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Amazônia: a mais rica e cobiçada região brasileira

A região mais importante e vigiada do planeta é motivo de disputa e cobiça mundial

Amazônia nossa maior riqueza - Pixbay.com

A região que abriga a floresta mais importante e vigiada do planeta, tem 60% de sua área no Brasil e é motivo de disputa e cobiça mundial. 

Os números são monumentais. A Amazônia é o maior bioma do Brasil: num território de 4,196.943 milhões de km2 (IBGE,2004), crescem 2.500 espécies de árvores (ou um-terço de toda a madeira tropical do mundo) e 30 mil espécies de plantas (das 100 mil da América do Sul).

A bacia amazônica é a maior bacia hidrográfica do mundo: cobre cerca de 6 milhões de km2 e tem 1.100 afluentes. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando ao mar cerca de 175 milhões de litros d’água a cada segundo.

Quando se fala de Amazônia os números e as narrativas são monumentais e estratosféricos. Então, vamos procurar trabalhar, o máximo possível, com números oficiais e de fontes seguras.

Uma região que transpira riqueza de todas as formas, contribui com relevância em inúmeros segmentos econômicos e científicos brasileiros através dos bens e serviços que os ecossistemas florestais fornecem.

Conheça as riquezas amazônicas

Matérias-primas - madeira, combustíveis e fibras; material genético; controle biológico; alimentos; produtos farmacêuticos; recreação, ecoturismo e lazer; fonte de recursos educacionais; fonte de cultura indígena e amazônica; estudos para o controle de erosão, enchentes, sedimentação e poluição; estudos para armazenamento de água em bacias hidrográficas, reservatórios e aquíferos; estudos para controle de distúrbios climáticos como tempestades, enchentes e secas; proteção de habitats utilizados na reprodução e migração de espécies; tratamento de resíduos e filtragem de produtos tóxicos; regulação dos níveis de gases atmosféricos poluentes; regulação de gases que afetam o clima e ciclagem de minerais.

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas, seja responsável por 4% do PIB brasileiro e pela geração de 6 milhões de empregos. 

Estima-se que o setor de base florestal, que atua basicamente em seis cadeiras produtivas

Minerais encontrados na Amazônia: ferro, manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, nióbio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.

Retrato do Bioma Amazônico:

Área: 4.196.943 Km² = 40% do território nacional.
Estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. 
Ecossistemas: Florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras. 
Fauna: Estimados em 20% de toda a fauna do planeta, encontramos, 427 mamíferos, 1294 aves, 378 répteis, 400 anfíbios, e 3000 peixes e mais de 100 mil invertebrados (G1 2017).

Pesquisas chegaram a indicar que existem na Amazônia cerca de 45 mil espécies de plantas e animais vertebrados de toda espécie.

Vegetação

Solo

Relevo 
As áreas de planícies – planície amazônica – são constantemente inundadas pela água dos rios e a região de planaltos – planalto das Guianas – representam as terras mais altas. É nesse planalto que se encontra o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros. 

Água
A floresta amazônica possui a maior bacia hidrográfica do planeta. Seu principal rio é o Amazonas, que possui mais de mil afluentes, sendo o mais largo do mundo e esteio do desenvolvimento da floresta.

De forma geral, os rios são classificados em três tipos:

  1. Rios de águas barrentas: Como o Madeira e o próprio Amazonas;
     
  2. Rio de águas claras: Como o Xingu, Tapajós e Trombetas;
     
  3. Rio de águas pretas: Tendo no Rio Negro seu mais conhecido representante. 

Clima
É o chamado clima equatorial úmido, onde chove bastante e a temperatura é elevada, normalmente, variando entre 22ºC e 28ºC, características de áreas próximas à linha do Equador.

Patrimônio Mineral, Princípios Ativos e Madeira
O Brasil é um dos maiores detentores de reservas de minérios do mundo e a Amazônia é uma das sedes brasileiras dessas riquezas. 

A Amazônia Lidera na questão dos princípios ativos que suprem às bilionárias indústrias farmacêutica e de cosmético.

Também contribuem fortemente com as exportações de madeira para o mundo. Neste segmento, EUA, França, China, Holanda e Bélgica lideram o ranking dos 20 países que adquirem madeira no Brasil.

Mas o ponto crítico é que, o roubo dessas riquezas brasileiras, estima-se, excede o mercado formal. 

Àqueles que acusam o Brasil de ser omisso em relação a extração ilegal de madeiras, são os maiores compradores das madeiras ilegais.

Denúncia da Polícia Federal, através do superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, dá conta que 90% da madeira exportada pelo Brasil é ilegal e na ponta compradora estão 19 países, quais sejam: EUA, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Portugal, França, Holanda, Bélgica, China, Tailândia, Estônia, Lituânia, Itália, República Dominicana, Haiti, Porto Rico, Taiwan, Índia e México. (Fonte: agência Amazônia Real- 3 anos atrás) 

O que é mais fácil, cada país desses 19 cuidarem de suas fronteiras para não haver entrada de madeira ilegal ou o Brasil cuidar de 4,1 milhões de Km2 da Amazonia para que não retirem madeira ilegal? Ou seja, quem nos acusa é justamente quem facilita o crime. 

A Biopirataria, termo usado pela 1° vez em 1993 pela hoje ETC-Group, ou como prefere a Organização Mundial de Propriedade Intelectual – OMPI, a biogrilagem, se caracteriza pela exploração ilegal de recursos naturais, animais, sementes e plantas, bem como, a apropriação e monopolização de saberes tradicionais dos povos nativos.

Na prática, conhecimentos de séculos dos povos nativos, no nosso caso, o povo da Amazônia brasileira, são pirateados e terminam patenteados por multinacionais e instituições científicas que passam a ser detentoras da propriedade daqueles princípios e processos. 

“Em várias regiões da Amazônia pesquisadores estrangeiros desembarcam com visto de turista e entram na floresta muitas vezes infiltrando-se nas comunidades tradicionais ou nas áreas indígenas. Ali, estudam as espécies vegetais ou animais, seus usos e suas aplicações. A seguir, com o auxílio dos povos da floresta, coletam exemplares, e, de posse dessas informações, voltam a seus países onde o conhecimento de nossas populações nativas é utilizado pelas indústrias de remédios ou de cosméticos” (Biopirataria – Exploração Ilegal de Recursos no Brasil).

Para Vandana Shiva, autora do livro “Biopirataria” (Editora Vozes), a biopirataria pode ser entendida como a “pilhagem da natureza e do conhecimento”. Segundo ela, o movimento de apropriação e semelhante ao saque de recursos naturais realizados no Brasil na época do descobrimento..

Assim sendo, vemos o Brasil frequentemente ser acusado do crime de não cuidar bem da Amazônia, quando na verdade, são eles, os acusadores, sempre ONG internacionais ligadas obscuramente aos capitais ilegais internacionais, que verdadeiramente cometem os crimes de biopirataria e contrabando.
Nos faz lembrar do decálogo de Lenin: “acuse-os do que você faz, chame-os do que você é”.

Ao fim e ao cabo, esta riqueza incomensurável que é a Amazônia brasileira está sendo, paulatinamente, roubada de nós e os assaltantes se defendem nos acusando, e, pior, encontra caixa de ressonância em alguns segmentos nacionais cooptados que constroem narrativas que dão respaldo aos criminosos, e, por vezes, nos fazem procurar em nós mesmos a culpa que não cabe às vítimas.

Forte abraços a todos e fiquem com Deus! 

Fontes: www.educacao.uol.com.br
ISPN – INSTITUTO SOCIEDADE POPULAÇÃO E NATUREZA
PORTAL AMAZÔNIA
INTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA - IBGE

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