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Educação financeira nas escolas prepara estudantes para um futuro mais consciente no uso do dinheiro

Temática pode ser introduzida como uma matéria exclusiva ou combinada com outros componentes

Fabiana Ferreira, professora da Escola Conecta - Divulgação

Finanças pessoais, orçamento, planejamento, previdência social, sistema financeiro e investimentos não só precisam, mas devem fazer parte do currículo escolar de crianças e adolescentes. Assim como outras matérias, a educação financeira pode se tornar basilar para formar cidadão mais conscientes das suas escolhas e condições financeiras no futuro, aṕrendendo desde cedo, de uma forma didática e que acompanhe o nível de compreensão dos estudantes. 

A educação financeira, diferente do que muitos pensam, pode ser introduzida como uma matéria exclusiva, mas também estar correlata a práticas educacionais. “É possível envolvermos um conteúdo que aborde a educação financeira dentro de matérias como história e matemática, por exemplo. Muita gente pensa que ensinar educação financeira levará o aluno a uma exaustão de ensinamento direcionado sobre como pensar e utilizar dinheiro, mas na verdade, trata-se uma série de conceitos e práticas que serão aplicados para esclarecer os estudantes a vida financeira, que é comum a todos”, conta professora da Escola Conecta Fabiana Ferreira.

A educação financeira não é sinônimo, necessariamente, de acumular patrimônio e guardar dinheiro para o futuro apenas, mas de assumir o controle das finanças pessoais para fazer escolhas conscientes, podendo render bons frutos a partir do momento em que essa conscientização começa desde cedo, ainda no ambiente escolar. 

Em 2010, o Brasil criou a Estratégia Nacional de Educação Financeira. O Ministério da Educação possui parceria com a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) para disponibilizar cursos de educação financeira que podem ser aplicados nas escolas, com o objetivo de preparar professores para o ensino nas unidades de educação. Apesar de ainda não ser uma disciplina obrigatória, muitas unidades de ensino já adotam a educação financeira como um diferencial dentro da sua grade curricular, como é o caso da Escola Conecta.

“Os estudantes têm a oportunidade de aprender que o dinheiro é um meio para adquirir coisas e como adquirir de forma consciente para atender suas necessidades e ter uma vida mais tranquila, também são orientados sobre o seu papel dentro do orçamento familiar e o equilíbrio entre as despesas e o dinheiro disponível, inclusive quando se trata de mesadas”, detalha Fabiana.

De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), a fatia de brasileiros e brasileiras que investem em produtos financeiros apresentou leve alta em 2023 na comparação ao ano anterior, de 36% para 37%. Entre 2021 e 2023, o aumento no número de pessoas investidoras foi de seis pontos percentuais. Para 2024, a projeção é de novo avanço, chegando a 41% da população. Ou seja, há um interesse crescente da população por investimentos, e quanto mais cedo estiverem preparados para fazer suas escolhas financeiras de forma consciente, melhores investidores e gestores de suas finanças serão os adultos do futuro, que estão aprendendo nas escolas hoje.

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