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Especialista promoveu estudo inédito para elaborar protocolos promotores da educação inclusiva

ARTIGO: Por Monique Beltrão e Ângela Mathylde

Monique Beltrão, Pós Doutora em Educação, Mestre em Educação e Psicologia - Arquivo Pessoal

A educação de um jovem estudante é cada vez mais desafiadora, principalmente, quando existe um desconhecimento e preconceito sobre os temas influenciadores do modo como se comporta e pensa. Diariamente, educadores, neurocientistas e pesquisadores estudam as salas de aula para elaborar processos de adequação de métodos e capacitação profissional para lidar com a nova realidade escolar e promover uma educação inclusiva.

O ensino inclusivo é um modelo baseado em uma formação completa, isenta de preconceitos, propiciando acesso a todos os alunos e aprendizado igualitário,  independentemente das características, habilidades ou diferenças entre eles.

Apesar de necessária, a educação inclusiva ainda é um problema de solução complexa em grande parte do Brasil. O motivo está em uma série de fatores, como a falta de investimento e, até mesmo, o desconhecimento de profissionais sobre técnicas incentivadoras do emprego dessa prática. 

O processo de inclusão pode ser implementado de diversas formas, como por exemplo, o projeto em desenvolvimento na rede pública de Vila Velha, no Espírito Santo. O sistema usa protocolos para promover o acolhimento e acompanhamento do desenvolvimento dos estudantes com necessidades especiais. 

É cada vez mais comum encontrar jovens atípicos em salas de aula, ou seja, apresentando um diagnóstico de diferentes condições comprometedoras da  aprendizagem. Afinal, são transtornos que não se encaixam na finalidade da educação especial, contando com o auxílio e acompanhamento de um professor de apoio. O ajuste educacional para esse grupo se tornou visível e necessário, inclusive, é um direito previsto em lei.

Os protocolos elaborados contribuem para ajustar funções em sala de aula com o professor, usando didática específica para cada tipo de comorbidade e especificidades, promovendo equidade entre todos.

Os protocolos abordam questões importantes, como a dislexia, discalculia, dislalia, transtorno de déficit de atenção com ou sem hiperatividade, transtornos de aprendizagem, transtorno opositor, desajustes comportamentais e temperamentos. A didática é estudada para, exatamente, se adequar à capacidade de aprendizagem individual.

O processo considera diversos aspectos, como os familiares, culturais, neurológicos e biológicos. O resultado permite  que o profissional desenvolva  capacidade para intervir de maneira positiva, estimulando o crescimento e o desenvolvimento intelectual e individual. 

As metas contribuem para essa evolução com o entendimento das atuais necessidades e dificuldades, o caminho a percorrer e onde se deseja chegar, sempre realizando ajustes, conforme a superação de cada um.

Além da falta de conhecimentos e técnicas para emprego da inclusão, outra dificuldade vivenciada pelos professores, envolve o preconceito e incompreensão de pais e responsáveis sobre essas questões, efeitos e tratamentos, que, consequentemente, afetam os alunos, sobretudo, quando não veem a importância da abordagem em sala de aula.

A inclusão educacional é essencial e será um dos destaques no maior evento internacional de educação no Brasil, a 9ª edição do Brain Connection, de 29 de outubro a 1° de novembro, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. Uma versão estendida ocorre online, no dia 10.

O Brain Connection é um evento científico educacional para promover a inclusão com igualdade, solidariedade e equidade, envolvendo todos os profissionais das áreas de educação e saúde, junto de pais e responsáveis. Com diversas palestras e apresentações de especialistas nacionais e internacionais, o congresso estimula a qualidade da educação nacional, apresentando diversos estudos, modelos e técnicas para propiciar maior aprendizagem. Mais informações sobre a programação e inscrições estão disponíveis no site brainconnection.com.br.

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