Leila Pereira coloca dedo na ferida e Neymar pai pula do barco

Caso Daniel Alves tem novos desdobramentos, enquanto jogador permanece preso à espera de fiança.

Leila Pereira é a primeira mulher a chefiar a deleção da Seleção Brasileira masculina. - Foto: Instagram/Reprodução

A quinta-feira (21) foi de (um pouco de) alívio para todos que se sentiram consternados após a justiça espanhola autorizar a liberdade provisória ao jogador Daniel Alves, condenado a 4 anos e meio de prisão pelo crime de estupro, mediante o pagamento de uma fiança de 1 milhão de euros.

O alívio veio em duas formas: uma, que podemos caracterizar como bom senso

Após a imprensa da Espanha noticiar que o pai de Neymar se encarregaria de pagar o valor necessário para a soltura de Daniel, o próprio empresário se pronunciou nas redes sociais, afirmando categoricamente que já ajudou o atleta condenado antes, mas que agora não ajudaria mais, pois é “uma situação diferente da anterior”, uma vez que a “a justiça espanhola já decidiu pela condenação”.

Os reais motivos que levaram à não-ajuda são impossíveis de se saber, sendo resultado ou não da mobilização social após as primeiras notícias, pouco importa no momento.

O que importa é que um homem condenado segue cumprindo pena como se deve ser.

Aí, vem o maior alívio. Este, sim, a ser comemorado de fato.

Leila Pereira, presidente do Palmeiras e chefe da delegação da Seleção Brasileira em Londres, se pronunciou sobre o tema, dizendo que “isto é um tapa na cara de todas nós, mulheres” e que “cada caso de impunidade é a semente do crime seguinte”.

Este pronunciamento é histórico e Leila entendeu a importância dela para o futebol e para a sociedade, causando o constrangimento necessário em um ambiente repleto de corporativismo masculino.

O dia de hoje já é histórico. Não pelo que fez o pai do Neymar, pois era o mínimo que se esperava. Mas, pelo que fez a Leila Pereira, entregando exatamente o que se precisava.

Por mais Leilas no futebol e na sociedade.
 

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