As comorbidades relacionadas à obesidade
Mais de 60 doenças estão relacionadas com o excesso de peso
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A obesidade é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal e está associada a várias comorbidades (outras condições médicas que ocorrem frequentemente junto com a obesidade). Essas comorbidades podem aumentar o risco de complicações de saúde e reduzir a qualidade de vida. Algumas das comorbidades mais comuns relacionadas à obesidade incluem:
Diabetes tipo 2: A obesidade está fortemente associada ao desenvolvimento do diabetes tipo 2, uma condição em que o corpo não consegue usar insulina de maneira eficaz, resultando em níveis elevados de açúcar no sangue.
Hipertensão arterial: A obesidade aumenta a pressão arterial, o que pode levar a complicações cardiovasculares, como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca.
Doenças cardiovasculares: A obesidade é um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, incluindo doença arterial coronariana, aterosclerose e doença das artérias periféricas.
Apneia do sono: Pessoas obesas têm um risco aumentado de desenvolver apneia do sono, uma condição em que a respiração é repetida durante o sono, o que pode levar à ansiedade diurna e problemas de saúde adicionais.
Dislipidemia: A obesidade frequentemente está associada a desequilíbrios nos níveis de lipídios no sangue, incluindo aumento do colesterol LDL (colesterol ruim) e triglicerídeos, e diminuição do colesterol HDL (colesterol bom).
Doenças hepáticas: A esteatose hepática, ou doença hepática gordurosa não curada, é mais comum em pessoas obesas e pode progredir para doenças hepáticas mais graves, como a cirrose.
Doenças respiratórias: A obesidade pode aumentar o risco de distúrbios respiratórios, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e síndrome da hipoventilação da obesidade.
Certos tipos de câncer: Estudos demonstraram que a obesidade está relacionada a um maior risco de desenvolver certos tipos de câncer, incluindo câncer de mama, câncer de cólon, câncer de útero, câncer de rim e outros.
Doenças articulares: O excesso de peso coloca pressão adicional nas articulações, o que pode levar ao desenvolvimento da osteoartrite e outras condições musculoesqueléticas.
Problemas psicológicos: A obesidade também pode estar associada a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e baixa autoestima.
É importante destacar que a gravidade das comorbidades relacionadas à obesidade pode variar de pessoa para pessoa e depende de fatores como a quantidade de excesso de peso, a distribuição de gordura corporal e a genética. O tratamento da obesidade muitas vezes envolve a gestão dessas comorbidades, juntamente com mudanças no estilo de vida, dieta, exercícios e, em alguns casos, intervenções médicas ou cirúrgicas. Portanto, é fundamental que pessoas com obesidade recebam cuidados médicos adequados para prevenir e tratar essas condições associadas.
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TRANSPLANTES – Após capacitações, o Santa Joana Recife, da Rede Americas, acaba de receber autorização do Ministério da Saúde para realizar transplantes hepáticos e cardíacos. Os serviços chegam para expandir a área de alta complexidade do hospital, que já possui expertise em transplantes. De acordo com o médico Tibério Medeiros, responsável pelo setor de transplante de fígado, o procedimento é indicado para pacientes que apresentam cirrose alcoólica avançada, hepatite B, C ou autoimune e gordura no fígado, por exemplo.
“O fígado deixando de funcionar, é necessário um transplante como única medida salvadora, isso porque sabemos que não existe nenhum remédio que vai manter o órgão funcionando por mais tempo”, explica.
Outra característica do transplante hepático é que o doador pode ser vivo ou morto.
“O fígado é o único órgão que tem a capacidade de reconstituir até 75% dos seus tecidos. Quando se retira parte do órgão de um doador vivo e se transfere ao receptor, em ambos os pacientes, o órgão se regenera”, informa o médico.
Em se tratando de transplante cardíaco, o especialista Fernando Moraes explica que a insuficiência cardíaca é altamente prevalente em todas as esferas da população, seja das classes menos ou mais favorecidas.
“Aqui, no Brasil, é muito comum, as valvulopatias e as chamadas miocardites, que acabam causando inflamação do músculo cardíaco, deteriorando a sua função. Então, muitas das vezes, os pacientes acabam procurando o hospital e precisam ir para a UTI para fazer uso de medicações específicas”, explica.
“Porém, alguns pacientes acabam não respondendo a essas medicações e precisam usar o que nós chamamos de suporte circulatório. Os equipamentos ajudam a bombear o sangue, mas em situações de maior gravidade, é necessário realizar o transplante cardíaco de uma forma mais urgente”, complementa o médico.
CÂNCER - O envelhecimento da população brasileira - atualmente com expectativa de vida de 77 anos, dados do IBGE - aumenta a incidência de tumores. Até 2025, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), são esperados 704 mil novos casos de câncer, por ano. E em pessoas dessa faixa etária, se faz necessária uma avaliação personalizada antes mesmo de se indicar um tratamento, porque estão expostas a alterações fisiológicas do envelhecimento e a uma maior prevalência de doenças crônicas não transmissíveis como diabetes, hipertensão e dislipidemia. O oncologista Diogo Sales, da Multihemo Oncoclínicas, explica que a Oncogeriatria, diferente da forma usual, leva-se em consideração não apenas o quadro clínico do paciente, mas também os aspectos biopsicossociais, grau de funcionalidade e de fragilidade, dentre outros dados importantes no cuidado à pessoa idosa.
“As avaliações oncogeriátricas nos permitem calcular qual o melhor tratamento, seu risco de toxicidade, possíveis efeitos adversos, além de outros fatores que influenciam no prognóstico”, explica.
O foco da Oncogeriatria é oferecer ao paciente um atendimento multidisciplinar feito por oncologistas, geriatras, psicólogos, nutricionistas, enfermeiras, entre outros.
Doenças relacionas ao sono atingem cerca de 72% dos brasileiros
Especialista dá dicas para manter uma rotina saudável - Foto: Canva
Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que cerca de 72% dos brasileiros sofrem com algum tipo de doença relacionada ao sono, sendo a insônia uma das mais comuns. O problema, que pode causar diversas consequências para a saúde, é caracterizado pela dificuldade de iniciar o sono e mantê-lo de forma contínua durante a noite.
"Precisamos entender que o sono em quantidade e qualidade é uma necessidade fisiológica do organismo, com um papel fundamental em diversas funções", explica o neurologista especialista em medicina do sono, Igor Figueiredo.
De acordo com o médico, o descanso adequado auxilia na produção de alguns hormônios, como o Hormônio do Crescimento (GH), que só acontece durante o sono. Além disso, funções cognitivas como a memória e a capacidade de regular as emoções também dependem do momento de repouso para serem devidamente realizadas.
Igor alerta para algumas das principais consequências de não conseguir ter uma boa noite de descanso.
"Em decorrência da desregulação hormonal, pode acontecer o aumento de apetite, maior dificuldade em ganho de massa muscular, comprometimento da capacidade de atenção, memória e o controle emocional".
Para quem deseja manter uma rotina de sono saudável, é primordial entender quais fatores do dia a dia vem interferindo na questão corrigi-los.
"É importante que se mantenha uma rotina regular dos horários de dormir e acordar, evitar a exposição a substâncias estimulantes como a cafeína após as 14h e promover a higiene do sono. São hábitos que promovem um sono de qualidade, como preparar um ambiente adequado para o sono e estabelecer uma rotina relaxantes antes de dormir", completa Igor.