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Conheça os números do Mercado de Combustíveis no Brasil

Leia neste artigo informações importantes sobre o setor

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A concentração na oferta sempre causa desajustes e distorções em qualquer segmento econômico. 

Quando se estabelece em um setor crucial como o de distribuição de combustíveis, neste caso, gasolina e diesel, se torna um peso gigantesco e quase insuportável para toda a sociedade. 

Estamos falando de um mercado de 62,1 bilhões de litros de óleo diesel, máxima histórica registrada em 2021, na esteira do bom desempenho da agropecuária, da mineração, da construção civil e do comércio eletrônico.

Também falamos de 39,3 bilhões de litros de gasolina em 2021. Alta de 9,7% em relação a 2020.

São mercados imensos que comportam dezenas de concorrentes, porém, sofremos neste segmento, distribuição de combustível, do mesmo mal que acomete outros setores da economia nacional: concentração da oferta.

E a má notícia é que o setor de distribuição de combustíveis fechou o ano de 2021 com maior grau de concentração do que tinha em 2020. 

De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo - ANP, a participação de mercado das três líderes, Vibra (ex-BR Distribuidora), Raíze e Ipiranga, somadas, alcançou 69,81% nas vendas de diesel, o que representa alta de 1,4 ponto percentual em relação a 2020 e 62,13% na gasolina, com crescimento em relação a 2020 de 2,2 pontos percentuais.


Participação da Vibra, Raízen e Ipiranga nas vendas de diesel e gasolina no mercado brasileiro


Obs. Dados da participação somada das 03 distribuidoras: Vibra, Raízen e Ipiranga.

   

 

Foi uma reversão da tendência de desconcentração observada nos últimos anos na distribuição de diesel e gasolina. 
Uma saída para esta concentração é a importação, porém, a viabilidade da importação depende muito da política de preços praticada pela Petrobrás. 
 
Quando os preços da Petrobras ficam abaixo da paridade internacional, as importações perdem atratividade. 
 
Oportuno lembrar que a própria Petrobrás foi monopolista do mercado de refino até 2021. Este monopólio só foi quebrado no fim de 2021, com a conclusão da venda da refinaria RLAM (BA) para o Mubadala. Portanto, hoje temos 11 refinarias com a Petrobras e 01 com a Mubadala. 

Quanto aos preços, a gasolina subiu cerca de 46% em 2021. Segundo dados da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o combustível custava, em média inicial, R$ 4,6 na bomba dos postos de combustíveis. Em dezembro, preço médio era de R$ 6,67, flutuação entre R$5,2 a R$7,9. 

O diesel também teve alta semelhante. Passou de R$ 3,6, para R$ 5,3, Alta de 47%. Flutuação entre R$ 4,00 e R$ 6,9. 

Outros combustíveis

O etanol teve queda de 13% nas vendas entre 2021/2020, perfazendo 2021 na marca de 16,7 bilhões de litros vendidos, bem abaixo do recorde de 22 bilhões de litros de 2019.

Em 2021 o etanol teve alta de preço de 59%. Saiu de um preço médio de R$ 3,2 em janeiro e passou para R$ 5,1 em dezembro.

As vendas de querosene de aviação (QAV) continuaram abaixo da época pré-pandemia, porém 22,8% acima do desempenho do ano 2020, totalizando 4,3 bilhões de litros em 2021, informam os dados levantados pela ANP.

Ao fim e ao cabo, verificamos que o mercado de combustíveis no Brasil, dada a dinâmica da sua economia e a extensão do seu território, é gigante e não se concebe mais vivermos sob o julgo de monopólios e concentrações na oferta, que exploram e subjugam as empresas e a economia popular.
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!

Fonte: Agência Nacional de Petróleo - ANP

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