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Ensino bilíngue cresce no Brasil, com estudantes aumentando a capacidade de realizar multitarefas

Aprendizagem de outra língua facilita formação e acesso ao mercado de trabalho

Pérola Silva, coordenadora bilíngue da Escola Conecta - Divulgação

Aprender um novo idioma é uma necessidade inerente à formação de estudantes em qualquer idade ou ano de ensino. Por isso, a busca por unidades educacionais bilíngue não pode ser vista como um privilégio. Tendo, na verdade, a ampliação da oferta a todos como meta. No Brasil, o número de unidades de ensino voltadas à educação em mais de uma língua tem crescido, formando estudantes multitarefas, mas ainda há uma grande lacuna na aprendizagem do segundo idioma.  

Em todo o país, a aprendizagem de um segundo idioma é um processo crescente em escolas. Segundo a Associação Brasileira do Ensino Bilíngue (ABEBI),  já são mais de 1,2 mil escolas bilíngues em todo o país, com um crescimento de 10% num período de cinco anos.

"O ensino bilíngue já é uma prática segmentada de ensino nas escolas, tendo comprovada a facilidade de aprendizado ao longo da vida escolar e a abertura de mais oportunidades para a própria complementação formativa do estudante e sua carreira profissional. Cabe destacar que, desde a Educação Infantil, o segundo idioma pode e deve fazer parte do itinerário dos estudantes, sendo desenvolvido junto à evolução educativa dele", diz Pérola Silva, coordenadora bilíngue da Escola Conecta. 

Com o ensino bilíngue desde as séries iniciais, os estudantes, além de lerem, escreverem e serem fluentes na conversação em outro idioma, também desenvolvem habilidades comunicacionais flexíveis e colaborativas, expandindo seu entendimento de mundo em atividades do dia a dia, como leitura de livros em outro idioma e até mesmo filmes.

Mas, além disso, são preparados desde pequenos para enfrentar uma vida e mercado de trabalho cada vez mais globalizados, sem a barreira do idioma.  

O ensino bilíngue desde as séries iniciais é alvo de estudos em todo o mundo. A Universidade de Nova Iorque já apontou, por exemplo, que quem domina uma segunda língua desde cedo, acaba desenvolvendo um perfil multiasking, ou seja, uma pessoa multitarefa.

Apesar do crescimento da oferta de ensino bilíngue, a realidade do Brasil ainda é deficitária na aprendizagem de uma segunda língua.  Para se ter uma ideia, de  acordo com a edição 2022 do maior ranking mundial de países e regiões por habilidades em inglês (EF EPI), o Brasil ocupa a 58ª posição no índice de proficiência da língua. O levantamento se baseia em testes de 2,1 milhões de adultos em 111 países e regiões. 

O relatório aponta a importância do aprendizado do inglês como segunda língua pelo fato de quase um terço da população mundial falar o mesmo idioma, e também contar com conectividade tecnológica para compartilhar conhecimentos independentemente das limitações geográficas.

Aprender inglês, segundo destaca Pérola Silva, oferece oportunidades para as pessoas trabalharem, aprenderem e compartilharem suas experiências de forma mais ampla. “É preciso ampliar o acesso às oportunidades, seja por meio da tecnologia, seja por ter mais professores que falem bem o inglês, seja por torná-lo atraente em escolas de áreas rurais ou de baixa renda”, destaca a coordenadora da Escola Conecta.

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