7 milhões de brasileiros sofrem com a Doença Falciforme
Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco
Na sexta-feira, dia 19.06, foi lembrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença Falciforme. É uma disfunção hereditária, sendo que 47% da população afirma nunca ter ouvido falar sobre a doença (Fonte: IBOPE)
A Doença Falciforme é a alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica (formando um foice), dificultando a circulação. Neste sentido, pode desencadear: Crise Vaso-Oclusivas (CVOs), responsáveis por intensos episódios de dor aguda e altamente debilitantes.
Números:
Segundo o Ministério da Saúde:
-7 milhões de brasileiros sofrem com a doença
-A cada ano são detectados 3.500 novos casos
-Incidência maior em negros
Esse tipo de anemia deve ser diagnosticada precocemente realizando o teste do pezinho no recém-nascido. O tratamento é feito com ácido fólico, analgésico, anti-inflamatórios, quelantes de ferro, imunobiológicos especiais e de antibioticoterapia. Além das dores nos ossos e articulações, também destacam-se: icterícia (cor amarela nos olhos e pele), infecções, feridas nas pernas.
É um mal grave e, em que alguns casos, o transplante da medula óssea é recomendado.
Pílulas
Idosos - Esse mês é caracterizado pelo Junho Roxo, Campanha Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa, que tem o objetivo de abordar medidas para prevenir e identificar situações de violência, negligência e abuso contra os idosos. Denúncias podem ser feitas pelo Disque 100.
Funcionamento - O pneumologista Paulo Almeida, informa que a Clínica M-Tórax, no Hospital Memorial São José, voltou a atender de forma presencial com protocolos de higienização e distanciamento social.
Tabaco – Em 3 meses de quarentena no Brasil, uma pesquisa realizada pelo curso de Fisioterapia da Unoeste, em parceria com a Medicina Guarujá, revela que 46% dos brasileiros tabagistas relataram sentir mais vontade de fumar durante este período. Destes, 37,5% aumentaram de 1 a 10 cigarros ao dia e mais de 6% ultrapassaram os 10 cigarros por dia.
Palavra do Especialista
Doenças pulmonares e fogueiras juninas
“Os cuidados nas vítimas da Covid-19 deverão ser os mesmos de outros pacientes portadores de doenças crônicas pulmonares” – Médico Amaro Capistrano
Amaro Capistrano
Sabemos, que independente do Coronavírus, as fumaças das fogueiras juninas são agentes inflamatórios do sistema respiratório e pulmonar. A rede hospitalar já está lotada, tanto pública como privada, portanto, todo cuidado é pouco, neste momento de circulação de vários vírus no Brasil. A pessoa que já tem doença respiratória, feito asma e renite, deve ter mais cuidado no momento de aproveitar o calorzinho da fogueira. Ao inalar a fumaça, a poeira emitida por ela chega aos pulmões em uma temperatura considerada muito alta podendo provocar queimaduras com destruição de parte de seu epitélio, se além desta condição ainda se associa a inflamação da Asma, do Enfisema e/ou do Covid-19, será maior o dano respiratório. Também alertamos que em casos de alérgicos e portadores de rinite e sinusite, o nariz e os olhos, tenderão a coçar mais e, as mãos, muitas vezes não higienizadas, poderão tocá-los e ter a contaminação pelo coronavírus. Os cuidados nas vítimas da Covid-19 deverão ser os mesmos de outros pacientes portadores de doenças crônicas pulmonares: manter distância da fumaça e o uso de máscaras para diminuir a inalação e os perigos que podem ser causados por estas partículas presentes na fumaça.
*Rafael Coelho (Médico - CRM: 23943/PE)
Site: www.rafaelcoelhomed.com.br
Email: [email protected]
Instagram: @rafaelcoelhomed.com
Amaro Capistrano é médico pneumologista
CRM/PE: 11858