Cabelos e pele também são afetados pelo estresse
Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco
O estresse pode afetar várias partes do corpo e mais notadamente no sistema cardiovascular e nervoso, bem como a saúde mental. Em meio ainda a crise da pandemia, notam-se mais pessoas preocupadas e estressadas com os últimos acontecimentos na saúde sanitária do mundo. Diante de todos os problemas, devemos considerar os efeitos do estresse na pelo e cabelo também.
A pele é o maior órgão do corpo humano e um dos primeiros a mostrar os sinais do estresse no organismo. Entre os problemas mais comuns estão o aparecimento de problemas como eczema e psoríase, geralmente causados pelo aumento nos níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse que provoca uma resposta inflamatória do organismo. Vermelhidão, coceira e descamação da pele são alguns dos sintomas do eczema. A psoríase também causa manchas vermelhas e coceira, além de ressecamento. O cortisol também pode causar o agravamento da acne em indivíduos que tenham predisposição a esse problema. Pomadas, cremes e loções específicos para cada situação ajudam a amenizar a inflamação e tratar a pele. O recomendável é consultar um dermatologista. O estresse pode levar ao aumento da oleosidade dos cabelos e desencadear problemas como a dermatite seborreica, uma doença crônica que pode afetar tanto o couro cabeludo quanto a pele. A dermatite seborreica se manifesta por meio de lesões avermelhadas, coceira e descamação da pele e é mais comumente observada no couro cabeludo, barba, região da sobrancelha e atrás das orelhas. No couro cabeludo, a descamação da pele causa o aparecimento da caspa. Além de controlar o estresse, o uso de shampoos e loções específicos para a dermatite seborreica ajudam a amenizar o problema. Enquanto algumas pessoas notam aumento de oleosidade nos cabelos, o estresse também pode levar ao ressecamento dos fios, aumentar a quantidade de fios grisalhos em pessoas que têm essa predisposição, provocar o afinamento dos fios, deixando os cabelos mais ralos, e até mesmo causar sua queda.
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Saúde em Pílulas
COLORRETAL I - O oncologista do Grupo Oncolínicas/Multihemo, Bruno Pacheco, informa que a Geração Millennial apresenta risco aumentado de desenvolver câncer de cólon e reto. Apesar da maioria dos pacientes com a condição terem idades a partir dos 55 anos, estudos recentes indicam que esses tumores de intestino vêm apresentado incidência aumentada entre jovens adultos, nascidos após o início da década de 1980 até o início dos anos 2000 – os chamados Millennials.
COLORRETAL II - Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade de Calgary, no Canadá, publicado em Julho de 2019 pelo jornal JAMA Network Open, lança luz sobre este cenário preocupante: enquanto o volume de novos diagnósticos vem caindo quando observado o grupo de pessoas com mais de cinco décadas, entre aqueles que estão nas faixas etárias abaixo desta a tendência tem seguido na direção oposta, com crescimento constante nos números. Entre 2006 e 2015, a análise mostra que as taxas de tumores de cólon e reto cresceram 3,47% entre os homens com menos de 50 anos. Já entre as mulheres, no período de 2010 a 2015 houve um acréscimo de 4,45 % considerando o mesmo recorte por idade.
COLORRETAL III - O câncer de cólon e reto está ligado a algumas condições hereditárias, doenças inflamatórias intestinais, dietas ricas em carne vermelha e processadas, baixo consumo de fibras e vegetais, além de sobrepeso e obesidade. "Não podemos esquecer dos fatores de risco para a doença que podem ser evitados a partir de uma mudança simples de hábitos cotidianos relacionados à alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e controle do peso", explica o médico Bruno Pacheco.
A Palavra do Especialista
Azoospermia: ausência de espermatozoides na ejaculação masculina é uma das causas da infertilidade
“O tratamento da azoospermia varia de acordo com a sua origem...” – Médico Filipe Tenório
A fertilidade está comumente associada pelos homens à virilidade e masculinidade. Para muitos, ser infértil é sinal de debilidade e impotência, pensamento que está totalmente equivocado. Mas, de fato, esse é um problema que acomete com bastante frequência os homens. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 40% dos casos de infertilidade no Brasil são representados por disfunções no sistema reprodutor dos homens. Desses, 10% são provocados pela azoospermia, que é a ausência de espermatozoides na ejaculação.
A azoospermia é causada por disfunções nos testículos ou epidídimos, tais como traumas, tumores, varicocele, criptorquidia (testículo que não desceu para a bolsa escrotal) e tratamentos radio ou quimioterápicos, que interrompem a produção dos espermatozoides. Além disso, ela pode ser originada por problemas obstrutivos que bloqueiam os canais que ligam os testículos à uretra, como infecções, doenças genéticas e vasectomia.
Já que ele não apresenta sintomas, para identificar o problema é preciso que o homem consulte um especialista para realizar um exame no sêmen. Normalmente os homens procuram o médico quando sentem dificuldades para engravidar. Com o espermograma é possível medir a quantidade e qualidade dos espermatozoides, e dar o diagnóstico preciso. A partir daí deve-se identificar a causa para então começar o tratamento correto.
O tratamento da azoospermia varia de acordo com a sua origem. Quando há obstrução, uma intervenção cirúrgica pode corrigir o problema, como no caso de homens que fizeram vasectomia, que pode ser revertida através de cirurgia. Também é possível extrair espermatozoides do testículo para que posteriormente eles sejam utilizados em uma fertilização in vitro. Quando a causa não é obstrutiva, submetemos o paciente a exames mais complexos e depois a uma microdissecção testicular (Micro-Tese), que abre os microtúbulos que compõem os testículos para captar espermatozoides diretamente deles.
Filipe Tenório é médico urologista e especialista em saúde sexual e fertilidade do homem
CRM/PE: 17.450
@drfilipetenorio