A importância da vitamina D: desvendando seus benefícios e orientações para suplementação
A principal fonte natural de vitamina D é a exposição solar, diz o nutrólogo Rafael Coelho
Em meio às descobertas constantes no campo da saúde, a vitamina D emerge como protagonista de um enredo vital para o bem-estar humano. Além de suas conhecidas propriedades, essa substância multifacetada assume o papel de hormônio, desempenhando funções cruciais no organismo. Neste artigo, exploraremos os benefícios da vitamina D, o horário ideal para sua obtenção através da exposição solar e quando a suplementação se faz necessária.
Vitamina D é um hormônio
No vasto universo das vitaminas, a vitamina D ganha destaque pela sua versatilidade e influência em diversos sistemas do corpo. Além de desempenhar um papel fundamental na saúde óssea, ela atua como reguladora do sistema imunológico, cardiovascular e neuromuscular. Mais surpreendentemente, a vitamina D transcende a categoria de vitamina para se tornar um hormônio, desencadeando reações cruciais para a manutenção da homeostase corporal.
Exposição solar
A principal fonte natural de vitamina D é a exposição solar. A luz ultravioleta do tipo B (UVB), presente nos raios solares, desencadeia a síntese dessa vitamina na pele. Especialistas recomendam que, para obter benefícios adequados, a exposição solar direta por cerca de 10 a 30 minutos, de duas a três vezes por semana, seja realizada. Contudo, é essencial considerar fatores como a latitude, estação do ano, cor da pele e uso de protetor solar, que podem influenciar na produção de vitamina D. No entanto, é válido ressaltar que, em alguns casos, a obtenção adequada de vitamina D via exposição solar é vista com cuidado, especialmente para pessoas que vivem em regiões com invernos rigorosos ou passam a maior parte do tempo em ambientes fechados. Nessas situações, a suplementação pode ser uma alternativa eficaz.
Diante da complexidade das variáveis envolvidas na obtenção de vitamina D, é recomendável buscar orientação médica para determinar se a suplementação é necessária. A deficiência de vitamina D pode resultar em uma série de problemas de saúde, sendo essencial equilibrar a exposição solar responsável com opções suplementares, se necessário. Em última análise, compreender os benefícios da vitamina D e suas fontes é o primeiro passo para a melhoria da saúde.
Quando suplementar a Vitamina D?
Em meio à correria do cotidiano e às complexidades das condições climáticas, a obtenção adequada de vitamina D através da exposição solar nem sempre é uma tarefa simples. Nesse cenário, a suplementação dessa vitamina torna-se uma alternativa valiosa para muitos. Neste artigo, exploraremos quando considerar a suplementação de vitamina D, como ela é realizada e os benefícios dessa abordagem.
A decisão de recorrer à suplementação de vitamina D deve ser cuidadosamente ponderada e baseada em fatores específicos. Indivíduos com menor exposição solar devido a condições climáticas adversas, vida urbana ou ocupações que exigem longos períodos em ambientes fechados podem apresentar maior propensão à deficiência de vitamina D. Além disso, pessoas com condições médicas que afetam a absorção da vitamina D, como doenças gastrointestinais, também podem se beneficiar da suplementação.
A suplementação de vitamina D é geralmente realizada através de cápsulas ou gotas, sendo essas últimas uma opção conveniente, especialmente para crianças e idosos. É importante seguir as orientações médicas quanto à dose adequada, pois o excesso de vitamina D pode ter efeitos adversos. Os suplementos estão disponíveis em diferentes formas, incluindo vitamina D2 (ergocalciferol) e vitamina D3 (colecalciferol). A vitamina D3 é geralmente preferida, pois é mais eficaz na elevação dos níveis sanguíneos dessa substância.
Embora a suplementação seja uma opção viável, é crucial ressaltar que ela não substitui a importância da exposição solar e de uma dieta equilibrada. A orientação do médico é fundamental para determinar a necessidade e a dosagem adequada de suplementos, evitando riscos de toxicidade.
Níveis de Vitamina D adequados no organismo
Os níveis considerados normais de vitamina D no organismo podem variar dependendo das diretrizes adotadas por diferentes laboratórios e organizações de saúde. No entanto, aqui estão geralmente as faixas de referência para os níveis sanguíneos de vitamina D:
- Deficiência: Menos de 20 ng/mL (nanogramas por mililitro)
- Insuficiência: 20-29 ng/mL
- Suficiência: 30-50 ng/mL
- Níveis ótimos: 50-80 ng/mL (alguns especialistas sugerem uma faixa mais alta para obter benefícios ideais)
É importante notar que as unidades de medida podem variar entre ng/mL e nmol/L (nanomoles por litro), dependendo do laboratório e da região. Em geral, 1 ng/mL é aproximadamente igual a 2,5 nmol/L.
É sempre aconselhável discutir os resultados dos testes de vitamina D com o médico, pois eles podem fornecer uma interpretação personalizada com base no histórico médico, condições individuais e fatores de estilo de vida. Em caso de deficiência ou insuficiência, o médico pode recomendar estratégias para corrigir esses níveis, seja através de exposição solar adequada, ajustes na dieta ou suplementação controlada.
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Meditação, yoga e relaxamento na luta contra o câncer
O câncer é uma doença cercada de estigma que afeta a saúde mental dos pacientes. Na Campanha Janeiro Branco, os especialistas destacam o uso de terapias integrativas como yoga, técnicas de respiração, musicoterapia e o relaxamento para reduzir os transtornos mentais que acometem os pacientes com câncer. Só a depressão acomete até 29% desses pacientes. Recentemente a Sociedade Americana de Oncologia Clínica e Sociedade de Oncologia Integrativa criaram diretrizes para a aplicação dessas terapias com base em 110 estudos. “Essas técnicas melhoram não só a saúde mental do paciente, como também o resultado do tratamento e o prognóstico da doença”, afirma o oncologista Alexandre Palladino, da Oncologia D’Or. Além dessas terapias, o apoio da família, amigos e profissionais de saúde também é fundamental para a qualidade de vida do paciente.
Escolha dos óculos de sol
Os óculos de sol, além de serem um acessório de moda, têm a função de bloquear os raios ultravioletas emitidos pelo sol. A exposição prolongada e sem proteção adequada (óculos falsos ou de procedência duvidosa) podem causar sérios riscos à saúde dos olhos, como catarata, degeneração macular e de outras áreas da retina, lesões de córnea, olho seco e pterígio (carnosidade). “Fisiologicamente, a pupila nos protege contra esta exposição, uma vez que, em ambientes de grande iluminação, a pupila se contrai, diminuindo a passagem dos raios nocivos aos olhos. Quando estamos no escuro, ambientes com pouca iluminação ou com óculos escuros, acontece uma dilatação e, consequentemente, mais raios solares penetram no olho. Sendo assim, quando usamos óculos que não bloqueiam adequadamente a entrada dos raios ultravioleta, eles atingem diretamente os olhos podendo causar danos”, destaca a oftalmologista Catarina Ventura (IOFV). Então, quando for escolher seus óculos de sol, adquira em estabelecimentos de confiança, que tenham marcas conceituadas que entreguem realmente qualidade em produtos, serviços e atendimento. Preze principalmente pela saúde dos seus olhos.
Medicina Integrativa: assistência com foco na humanização e acolhimento
A Medicina Integrativa chama a atenção para uma forma de cuidado que tem se tornado referência na promoção de tratamentos efetivos e uma assistência com foco na humanização e acolhimento. Também conhecida como Medicina do Bem-estar, a abordagem coloca o paciente no centro do processo de cuidado com a saúde, promovendo uma mudança fundamental na relação com o médico e terapias. Essa prática transformadora não apenas trata doenças, mas também capacita os pacientes a se tornarem agentes ativos na manutenção de sua própria saúde.
A prática vai além do tratamento convencional, envolvendo o corpo e a mente do paciente. Essa abordagem holística integra diferentes áreas da saúde, como nutrição, fisioterapia e psicologia, proporcionando uma visão abrangente e personalizada para cada indivíduo. Precisamos mudar a cultura de que as pessoas só devem procurar o médico quando estão doentes. As pessoas devem procurar o médico para não adoecer. A orientação inclui mudanças nos hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e uma nova perspectiva em relação ao próprio bem-estar.
Sormane Britto é ortopedista o especialista em Metabolismo e Fisiologia do Esporte
@drsormanebritto
“Saúde e Bem-estar” é atualizada todas às segundas-feiras no Portal Folha de Pernambuco