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Deixa ração à vontade para o pet? Saiba alguns motivos para mudar esse hábito

Ao ficar muito tempo exposta, a ração perde nutrientes, sabor e textura - Pixabay

Muitos tutores, sobretudo os que têm um único pet, adotam o costume de deixar o potinho de comida sempre cheio e disponível para que o cão ou gato se alimente ao longo do dia.

Esse hábito, no entanto, mais prejudica do que oferece o pensado "conforto de comer na hora que sentir vontade”. Leia, a seguir, algumas razões que podem ajudar a rever esse conceito.

Qualidade do alimento
Ao entrar em contato com o ar ambiente, alguns nutrientes que fazem parte da composição da ração entram em processo de oxidação e perdem valor.

A exposição prolongada também pode levar a um processo de fermentação, a partir da umidade. Essa umidade pode ser do ambiente, de respingos de água, caso o comedouro fique próximo ao potinho de água, ou ainda da saliva do próprio animal ao se alimentar. A umidade favorece a proliferação de fungos e bactérias, que podem ser prejudiciais à saúde. 

A depender do local onde o comedouro for colocado, ainda pode acumular poeira, pelos, areia, folhagens entre os grãos. 

Perda de sabor 

Pote de comida de gatoFoto: Pixabay

Quando você abre um pacote de biscoito, come algumas unidades e deixa o saco aberto, aos poucos ele vai perdendo sabor e diminuindo a textura crocante. O biscoito, então, já não fica tão interessante. O mesmo acontece com a ração do pet. 

Com o tempo exposta, ela vai perdendo não só nutrientes, mas também sabor e textura. Menos palatável, pode não despertar o desejo do cão ou gato. 

Alguns tutores até trocam o tipo da ração por achar que o animal enjoou. Mas, na verdade, pode ter apenas perdido o apetite por falta de sabor. 

Obesidade
Se você é daqueles tutores que mal veem o comedouro esvaziando e já colocam mais um pouquinho de ração para não correr o risco de ficar sem, pode estar contribuindo para gerar um quadro de obesidade no pet. 

Com comida sempre disponível, ele pode acabar ingerindo mais calorias do que deve. Isso, por si só, já favorece o ganho de peso corporal. Caso o cão ou gato não tenha tanto estímulo a atividades, o balanço energético ficará ainda mais prejudicado. 

Gato obesoFoto: Pixabay

Controle do apetite
Os fatores citados anteriormente interferem diretamente no acompanhamento comportamental do pet. A perda do apetite é um dos sinais mais clássicos de que um cão ou gato não está bem de saúde. 

Mas, se você não tem controle sobre o quanto o pet come por dia ou se não consegue diferenciar se, de repente, ele deixou de comer por falta de apetite ou porque a ração perdeu sabor, não conseguirá identificar esse sinal à primeira vista. E quanto mais cedo as doenças forem detectadas, melhores serão os prognósticos de tratamento. 
Economia 

Se o pet for bom de boca e você estiver sempre colocando mais uns grãozinhos no pote dele, o consumo da ração vai ser maior. E se ele for daqueles mais seletivos, que comem aos poucos e perdem o interesse à medida que a comida vai perdendo sabor, o desperdício vai ser maior. 

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Atraindo problema
Em reservatório abertos, como são os comedouros, as rações costumam atrair outras espécies de animais, como pombos, formigas, baratas e ratos. E esses animais podem representar riscos de doenças graves para o seu pet. 

Mudando a rotina
Não é porque o seu cão ou gato teve o potinho sempre cheio e à disposição que isso não possa mudar. Pode ser que no início ele estranhe ou não queira se alimentar naquele determinado momento em que a comida for ofertada. 

O ideal é servir a porção e aguardar em torno de 15 minutos a 20 minutos. Depois disso, caso ele não coma, o tutor deve recolher e acondicionar refeição de forma adequada para oferecer em outra ocasião. Aos poucos, ele irá se acostumando. 

Atividades

Cachorro fazendo exercícioRação pode ser usada no adestramento. Foto: Pixabay

Na natureza, os animais passam horas caçando o próprio alimento. Assim, se mantém ativos ao mesmo tempo em que desenvolvem habilidades. 

O alimento é um dos estímulos mais prazerosos para os animais, podendo ser aliado em treinos de adestramento ou usado como recreação, em brinquedos interativos, atividades de caça, entre outras opções. 

Gato comendoDistribuir grãos pela casa estimula o instinto de caça. Foto: Pixabay

Atenção com as porções
É importante consultar o médico veterinário que acompanha o pet para saber a porção ideal que ele deve consumir por dia. A partir desse valor, você administra a forma de oferta, se dividido em duas ou três refeições ao dia, por exemplo. E ainda pode separar uma quantidade específica para as brincadeiras. Assim, ainda evita calorias e gastos extras com petiscos. 

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