Caso Daniel Alves: quem tem dinheiro pode tudo, até estuprar
E, aparentemente, quem não tem pede emprestado ao Neymar.
As seleções brasileira e espanhola de futebol se enfrentam na próxima terça-feira (26), em Madri, em amistoso que faz parte de uma campanha de combate ao racismo.
Combate ao racismo este que, no contexto do futebol espanhol, não se vê resultados práticos. Pelo contrário, vê-se repetições de episódios lamentáveis e que infringem a lei (sem contar a moral e o fair play também), tendo como principal vítima um jogador brasileiro, Vini Jr.
Só neste mês de março, foram três episódios... jogo contra o Valência em Mestalla no dia 5, partida entre Atlético de Madrid e Inter de Milão pela Champions League no dia 13 (note-se que Vini Jr. nem em campo estava) e o duelo entre Real Madrid e Osasuna que culminou em uma denúncia do árbitro da partida por parte do clube merengue.
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Agora, o amistoso entre as duas seleções acontecerá dias após a libertação de um jogador brasileiro, Daniel Alves, que defendeu as cores da Canarinha por anos, condenado pela própria Espanha a 4 anos e meio de prisão por estupro e aguardará os recursos em liberdade.
Para completar a história e escancarar o quanto de hipocrisia rodeia o encontro entre as seleções, é um outro jogador brasileiro, Neymar, considerado o principal, ainda em atividade, com uma legião de fãs, que, de acordo com o jornal espanhol “La Vanguardia”, facilitará a liberdade do companheiro pagando a ‘bagatela’ de 1 milhão de euros, o que corresponde a cerca de 5 milhões e meio de reais.
Fica claro que a máxima de que “quem tem dinheiro pode tudo” é universal, não sendo uma exclusividade de países de “terceiro mundo”, nos quais há instabilidade dos poderes. Até nas nações desenvolvidas, longe das primeiras páginas de corrupção e criminalidade, também há impunidade.
Impunidade esta que não é uma particularidade aos super-ricos, mas também aos familiares e amigos destes.
É um recado que pode se fazer o que quiser, até estuprar. Podem existir provas concretas, convicção jurídica e até mesmo a própria condenação. Dá-se um jeito.
E, neste caso, não é o famigerado ‘jeitinho brasileiro’, propagado ao redor do mundo. É espanhol mesmo.
Agora, é aguardar as cenas dos próximos capítulos e não nos surpreender se o jogador condenado voltar a defender a Seleção Brasileira. Se não pode deixar o país, por conta do passaporte confiscado, não tem problema. Ainda dá tempo de se juntar à delegação, treinar e ser um reforço no duelo da hipocrisia. (Contém ironia!)