A taxa de obesidade mundial cresce exponencialmente
O impacto da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) terá resultado negativo significativo
O Atlas Mundial da Obesidade 2023 aponta crescimento exponencial da taxa de obesidade global. Somente entre os brasileiros, 41% da população será obesa em 2035. A doença cresce anualmente entre os adultos (2,8%). Já segundo a Federação Mundial de Obesidade, o crescimento anual da obesidade infantil no Brasil é de 4,4%, o que é classificado como nível de alerta altíssimo. Atualmente, 22,4% da população adulta brasileira apresenta obesidade. Nas crianças, são 6,4 milhões com sobrepeso e 3,1 milhões com obesidade no país. Essa previsão é catastrófica, pois patologias oriundas do excesso de peso tendem a aumentar, como: pressão alta, derrame, diabete tipo II, esteatose, entre outras.
O impacto da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS) terá resultado negativo significativo. A obesidade está associada a um aumento nos custos de saúde, devido ao tratamento de condições relacionadas à obesidade e às comorbidades associadas. Isso inclui consultas médicas, medicamentos, exames, internações hospitalares e procedimentos cirúrgicos, como a cirurgia bariátrica.
Além dos custos diretos de tratamento, a obesidade também pode levar a uma redução na qualidade de vida e na expectativa de vida das pessoas afetadas, aumentando assim a demanda por serviços de saúde a longo prazo. Isso pode sobrecarregar ainda mais o SUS, que já enfrenta desafios significativos em termos de acesso, qualidade e sustentabilidade financeira.
Para lidar com esse cenário, é fundamental adotar estratégias eficazes de prevenção e tratamento da obesidade. Isso inclui políticas públicas que promovam a alimentação saudável, a prática regular de atividade física, o acesso a tratamentos médicos e cirúrgicos adequados, bem como a conscientização sobre os riscos associados à obesidade.
Investir em programas de educação em saúde, incentivar a atividade física desde a infância, promover o acesso a alimentos saudáveis e regulamentar a publicidade de alimentos não saudáveis são algumas das medidas que podem ajudar a reduzir a prevalência da obesidade e seus impactos negativos na saúde e no sistema de saúde na totalidade.
Estancar a obesidade no Brasil requer uma abordagem abrangente que envolva diferentes setores da sociedade, incluindo governo, indústria alimentícia, profissionais de saúde e a população em geral.
Aqui destaco pontos importantes:
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Promoção de alimentação saudável: incentivar o consumo de alimentos naturais e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras, e reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares e sódio.
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Estímulo à prática de atividade física: promover a prática regular de atividade física em todas as faixas etárias, incentivando o uso de transporte ativo (caminhada, bicicleta) e a prática de exercícios físicos em espaços públicos.
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Educação em saúde: promover a educação em saúde nas escolas, empresas e comunidades, para aumentar o conhecimento sobre hábitos alimentares saudáveis e a importância da atividade física regular.
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Essas são algumas medidas simples que podem ajudar a estancar a obesidade no Brasil, mas é importante existir um esforço conjunto e contínuo de todos os setores da sociedade para enfrentar esse problema de saúde pública.
Um Brasil menos obeso é possível: vamos descascar mais e desembrulhar menos.
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