Whindersson Nunes e Maria Lina adotam cão resgatado que sobreviveu por milagre
À espera do primeiro filho, o comediante Whindersson Nunes e a estudante de engenharia Maria Lina Deggan adicionaram mais um integrante à família. Trata-se do cão SRD (sem raça definida) David, com idade estimada em um ano, adotado pelo casal há cerca de uma semana.
A adoção repercutiu bastante por causa da história de vida do animal, que foi resgatado pelo Projeto Amigos do Cão Carente (PACC), iniciado em meados do ano passado, na cidade de Barra Velha, em Santa Catarina, estado natal de Maria Lina.
Antes de ganhar uma casa e nome novos, o canino, que se chamava Baíto, passou quase um mês internado em estado gravíssimo. Ele foi retirado das ruas com queimaduras importantes, provavelmente provocadas por algum produto químico. A pessoa que o pegou, no entanto, optou por fazer um tratamento em casa, o que acabou complicando o quadro.
“Baíto chegou para nós aos 47 do segundo tempo, quase em óbito. Ele foi queimado por produto químico e chegou já muito intoxicado porque a pessoa que estava cuidando deu medicações que não eram adequadas. Recebi uma mensagem pedindo pomada, em um domingo, às 22h. Quando vi as imagens, percebi que não era caso de pomada, mas para internação. Fizemos um movimento para que a pessoa levasse ele à clínica e constatamos a gravidade da lesão”, conta a presidente do PACC, Ângela Laranjeiras.
"Na hora que ele deu entrada na clínica, estava em choque, sem nenhuma reação. Colocamos ele no oxigênio e iniciamos uma corrida por doador de sangue. O sangue dele era pura água, já tinha perdido muita proteína, estava desidratado. Ele foi um milagre. A gente não tinha segurança nenhuma que ele ia sobreviver e ele se tornou um símbolo para o PACC, uma lição de que nunca se deve desistir”, continua ela.
Segundo Ângela, o resgate de Baíto e a gravidade do quadro dele repercutiram na mídia local e nas redes sociais. Foi assim que Maria Lina tomou conhecimento e entrou em contato com o PACC, dizendo que tinha interesse em ajudar no tratamento do animal. O projeto, assim como tantos outros pelo País, sobrevive de doações para poder ajudar os resgatados.
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"Fomos fazendo o tratamento e, quando Baíto recebeu alta, enviei uma mensagem para ela perguntando se eles tinham interesse em adotar, pois, embora outras pessoas tenham nos ajudado também, eles bancaram a maior parte do tratamento. Ela falou que ia conversar com Whindersson e, dois segundos depois, já falaram que queriam ficar com Baíto, que agora se chama David”, comemora Ângela.
A protetora, então, pegou a estrada com destino a São Paulo para levar o pet para o novo lar. Embora ainda tenha algumas feridas e continue fazendo acompanhamento médico, ele agora não corre mais riscos. Antes de ser entregue à nova família, também foi castrado.
"Graças a Deus, agora, ele vem se recuperando no novo lar, foi muito bem recebido”, diz Ângela, contando que acompanha a adaptação como rotina de praxe do PACC para com animais adotados. “Baíto é um verdadeiro milagre. E Deus é tão maravilhoso que o novo nome escolhido, David, é o mesmo do tutor do animal que doou sangue pra ele”, conta.
Em seu perfil no Instagram, Whindersson chegou a postar foto de David, o apresentando como o “irmãozinho novo de Regina”. Regina, no caso, é Regina Casé de Alcione, uma cadela também adotada por ele, em 2017, através do Instituto Luisa Mell, que havia feito um resgate de 135 cães vítimas de maus-tratos em um canil localizado em Osasco, São Paulo. O comediante ainda tem outros pets, assim como Maria Lina, que já declarou na internet o seu amor aos animais.