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Locadoras compram 620 mil veículos em 2024, diz Abla; alta é de 5% ante 2023

As unidades absorvidas pelo setor de locação representarão 25,3% do total vendido pela indústria

As locadoras de veículos vão encerrar o ano de 2024 com um total de compras próximo a 620 mil automóveis e comerciais leves - Rafa Neddermeyer/ Agência Brasil

As locadoras de veículos vão encerrar o ano de 2024 com um total de compras próximo a 620 mil automóveis e comerciais leves. O número representa uma alta de 5% em relação ao total adquirido em 2023, projeta a Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla).

As unidades absorvidas pelo setor de locação representarão 25,3% do total vendido pela indústria no ano, tendo como base as estatísticas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

A Abla destaca que, nos últimos três anos, as locadoras foram responsáveis por absorver mais de 25% das vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil.
 

Frota
As projeções da associação apontam que as locadoras terminarão 2024 com uma frota total (novos e seminovos) de 1,650 milhão de automóveis e comerciais leves. O número é 5,1% maior do que o registrado no final de 2023.

A modalidade de locação que mais crescerá em 2024 será a do Carro por Assinatura, com projeção de aumento de 44% no total da frota do setor destinada a esse perfil de clientes.

Ao final deste ano, serão aproximadamente 880 mil automóveis e comerciais leves destinados para aluguéis de longo prazo (terceirização de frotas), sendo 180 mil deles para os clientes do Carro por Assinatura.

Projeções para 2025
A alta nos custos dos carros comprometem as projeções do setor de locação de veículos para 2025, segundo o presidente da Abla, Marco Aurélio Nazaré. "A alta do dólar tem impactado de forma expressiva os custos para as montadoras", afirma.

O porta-voz complementa dizendo que a tendência de valorização da moeda americana preocupa o setor. "É um reflexo da situação da economia e dos gastos do governo", avalia.

Outro ponto de atenção citado por Nazaré é a alta de juros, que diminui o acesso ao crédito, enquanto o segmento de locação de veículos demanda um volume de capital elevado.

"Precisamos captar recursos no mercado, o que é dificultado pela alta da Selic", afirma, destacando que, desde 2018, o investimento do setor é maior do que a receita.

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