Klopp surpreende, sobretudo, por ser humano
Cansaço mental põe fim a uma relação histórica do treinador alemão com o Liverpool.
O técnico Jürgen Klopp parou o mundo do futebol, nesta sexta-feira (26), ao anunciar que, ao fim da temporada europeia, deixará o comando do Liverpool.
Decisão esta que foi tomada e comunicada à diretoria do clube inglês desde novembro do ano passado e, além de vir a publico em meio a mais uma campanha em alto nível com a liderança da Premier League e presença garantida nas oitavas de final da Liga Europa, surpreende por outro fator: o motivo.
Klopp, de 56 anos, alegou estar com ‘a energia esgotando’. O cansaço mental é a principal razão para o fim de um relacionamento histórico na cidade dos Beatles. Foram sete temporadas em alto nível, títulos importantes conquistados e uma rivalidade tipo Messi x CR7 fora dos gramados do alemão com Pep Guardiola.
Jürgen é humano e esta decisão mostra que saúde mental precisa estar mais presente nos noticiários esportivos, na lista de prioridade dos clubes, dos jogadores e até mesmo dos torcedores. De uma ponta à outra.
O alemão é o Ferguson de Anfield e, assim como o Sir Alex, marcará a história moderna do futebol inglês e, particularmente, a história dos ‘Reds’. Muitos cogitam uma possível queda de rendimento do atual líder nas 17 rodadas seguintes da Premier League.
Aqui, vai a minha aposta: este é um combustível a mais para o Liverpool. É a temporada final de uma era importante.
Particularmente, estou ansioso para a era pós-Klopp.
Antes disso, posso estar errado, mas ainda veremos a dupla Jürgen e Liverpool fazer história mais uma vez nestes próximos quatro meses.