Ranking Econômico Das Melhores e Piores Cidades do Brasil
Dados do índice IDGM e do Produto Interno Bruto nos revelam a realidade das cidades brasileiras
Nas análises econômicas e financeiras que nos debruçamos para entender a nossa economia, na maioria das vezes, focamos o país e por vezes os Estados.
Mas, o fato é que moramos nas cidades. O ambiente municipal termina, em vários aspectos, nos influenciando mais do que a própria realidade do Estado ou do país.
Veremos neste artigo, que cidadãos morando no mesmo país, até no mesmo Estado, podem viver e ter percepções diferentes sobre a economia, emprego e qualidade de vida em função da qualidade da gestão municipal.
Apesar do país ser o mesmo, os moradores de Maringá/PR, 1° lugar no Índice de Desafio da Gestão Municipal - IDGM 2021, certamente possuem experiencias diferentes sobre a economia, emprego e a qualidade de vida em relação aos moradores da capital Macapá, 100° colocada no mesmo Estudo do Índice de Desafio da Gestão Municipal - IDGM 2021.
Cidade de Maringá
A possibilidade de construção de um cenário municipal diverso do cenário nacional ou estadual, comprova a importância e responsabilidade que a gestão municipal tem na definição de uma vida melhor ou pior para os seus cidadãos.
Nos dias de hoje, se cobra muito do presidente e do governador, mas o prefeito também pode fazer a diferença, para o bem ou para o mal.
Vejamos as 05 primeiras cidades no ranking do IDGM 2021, que fizeram o dever de casa:
E as 05 últimas, que não fizeram o dever de casa:
O Instituto de Geografia e Estatística - IBGE considera o total de 5.570 cidades no Brasil, incluindo nesta conta o Distrito Estadual de Fernando de Noronha e Brasília, como cidade coextensiva ao Distrito Federal.
Este artigo se debruça apenas sobre as 100 melhores cidades brasileiras. Portanto, as diferenças podem ser muito mais agudas se comparássemos, por exemplo, a 1° com a 5.570°.
É animador perceber que as equipes das prefeituras podem reverter quadros nacionais e/ou estaduais desfavoráveis ou potencializar os bons momentos e construir microclimas econômicos e sociais diferenciados.
Focando só as capitais também verificamos diferenças gritantes nos resultados das gestões municipais.
Ranking das 15 mais bem classificadas no ranking IDGM (100 primeiras)
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Focando agora o critério da riqueza Produto Interno Bruto – PIB, encontramos dentre as 12 maiores só três com mais de R$ 100 bilhões de reais de PIB. Fonte: IBGE - 2019
12. Salvador: R$ 63,804 bilhões
11. Guarulhos: R$ 65,165 bilhões
10. Campinas: R$ 65,875 bilhões
9. Fortaleza: R$ 67,413 bilhões
8. Osasco: R$ 81,9 bilhões
7. Porto Alegre: R$ 82,43 bilhões
6. Manaus: R$ 84,867 bilhões
5. Curitiba: R$ 96,088 bilhões
4. Belo Horizonte: R$ 97,205 bilhões
3. Brasília: R$ 273,614 bilhões
2. Rio de Janeiro: R$ 354,981 bilhões
1. São Paulo: R$ 763,806 bilhões
Este ranking nos revela que São Paulo continua disparada como a cidade mais rica do Brasil seguida pelo Rio de Janeiro. Brasília completa o trio de cidades com PIB acima de R$ 100 bilhões.
Curitiba é a cidade mais rica do Sul. Manaus a mais rica do Norte e Fortaleza a mais rica do Nordeste.
Dentre as 12, três não são capitais: Guarulhos, Campinas e Osasco. Todas do estado de São Paulo.
Eu sei, caro leitor. Também procurei nossa amada Recife nos levantamentos e análises. Então, vamos lá.
- No IDM: Nossa cidade amarga um doloroso 71° lugar num ranking das 100 melhores.
- Quanto ao Produto Interno Bruto:
13° cidade do Brasil com R$ 54,691 bilhões.
Bem, para quem cresceu com o sentimento de morar na “Capital do Nordeste” e acompanhando nossa cidade ser sempre destaque no Nordeste e no Brasil, tanto econômica como politicamente, é no mínimo, entristecedor ver a posição secundaria que o Recife se encontra hoje.
Outrora referência maior no turismo regional, hoje testemunhamos nosso principal cartão postal, a praia de Boa Viagem, simplesmente abandonada. O centro da cidade, inexiste como opção turística. O Bairro do Recife, não é nem sombra do que foi no passado. Sem falar na grave questão da segurança.
Bairro do Recife Antigo
Moradores de rua, bem como famílias inteiras transformadas em pedintes a mendigar nos sinais de trânsito da cidade, completam, infelizmente, o quadro dantesco da outrora turística “Veneza Brasileira”.
Por fim, para quem visita hoje Fortaleza ou Salvador, só resta constatar que nossa cidade parou no tempo e no espaço. Pior: andou para trás
Apesar de nosso bairrismo, os números e a realidade se impõem.
Ao fim e ao cabo, é urgente reconhecermos este estado de coisas e não brigarmos com a realidade. Para buscar a cura de verdade tem primeiro que reconhecer que esta doente.
Forte abraço a todos e fiquem com Deus!