Guta Stresser, a Bebel de ‘A Grande Família’, revela ter esclerose
"Perdi o chão na mesma hora", disse a atriz
Guta Stresser, a Bebel de ‘A Grande Família’, revelou ter esclerose múltipla. Em entrevista à revista Veja, a atriz, de 49 anos, contou como foi o processo até a descoberta da doença. Segundo ela, os primeiros sintomas surgiram em 2020, quando ela participava da Dança dos Famosos, no Domingão do Faustão. “Parecia tudo normal até que, durante os ensaios, eu passava a coreografia e, quando terminava, não lembrava de mais nada, nada mesmo”, contou. “Com esforço, porém, consegui avançar na competição e não dei mais muita atenção para aqueles lapsos”.
Contudo, o quadro foi se agravando. “Comecei a esquecer palavras bem básicas, como copo e cadeira. Se ficava duas horas parada assistindo a um filme na TV, logo sentia dores musculares.” Outros sintomas como formigamento nos pés e mãos, enxaquecas e variações de humor surgiram. “O pior era um zumbido constante no ouvido. Parecia que havia ali um fio desencapado, provocando um curto-circuito na minha cabeça — algo como ‘tzuin, tzuin’".
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A atriz pensou que pudesse ser sequelas da Covid-19 ou sintomas relacionados à menopausa, porém acabou levando um tombo na sala da sua casa e isso a fez ir atrás de um médico. “Resolvi procurar um otorrinolaringologista, achando que o problema poderia se resumir a uma questão de equilíbrio. Em princípio, ele disse que estava tudo certo, mas insisti para realizar uma ressonância. Feito o exame, recebi enfim o diagnóstico: esclerose múltipla”.
“Perdi o chão na mesma hora. Nem sabia direito o que era aquilo, só que afetava o cérebro, e só isso me soou aterrorizante”, completou. Guta ficou com medo de ficar incapacitada. “Mas, com a ajuda do neurologista, entendi que diagnóstico não é sentença e que, apesar da doença não ter cura, ela tem, sim, tratamento".
“O primeiro passo foi tomar um remédio caríssimo, que só consigo obter graças ao Sistema Único de Saúde, ao qual sou, aliás, bastante grata.” Além da medicação, ela passou a praticar ioga, melhorou a alimentação e faz exercícios para o cérebro, que vão desde leitura a palavras cruzadas. “Mais recentemente, incluí no tratamento óleo de CBD, um derivado de maconha que é felizmente legalizado e tem se revelado promissor. Depois do diagnóstico, refiz a ressonância magnética e os resultados foram muito bons, indicando um quadro estável".
Guta contou que vai seguir trabalhando e sabe que precisará conviver com a esclerose múltipla. “Sei que vou ter de conviver com a esclerose múltipla para o resto da vida. Que ela seja longa e plena. Cada dia que passa tem aquele gosto de uma pequena vitória”.