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Proteger as crianças da violência sexual é tarefa de todos

Artigo de Opinião

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Podemos definir a violência sexual na infância como qualquer interação sexual entre um adulto e uma criança, ou entre duas crianças com grande diferença de idade ou poder, onde uma utiliza a outra para satisfação sexual. Essas interações podem envolver contato físico, como o abuso sexual propriamente dito, ou situações sem contato, como a exposição indevida ou o uso da criança para produção de material pornográfico. A violência sexual afeta gravemente o desenvolvimento psicológico, emocional e social da criança, deixando marcas profundas e duradouras.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ASSEGURA PROTEÇÃO A CRIANÇA

A violência sexual na infância é uma grave violação dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição Federal. O artigo 227 estabelece que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente o direito à dignidade, à segurança e à proteção contra toda forma de violência, incluindo a sexual. No entanto, apesar dessa garantia constitucional, os casos de abuso continuam a ocorrer, muitas vezes dentro do próprio ambiente familiar ou em espaços de confiança. Compreender a importância desse artigo e promover ações de prevenção são passos essenciais para proteger nossas crianças e assegurar que seus direitos sejam respeitados.

EDUCACÃO SEXUAL EVITA, ENSINA E PRESERVA A ALEGRIA DA INFANCIA

Algumas escolas de Recife, dando como exemplo a Escola Municipal professor José de Alencar, encontraram uma forma divertida de ensinar as crianças sobre seus corpos e o que é certo e errado. Sabia que eles usaram bonecos, jogos e até músicas envolvidas? Sim, isso mesmo! Em algumas escolas municipais, as crianças aprendem sobre consentimento e respeito através de brincadeiras, músicas e atividades interativas. Imagina só: em vez de uma aula monótona, as crianças aprendem cantando que “não é não” de uma forma que vai ficar na cabeça para sempre (do jeito certo, claro). A ideia é que as crianças entendam, desde pequenas, que existem partes do corpo que são só delas e que ninguém tem o direito de tocar sem permissão.

A COMUNIDADE ENVOLVIDA, FAZ TODO MUNDO ENTENDER QUE TODOS NOS SOMOS RESPONSÁVEIS POR PROTEGER NOSSAS CRIANÇAS.

Algumas campanhas de conscientização já rolaram em algumas comunidades. Imagine ir ao supermercado ou ao posto de saúde e se deparar com banners e folhetos com informações importantes, mas com uma pegada leve e direta. É como se a prevenção estivesse no meio do cotidiano, sem parecer uma obrigação pesada. É uma maneira inteligente de levar o tema para o público sem precisar de um tom alarmista ou assustador.

Na comunidade do COQUE, A ONG CEDECA fez campanhas que ganharam até forma de eventos, com teatros de bonecos e contação de histórias que ensinaram sobre o perigo do “lobo mau” de forma simbólica, sem assustar as crianças. Aqui, o "lobo mau" é aquele adulto que tenta tocar onde não deve ou falar coisas inadequadas, e as crianças aprendem, de forma leve, a se proteger. Quem diria que até o lobo pode ajudar na educação, não é?

REDES DE PROTEÇÃO PODEM E DEVEM PARTICIPAR DESSE PROJETO

O Disque 100 já é um velho conhecido, mas poucos sabem que ele pode ser encarado como um verdadeiro superpoder! Qualquer um pode ser um herói anônimo e denunciar casos de violência, garantindo que as autoridades entrem em ação rapidamente. Não precisa de capa, nem de superforça; só um telefone na mão e a coragem de não se calar. Em Recife, a Rede de Proteção à Criança e ao Adolescente tem trabalhado em parceria com escolas, conselhos tutelares e delegacias para garantir que os casos de violência sexual infantil sejam atendidos o mais rápido possível.

Enfim, proteger as crianças da violência sexual é tarefa de todos. Pense como uma super missão: educar, vigiar e agir para criar ambientes seguros. Famílias, escolas e leis juntos nessa causa, para que o "vilão" do abuso não tenha chance. Informação é superpoder! Crianças seguras, futuro mais feliz!

Edilma de Lima Ataide
Formada em pedagogia pela FAFIRE. Pós graduanda em Neurociência e desenvolvimento infantil- UNIFAFIRE

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