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Volta às aulas pode exigir (re)adaptação escolar. Saiba como lidar

Especialista traz orientações para tornar o retorno à escola mais tranquilo para crianças e jovens

A presença da família no ambiente escolar é outro recurso importante para a (re)adaptação - Freepik

O frio na barriga pelo primeiro dia de aula não acontece apenas uma vez. Para alguns alunos, todo retorno escolar pode ser mais difícil, trazendo à tona sentimentos como medo, ansiedade e insegurança por conta das novidades que estão por vir. Isso faz com que o final das férias cause uma certa inquietação também para os pais. Mas, calma: tem solução!

Para a Liane Poggetti, diretora assistente do Colégio Rio Branco Unidade Granja Viana, uma participação ativa das crianças nesse processo de volta às aulas costuma ajudar bastante. “A dica básica é sempre fazer as atividades junto com os filhos: escolher o material, separá-lo, comprar o uniforme e planejar, por exemplo, o cardápio dos lanches da semana”, sugere. “Tudo isso, no entanto, não deve ter o tom de despedida das férias, mas do começo de um novo ciclo”.

O retorno pode ser uma ótima oportunidade de contar aos colegas tudo de legal que foi feito. Esse ânimo em ir à escola e compartilhar as histórias pode ser fomentado durante o período de descanso, sempre guardando boas lembranças em uma caixinha, como ingressos de cinema, pedrinhas do parque, desenhos, entre outras recordações.

Além disso, escuta acolhedora e diálogo aberto são imprescindíveis. Isso porque, segundo a educadora, ter “muita escuta, olhar atento, ir à escola, procurar saber com as pessoas e os professores como é que a criança está ajudará a mitigar a insegurança comum da época e rastrear possíveis desconfortos – que, se identificados, devem ser reportados à escola para ter acolhimento dos profissionais”.

Durante o primeiro mês, a adaptação continua

Para manter tudo funcionando bem, a rotina é fundamental: dormir mais cedo, organizar regularmente o cantinho dos estudos, sobretudo no momento da lição de casa, e seguir os horários combinados para acertar o ritmo do relógio biológico.

E com as aulas já acontecendo, a presença da família no ambiente escolar é outro recurso importante para a (re)adaptação. “Quanto mais os pais participarem das atividades da escola e estiverem envolvidos com todos os eventos sociais, como os aniversários dos colegas e encontros fora da escola, cada vez mais surgirá o sentimento de pertencimento”, indica Liane.

Além da presença física, pais e responsáveis também podem participar da vida escolar e social da criança por meio da conversa, com escuta ativa e interesse. Para isso, a diretora assistente do Colégio Rio Branco sugere trocar o clássico “como foi a escola hoje?” por perguntas que envolvam sentimentos: o que te fez sorrir hoje? O que te deixou feliz lá? E triste? Com isso, haverá uma participação ativa e, de quebra, uma percepção dos sentimentos que envolvem o processo de adaptação.

E se for escola nova?

Se o novo ano em um mesmo colégio pode causar certos desconfortos após um tempo longe, que dirá um lugar totalmente novo. Nesse cenário, a adaptação tende a ser mais longa e cuidadosa, mas nunca impossível. Algum amiguinho conhecido também foi ou está nessa escola? Combinar de irem juntos nesse primeiro dia é uma ótima ideia.

Do contrário, vale contar com o apoio da professora. “A mãe pode ficar ali e dizer que estará lá caso a criança precise de algo. Dependendo da escola, os pais podem entrar durante um tempo. É tudo uma questão de conversar. Outra dica é contar para a professora o que o aluno gosta, porque assim, além de usar estratégias padrão para a idade, ela terá ajudas mais específicas”, finaliza a educadora.

 

Sobre o Colégio Rio Branco (www.crb.g12.br) – O Colégio Rio Branco é uma das mais reconhecidas instituições de ensino do Brasil, com unidades de Educação Infantil ao Ensino Médio em São Paulo (Higienópolis) e Cotia (Granja Vianna). O colégio é associado à UNESCO e orienta seu projeto pedagógico na aquisição de conhecimentos e competências permeadas pelo diálogo, respeito à diversidade, atitude crítica e edificada em princípios éticos e de solidariedade.

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