” ou “minhas celebrações”, por exemplo, permite que os alunos avancem em autoconhecimento. Essa visão pessoal, com percepção e valorização de seus resultados pode ser uma prática eficaz para fortalecer a autoestima.

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