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Pedagoga dá dicas para evitar excesso de telas na infância

Administrar o tempo das crianças em frente às telas pode ficar mais simples com algumas atitudes

Pedagoga Denize Arruda - Ascom/CBV

Existe muita vida além das telas, mas, quando os pequenos estão vidrados no universo digital, fica difícil desenvolver outras atividade. É por isso que, cada vez mais, os especialistas em desenvolvimento infantil apontam a necessidade dos pais e responsáveis limitarem o uso das telas e incentivarem a prática de outras ações que não necessitem de tecnologia.

De acordo com a pedagoga Denize Arruda, coordenadora da Educação Infantil do Colégio CBV Jaqueira, algumas dicas podem ajudar a limitar o uso das telas e estimular o desenvolvimento saudável na infância:

1. Combinar é o primeiro passo

Faça combinados com a criança, deixando tudo bem claro. Se a questão é ver desenhos demais, a quantidade de episódios que ela poderá assistir precisa estar definida. “Crianças ainda não conseguem entender muito bem sobre a passagem do tempo, então estabelecer limites pode facilitar o entendimento”, esclarece Denize.

Uma vez feito o trato, tem que fazer valer na prática. Caso queira ceder, faça outro combinado, mas não deixe de cumprir o novo acerto. “As crianças precisam de limites claros para entender o que podem e o que não podem fazer”, completa.

2. Negociar quando necessário

Que tal jogar uma partida de videogame e depois brincar de algo que tenha mais movimento corporal? Sugerir esse tipo de mistura entre diferentes atividades pode ser interessante para negociar.

“Outra opção é usar as telas para valorizar o exercício físico, especialmente para as crianças que vivem em locais com menos opções ao ar livre”, diz a pedagoga. Jogos ou vídeos que estimulam movimentos são benéficos, além disso, uma competição de dança pode ser divertida e saudável.

Crianças x telas | Ascom CBV

3. Exemplos fazem muita diferença

De acordo com a pedagoga, os combinados são ótimos, mas, para que funcionem, a criança precisa perceber que os pais e responsáveis também sabem da importância de ter momentos sem telas. “Dar um bom exemplo é a melhor forma de mostrar o caminho”, reforça. As ações dos adultos podem valorizar atos como a leitura, o artesanato e o contato direto com a natureza, por exemplo.

4. Cuidado com a qualidade do sono

Os especialistas são enfáticos ao dizer que a tecnologia se torna um problema quando atrapalha o sono. “Dormir bem é crucial para as crianças se desenvolverem e fortalecerem seu sistema imunológico”, explica Denize.

Não só as crianças, mas também os adultos, devem desligar os eletrônicos pelo menos uma ou duas horas antes de ir para a cama. Assim, evita-se que a luz das telas bloqueie a produção de melatonina, um hormônio que contribui para a melhor qualidade do sono.

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