A pandemia, a guerra na Ucrânia e a inflação pelo mundo hoje
Inimaginável, tornou-se realidade: grandes economias sofrendo com altas taxas de inflação
Um dos grandes adversários da economia, a inflação, preocupa cada vez mais o mundo hoje. Antes o que era inimaginável, tornou-se realidade: grandes economias sofrendo com altas taxas de inflação.
A Zona do euro, que abriga 05 das 15 maiores economias do mundo, a saber: Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Espanha, apresentou inflação de 7,4% a.a. agora em março passado. É a maior taxa desde que o euro foi adotado como moeda comum em 1999.
A Zona do euro, é composta por 19 países: Bélgica, Alemanha, Estônia, Irlanda, Grécia, Espanha, França, Itália, Chipre, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Áustria, Portugal, Eslovênia, Eslováquia e Finlândia.
Neste conjunto de países a inflação oscilou entre as maiores: Lituânia 15,6%, Estônia 14,8% e República Tcheca 11,9% e as menores Malta 4,5%, França 5,1% e Portugal 5,5%.
A maior economia da zona do euro, a Alemanha atingiu uma taxa de inflação de 7,4% a.a. em abril. É a maior taxa desde 1981, portanto, a maior em 41 anos.
Outro gigante mundial, os EUA, também sofre com a inflação. A taxa atingiu agora em março próximo passado, a incrível marca de 8,5% a.a. Estamos falando da maior economia do mundo. Esta taxa é a maior desde dezembro de 1981.
Na China, a segunda maior economia do planeta, a taxa de inflação medida pelo índice de preços ao produtor (PPI), atingiu em março próximo passado a marca de 8,3% a.a.
Em relação ao índice do consumidor saltou para 2,1%, base abril 2022. Importante ressaltar que se trata de uma economia controlada por um governo central, que exerce um controle político ditatorial, portanto, os índices podem ser diferentes da realidade.
Quanto ao Brasil, atingimos a taxa de 12,13% a.a., e se constitui a maior taxa, medida pelo critério dos últimos 12 meses, desde outubro de 2003, que atingiu a marca de 13,98%.
A alta da inflação ao redor do mundo, tem várias causas, a maioria comum a todos os países: pandemia, guerra da Rússia x Ucrânia, monetização da economia por parte dos governos para apoio às populações e empresas, desequilíbrio oferta x demanda em função da desarticulação da logística mundial, incluindo neste tópico a alta do custo dos fretes, dentre outros fatores.
Apesar da crise mundial, o Brasil, na condição de país em desenvolvimento, porém, ainda uma economia periférica, comparada aos gigantes mundiais e a zona do euro, tem se mostrado com ótima capacidade de reação.
Se não, vejamos:
A partir do aumento do PIB em 2021 na ordem de 4,6% e a continua queda no nível do desemprego nacional, aliados aos frequentes recordes do agronegócio brasileiro e a ótima performance da balança comercial, o país vem conseguindo, a duras penas, uma travessia a menos dolorosa possível.
Por falar em balança comercial, o Brasil acumulou até abril deste ano U$ 19,947 bilhões de superavit, fruto de U$ 101,185 bilhões em exportações e U$ 81,238 bilhões em importações, totalizando U$ 182,424 bilhões de corrente de comércio exterior, 25% superior ao mesmo quadrimestre de 2021.
Voltando a inflação, se comparado ao vizinho e companheiro do Mercosul Argentina, com inflação acima de 50%, sem falar na destruída Venezuela com 686% e observando o cenário mundial, demonstrado acima, veremos que, apesar de uma inflação de dois dígitos, a economia brasileira está sob controle e caminha para uma forte redução, confirmada pelo boletim Focus – BANCEN de 29 de abril de 2022, que destacou a previsão de uma inflação ao final de 2022, num patamar comportado de 7,95%.
Está previsão do FOCUS -BACEN, somada aos últimos atos do governo federal reduzindo impostos, notadamente, naqueles itens que estão pressionando a inflação, facilitando às importações com objetivo de redução de preços internos, obtendo 27 navios de fertilizantes russos, o que garantirá nova safra recorde em 2022/2023, administrando a alta da SELIC que contribuirá para uma contenção da taxa de inflação, dentre outras ações, nos leva a confiar que ao final do ano, não havendo novos sobressaltos na economia mundial, poderemos comemorar 2022 como ano de passagem da crise para a volta ao crescimento econômico no Brasil e melhoria definitiva no nível de emprego.
Ao fim e ao cabo, apesar de todas as dificuldades que esses últimos 02 anos trouxeram para a economia mundial, e, ainda trilhando este 2022 em plena guerra Rússia x Ucrânia, o Brasil conseguiu subir uma posição no ranking de países que mais atraíram investimentos externos, ocupando agora a 7° posição, segundo levantamento da Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento – UNCTAD.
Nossa performance, nos levou de U$ 28 bilhões em 2020 em investimentos diretos estrangeiros para U$ 58 bilhões em 2021, representando um aumento de 133%. Esta confiança do mundo no Brasil, precisa urgentemente contaminar a todos nós.
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!