Até quando a CBF vai esperar por Ancelotti?

Treinador italiano é o sucessor dos sonhos para a Seleção Brasileira, mas tempo age contra

Mesmo dando declarações públicas contrárias, Ancelotti segue sendo plano A para assumir a Seleção. - Jose Jordan / AFP

Faltam 3 anos e 15 dias para o pontapé inicial da Copa do Mundo 2026 ser dado, em local ainda a ser confirmado, podendo ser as cidades de Dallas ou Los Angeles, nos Estados Unidos, ou ainda no tradicionalíssimo Estádio Azteca, na Cidade do México.

O local de abertura não é a única confirmação pendente. O cargo de técnico da Seleção Brasileira segue em aberto e, ao contrário da informação anterior, a demora pode influenciar diretamente na performance do time na competição.

Seis meses já se passaram desde a eliminação do Brasil para a Croácia no mundial do Catar e já são mais de seis meses sem um treinador, sem uma filosofia de trabalho definida, sem modelo de jogo, sem perspectiva nenhuma de como se desenhará a nova geração da equipe.

E essa demora tem nome e sobrenome: Carlo Ancelotti. Mesmo dando declarações públicas descartando a possibilidade de assumir a Canarinho por ter contrato até 2024, o técnico do Real Madrid segue sendo o plano A do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, cuja esperança é que, ao fim da temporada europeia, conversas com o staff direto do treinador italiano possam acontecer.

O problema é que já se passaram 6 meses! São duas das cinco datas FIFA perdidas. Totalmente desperdiçadas. Na primeira, o Brasil só fez um jogo, ao contrário da maioria das principais seleções que atuaram duas vezes, e ainda perdeu para o Marrocos por 2 a 1.

A segunda data FIFA de 2023 ainda vai acontecer agora em junho, entre os dias 12 e 20, quando o Brasil deve fazer dois amistosos ainda a serem confirmados contra seleções africanas em Lisboa e Barcelona. Ainda vai acontecer e de (quase) nada vai somar ao projeto ‘Hexa em 2026’, uma vez que até o treinador interino, Ramon Menezes, não está 100% focado, já que está comandando a seleção sub-20 no mundial da categoria em andamento na Argentina.

Eu entendo perfeitamente o desejo por Ancelotti e confesso que gostaria muito de ver o italiano à frente da nossa seleção. No entanto, a que custo? 

Se fosse uma espera com a certeza de que o objetivo será atingido, os custos e benefícios estariam claros e, na balança, poderíamos bancar a espera.

Mas, não há certeza alguma. Pelo contrário, há mais indícios, através das declarações dele, de que não vai acontecer. E então? Perdeu-se praticamente metade da temporada por nada? 

É um péssimo jeito de iniciar um ciclo que é mais curto e que pretende encerrar com o jejum que chegará a 24 anos sem título.

Posso estar errado – e quero estar! –, mas... hora de ligar o alerta na seleção brasileira.
 

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