A farsa por trás de campanha antirracista

O amistoso entre Espanha e Brasil, vendido como um ato contra o racismo, não teve nada antirracista.

Espanha e Brasil perfilados em campo antes do amistoso desta terça-feira. - Foto: Victor Pereira

"Brasil e Espanha se unem contra o racismo" e "uma mesma pele" foram expressões utilizadas pelas federações espanhola (RFEF) e brasileira (CBF) para promover o amistoso desta terça-feira (26), no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, capital da Espanha.

O anúncio aconteceu no dia 5 de junho de 2023, ainda em meio às repercussões negativas do episódio em que o atacante Vinicius Junior foi vítima de ataques racistas durante a partida entre Valência e Real Madrid, no estádio Mestalla, no dia 21 de maio, pela La Liga.

Acontece que o amistoso não teve praticamente NADA de alusão ao combate ao racismo. O único "elemento" presente no jogo foi um casaco preto que a Seleção Brasileira utilizou para entrar em campo e também durante a execução do hino nacional.

No mais, NADA. Nenhuma placa, nenhuma faixa, nenhum ato, nenhuma cerimônia, nenhuma mensagem aos presentes no palco da partida. Absolutamente, nada.

Por parte dos espanhóis, nenhuma questão de aproveitar a chance de mostrar que não é um país racista e que abomina tal ato desumano.

Por parte dos brasileiros, só a exploração da imagem de um jovem de 23 anos, já tão machucado e fragilizado por ser frequente e sistematicamente vítima do mesmo crime.

Lamentável o que assistimos no Santiago Bernabéu. E olhe que nem estou falando do futebol apresentado pela Canarinha.

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