No Dia do Gato, veja coisas que só quem tem/ama os bichanos sabe

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“Gato não tem apego ao dono.” “Gato é um animal arisco.” “Gatos não são carinhosos.” É raro encontrar quem nunca tenha ouvido pelo menos uma dessas frases citadas. 

A verdade mesmo é que os bichanos são injustiçados. Por, isso, neste 17 de fevereiro, data em que se comemora o Dia do Gato, convidamos gateiros assumidos para desmistificar algumas coisas e contar as verdades que só quem tem e ama os felinos sabe. 

Pudim, um dos seis felinos do jornalista Daniel Medeiros. Foto: Cortesia

Desapegados? Não mesmo 
Essa história de que gatos se apegam mais ao ambiente do que aos donos é um dos maiores mitos que existem quando o assunto são os felinos. Assim como os cães, eles também criam laços emocionais com os humanos e são capazes, sim, de demonstrar afeto. 

"Quando volto para casa após alguns dias de viagem, os meus costumam grudar em mim de uma maneira que fica difícil me movimentar sem quase tropeçar. Eles me acordam pela manhã, esperam na porta para me receber do trabalho e adoram deitar ao meu lado enquanto vejo TV. Se isso não for amor, não sei mais o que pode ser”, diz o jornalista Daniel Medeiros, que é tutor de cinco bichanos. 

Super companheiros
A também jornalista Luciana Morosini, tutora do casal Douglas e Ludmila, ressalta ainda a sensibilidade que os gatos têm para compreender as emoções dos humanos.

“Eles estão sempre por perto e sentem quando o dono não está bem, se está triste ou com algum problema. É o momento que ficam na cola. Quando eu saio, eles esperam na porta de casa. Esperam na porta do banheiro, miam na porta se ouvem que estou acordada dentro do quarto e não abri pra eles”, conta ela.  

Luciana Morosini é tutora de dois bichanos. Foto: Cortesia

Tudo no seu tempo
Talvez, a fama de desapegados tenha surgido por conta dos rituais dos felinos. Do mesmo modo que amam estar ao lado dos seus tutores em momentos afetuosos, eles também gostam de ter um momento só deles. E gostam mais ainda que isso seja respeitado. 

"Eles têm personalidade. É preciso entender e respeitar. Dos meus, um gosta que faça carinho na barriga e outro odeia, por exemplo”, diz Luciana.

“Melinda e Maria Isa são tão parecidas fisicamente e super diferentes no temperamento. Uma é extrovertida e a outra introvertida”, releva a médica veterinária Aline Brasilino. 

Melinda e Maria Isa, da veterinária Aline Brasilino. Foto: Cortesia

Sem preguiça
Outro mito que envolve os felinos é que são pets preguiçosos. Aline Brasileiro é categórica: “gatos quietos são gatos sem incentivo”. 

Mesmo que durmam várias horas por dia, essa não não é a atividade preferida deles. E vamos combinar que é preciso gastar toda essa energia acumulada em tantas horas cochilo, não é mesmo?

Eles amam brincar e interagir com os donos. Por isso, é interessante dedicar algum tempo para dar atenção exclusivamente ao seu felino.

“É bom sempre estar renovando as opções de brinquedos, porque eles amam novidades e enjoam rápido do que você oferece”, indica Luciana. "Precisa entender qual hora do dia ele tem mais energia e do que ele gosta de brincar”, completa. 

Foto: Pixabay

Ah, e não se chateie se você passar horas escolhendo um brinquedo especial e ele preferir o laço de uma sacola, uma caixa de papelão ou, simplesmente, uma bolinha de papel. Às vezes, algo que você nem imagina pode garantir a diversão do dia. 

Outra coisa importante é estimular o instinto de caça deles. Uma dica boa para isso é enriquecer o ambiente com prateleiras, nichos e outros acessórios que os desafiem. 

Eles aprendem lições
Embora passem a imagem de “donos do próprio nariz”, os felinos, assim como os cães, podem ser educados e treinados para entender comandos. Requer um pouco mais de paciência? Sim. Mas não é algo impossível de ser feito. 

Eles podem, por exemplo, entender o comando de “não” e, aos poucos, saberem o que não devem fazer, como ficar em cima da comida no momento das refeições. 

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"Se ceder a tudo, eles não aprendem. Os meus ensinei o não e o nome deles usando petisco. Dava um para cada e tinha que seguir a ordem. Se um atravessa antes, digo que não e falo o nome que ele recua. Se falo 'quem quer petisco?’, eles já correm pra cozinha”, conta Luciana. 

Limpeza = tudo pra eles 
Muita gente acha que os bichanos, por não irem frequentemente aos pet shops, são animais sujos. Mas a realidade é que eles têm uma certa paranoia com limpeza. As lambidas frequentes são uma forma de fazerem a higiene, de “tomar banho”. 

Quer ver um gato chateado? Deixe a caixinha de areia dele suja. “Fé é bem sistemático. Na caixinha, ele faz o cocô de um lado e o xixi do outro. E quando termina um, ele fica miando para limpar e ele poder fazer o outro”, conta a designer Nair Carvalho, tutora de Fé. Outra coisa que não agrada é posicionar a comida próximo da área onde eles fazem as necessidades. 

Fé e a designer Nair Carvalho. Foto: Cortesia

Dá pra viver em grupo 
Ao contrário dos caninos, os gatos não são animais de matilhas. Alguns podem preferir viver sozinhos, mas é possível ter mais de um bichano e manter uma convivência saudável entre eles. 

Blue, Pudim e Margot, de Daniel Medeiros. Foto: Cortesia 

Para que isso aconteça, é importante assegurar que cada um terá seu espaço e sua individualidade respeitados. Como vimos acima, limpeza é coisa séria. Portanto, se você tem muitos bichanos, a quantidade e a disposição das caixas de areia deve ser bem pensada. “Bebedouros, comedouros e locais de descanso também devem ser pensados para evitar atrito entre eles”, enfatiza Daniel Medeiros.

Amam uma novidade 
O instinto curioso faz com que os gatos amem quando tem uma novidade na casa. Um móvel novo, por exemplo, é certeza de sucesso.

Douglas e Ludmila explorando novidades. Foto: Cortesia

“Eles adoram novidade. Basta mudar algo de lugar pra eles já terem interesse. Mover uma cadeira de lugar ou colocar uma caixa em local acessível já é motivo para ficarem em cima”, conta Luciana. 

Caminha pra quê?
Não é raro encontrar um felino dormindo em posições visualmente desconfortáveis. Eles, inclusive, têm uma lista de preferências de locais para dormir, que vão desde a cama do dono até uma caixa qualquer, na qual a própria caminha fica entre as últimas opções. 

“Dorme no tapete da cozinha, na poltrona da sala, em cima do armário ou da mesa, na cama da gente... Onde tiver lugar ele deita”, diz Nair. "Às vezes dormem com metade do corpo em um móvel e a outra metade em outro, quase caindo”, completa Luciana. 

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Arranhar!
Quem tem um gatinho em casa sabe que a decoração pode ganhar alguns “detalhes” a mais. É que sofás, almofadas, cortinas, bancos, entre outros itens da mobília, são arranhadores em potencial. 

Esse é um comportamento normal e faz parte da essência e do instinto deles. Não é uma simples trela. Gatos podem arranhar para condicionar as garras, removendo camadas externas e gastas para dar lugar a garras novas, para fazer um alongamento ou para deixar uma marca, seja visual ou olfativa. Uma opção para tirar móveis e estofados do foco é investir nos arranhadores próprios para eles. 

Foto: Cortesia

“Amassar o pãozinho” é amor 
Para os gateiros de plantão, a expressão é comum. Se você ainda não sabe o que é “amassar o pãozinho”, segue a explicação: "É quando eles ficam afofando alguma coisa com as patinhas, pode ser uma almofada, um pano ou até mesmo você. Tenho um que ama fazer isso na minha barriga”, detalha Daniel Medeiros. “É o mesmo movimento que eles fazem na mãe quando estão mamando, ainda filhotes”, completa. 

Liberdade, mas não tanto
Gatos são animais exploradores, que amam caçar e se aventurar em novos ambientes. Mas isso não deve significar acesso livre à rua. Embora tenha fama de animal independente, estar fora de casa sem a supervisão dos tutores é sinônimo de risco para os bichanos. 

Eles ficam expostos a acidentes, parasitas, brigas com outros gatos e doenças graves. “O ideal é proteger janelas e outros acessos da casa com telas, para que os animais não saiam. É possível, com algum esforço, acostumá-los a passearem com guia e coleira”, diz Daniel. 

Tem que fazer check up 
Em geral, os felinos são animais que não costumam adoecer com frequência. A saúde é boa, mas o check up não pode ser ignorado, afinal, aquela história de que gato tem sete vidas também é mito.

Foto: Pixabay

A veterinária Aline Brasilino indica a realização de exames de sangue pelo menos uma vez ao ano. Além disso, tem que ficar ligado nas vacinas e na vermifugação periódica. 

Eles são tão especiais que fica até difícil listar só algumas coisas, né? Mas, fica aqui a nossa homenagem pelo Dia do Gato e o desejo que os bichanos ganhem cada vez mais admiradores. 

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