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Investigação de crime de maus-tratos contra gatos no Recife completa dois meses sem respostas

Cinco felinos apareceram mortos horas depois da passagem do homem pelo local.Cinco felinos apareceram mortos horas depois da passagem do homem pelo local. - Reprodução/Instagram

Dois meses após o crime de maus-tratos cometido contra gatos filhotes e adultos que transitam na região da avenida Beira Rio, no bairro da Madalena, na Zona Oeste do Recife, o inquérito policial que apura o caso ainda não foi concluído. 

Em nota, nesta sexta-feira (9), a assessoria de comunicação da Polícia Civil de Pernambuco repetiu o que vem sendo dito há semanas, que “por meio da Delegacia do Meio Ambiente (Depoma), segue investigando o caso, que está sob a responsabilidade da delegada Isabela Veras”.

Completou dizendo que mais informações serão repassadas somente quando houver a conclusão do inquérito. Além da Depoma, a delegada Isabela Veras atua também no Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). 

O caso 
O crime aconteceu na madrugada do dia 9 de fevereiro e foi flagrado pelas câmeras de segurança instaladas na área pela ex-vereadora do Recife Goretti Queiroz, que bancou os equipamentos com recursos próprios, no intuito de coibir os recorrentes episódios de maus-tratos aos animais que vivem nas redondezas da Beira-Rio. 

As imagens mostram quando o homem chega em um carro branco e começa a mexer com os animais. Ele chuta um dos felinos, que fica no chão. Depois, pega outro pelo rabo e pressiona o pescoço dele com o pé contra um canteiro. 

Foto: Reprodução/Instagram

De acordo com os registros das câmeras, ele ficou no local das 3h15 até às 4h07. Durante esse tempo, apertou e suspendeu vários animais pelo pescoço. Na manhã seguinte, quatro gatos ainda filhotes e um adulto foram encontrados mortos. 

O crime foi denunciado três dias depois, pelo Projeto Independente Gatinhos Urbanos, que atua na proteção e cuidados aos felinos largados na Beira-Rio, uma área conhecida como ponto de desova, há muito sem intervenções eficazes do poder público. 

Todas as imagens das câmeras foram entregues à Polícia, que já ouviu testemunhas e o próprio suspeito do crime, mas não tem previsão de concluir o inquérito. 

Pela perplexidade, o caso ganhou repercussão nas redes sociais, sendo compartilhado até por protetores de fora do Estado. Uma voz uníssona em cobrança por respostas. 

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Apesar de várias páginas estamparem nome e imagem do possível envolvido no crime, a identidade dele ainda não foi confirmada pelas autoridades por questões legais. 

Lei
No ano passado, a lei que pune quem pratica atos de maus-tratos contra cães e gatos foi enrijecida, com pena de dois até cinco anos de reclusão, podendo ter aumento de 1/6 a 1/3 se houver morte do animal, além de multa. 

Diversos ativistas engrossaram o coro por punição, uma vez que a histórica impunidade para os casos de maus-tratos acaba dificultando o combate a esse tipo de conduta.

O mês de abril, inclusive, abriga a campanha “Abril Laranja”, focada no combate à crueldade contra os animais. 

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