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Confira os fatores essenciais para o envelhecimento saudável

Alimentação balanceada, atividade física regular, hobbies, lazer, sono de qualidade e socialização.

Envelhcer saudavelmente é possível - Canva

Com o aumento da expectativa de vida no Brasil, manter a qualidade de vida na terceira idade tornou-se uma prioridade. Os idosos representam um grupo cada vez mais expressivo da população, e como envelhecem está diretamente relacionada a hábitos de vida. Alimentação balanceada, atividade física regular, hobbies, lazer, sono de qualidade e socialização são fundamentais para que o envelhecimento ocorra de maneira saudável.

Combustível certo: À medida que envelhecemos, o metabolismo desacelera e as necessidades nutricionais mudam. É fundamental priorizar uma dieta rica em fibras, vitaminas, minerais e proteínas magras, evitando o consumo excessivo de açúcares, sal e gorduras saturadas. A ingestão de frutas, verduras e legumes deve ser frequente, garantindo que o idoso receba uma gama de nutrientes que ajudam a prevenir doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. A hidratação também é um fator que merece atenção, pois os idosos sentem menos sede, aumentando o risco de desidratação. Consumir água ao longo do dia.

Movimento é vida: o treinamento físico regular tem impacto direto na qualidade de vida dos idosos. A prática de atividades como caminhadas, hidroginástica e musculação leve contribui para a manutenção da massa muscular, flexibilidade e equilíbrio, diminuindo o risco de quedas – uma das principais causas de lesões graves nessa faixa etária. A prática de exercícios físicos também beneficia a saúde mental. Estudos mostram que a atividade física regular está associada à redução de sintomas de depressão e ansiedade, além de melhorar a função cognitiva, prevenindo o declínio mental. 

Ativação mental: o lazer e os hobbies desempenham um papel vital no bem-estar emocional e cognitivo dos idosos. Atividades como leitura, pintura, jardinagem ou aprender algo novo, como tocar um instrumento musical, ajudam a manter a mente ativa e fortalecem conexões neurais, sendo importantes aliados na prevenção de doenças neurodegenerativas. Além disso, é importante que o idoso tenha acesso a momentos de lazer que proporcionem prazer e relaxamento. Viagens curtas, passeios ao ar livre ou assistir até um bom filme são exemplos de atividades que quebram a rotina, trazendo alegria e novos estímulos.

Bom sono: dormir bem é essencial em qualquer fase da vida, mas, na terceira idade, a qualidade do sono assume ainda mais importância. O sono é ajuda adequada na recuperação física, na consolidação da memória e no equilíbrio emocional. Muitos idosos relatam dificuldades para dormir, como insônia ou sono fragmentado, ou que podem interferir diretamente em sua saúde e disposição durante o dia. Manter uma rotina regular para dormir, evitar o uso de eletrônicos antes de deitar, praticar exercícios e garantir que o ambiente seja confortável e escuro são estratégias eficazes para melhorar a qualidade.

Interação: a socialização é um fator determinante na qualidade de vida dos idosos. Manter contato com amigos, familiares e pessoas de diferentes idades ajuda a combater o isolamento social, que leva à depressão e ao declínio cognitivo. Participar de grupos de convivência, clubes e eventos comunitários são formas de manter a cabeça ativa. A convivência intergeracional fortalece os laços sociais e faz com que os idosos se sintam valorizados, parte integrante da sociedade, e não isolados socialmente. Envelhecer com qualidade é um direito de todos, e a sociedade deve promover condições para que isso aconteça. 

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Abordagem individualizada do câncer de mama é tendência na medicina

Mirela Ávila é médica, radiologista mamária e diretora do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila - Crédito: Divulgação

O avanço da medicina e a melhoria das tecnologias têm levado a uma abordagem cada vez mais personalizada da saúde como um todo. No câncer de mama, ao qual é dedicado o Outubro Rosa, a individualização começa antes do diagnóstico e segue até o tratamento. Atualmente, existe uma recomendação geral de iniciar as mamografias anuais a partir dos 40 anos para ajudar na identificação precoce da doença, quando as chances de cura podem chegar até 95%, mas cada caso deve ser analisado minuciosamente. O avanço do câncer entre as mulheres mais jovens, especialmente no Brasil, onde 40% dos diagnósticos ocorrem em pacientes com menos de 40 anos. “O rastreamento personalizado tem sido uma tendência cada vez mais forte. Ele vem para melhorar a eficácia do rastreamento do câncer de mama, sob o princípio de que cada mulher é única e precisamos considerar seus fatores de risco para entender qual a melhor forma de buscar o diagnóstico precoce”, explica a médica Mirela Ávila, diretora do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila.


A alta densidade mamária aumenta o risco de câncer 

O câncer de mama é o mais frequente em mulheres, ficando atrás apenas do tumor de pele não melanoma.  Um dos fatores que contribuem para o surgimento deste tipo de câncer é a alta densidade mamária, presente em cerca de 50%e da população feminina. A mama densa é caracterizada por grande quantidade de tecido glandular e pouca gordura. “Esse tipo de mama aumenta o risco de câncer não só pela quantidade maior de glândula, mas pela dificuldade que o padrão denso causa na identificação das lesões”, explica a médica radiologista Ellyete Canella, coordenadora do Centro de Mama do Hospital Quinta D'Or. Um estudo canadense mostrou que mulheres com densidade mamária extrema apresentam risco de quatro a seis vezes maior de desenvolver câncer, em comparação com pacientes sem esta condição. A médica recomenda às mulheres com este tipo de mama associar a mamografia a exames que permitem "enxergar através da densidade", tais como a ultrassonografia e a ressonância magnética. De preferência, eles devem ser realizados em centros especializados no atendimento integral em radiologia mamária.


Congresso - Recife é a sede do 36º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (CBEM 2024), o mais importante evento do setor no país, que acontece até a próxima terça-feira, dia 15 de outubro. O tema central do congresso, promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), é a endocrinologia como protagonista durante os ciclos da vida: da gestação à maturidade, destacando o papel essencial dos hormônios no cuidado integral da saúde em todas as fases da vida. O evento recebe 3.500 profissionais, 300 palestrantes nacionais e internacionais, com 150 aulas, conferências, além de cursos e outras atividades voltadas para a atualização e inovação no campo da endocrinologia.


Saúde bucal - De acordo com o Relatório Global de Saúde Bucal da OMS (2022), as doenças bucais afetam cerca de 3,5 bilhões de pessoas em todo o mundo. Em relação ao Brasil, segundo o IBGE, existem 34 milhões de pessoas com mais de 18 anos que perderam 13 ou mais dentes, e 14 milhões perderam todos os dentes. "Os dentes representam 25% de toda a área bucal. Com isso, entendemos que apenas escovar os dentes e usar fio dental não são suficientes para garantir uma limpeza completa da boca, que muitas vezes acaba acumulando diversos germes e bactérias. Por ser líquido, usar o enxaguante bucal duas vezes ao dia pode atingir toda a região e promover a higiene adequada”, Marcelo Pitta, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da área de Mouth Care da Kenvue (Listerine). O Ministério da Saúde (2024), em sua Diretriz de Prática Clínica voltada para o tratamento da gengivite, recomenda o uso de enxaguatórios bucais contendo timol, eucaliptol, mentol e salicilato de metila, afirmando que estes são seguros para uso diário por períodos prolongados, superiores a 30 dias.


Corrida - A escola bilíngue ABA Maple Bear realiza a 1ª Terry Fox Run, no Recife. O evento, que é solidário, acontece em todo o mundo e arrecada fundos para pesquisas contra o câncer infantil. A edição de Pernambuco da corrida acontece no dia 19 de outubro, no Parque Santana Ariano Suassuna, na zona norte do Recife, com aquecimento às 6h e largada às 7h30. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site https://bit.ly/TerryABAMaple. 


Incentivo ao esporte e qualidade de vida - a Herbalife, foi copatrocinadora do ITF World Tour Sand Series, maior evento de beach tennis do planeta, que aconteceu pela primeira vez em São Paulo (SP) no fim de semana.



 

Outubro Rosa: especialista alerta sobre o impacto do câncer de mama na fertilidade

Paula Matheus é médico - Foto: Divulgação

No mês do Outubro Rosa, além da conscientização sobre a prevenção do câncer de mama, um aspecto importante também deve ser discutido: o impacto dos tratamentos oncológicos na fertilidade feminina. Tratamentos como quimioterapia e radioterapia, fundamentais para combater o câncer, podem comprometer seriamente a função ovariana, reduzindo as chances de gravidez no futuro.

Segundo o embriologista e especialista em reprodução humana Paulo Matheus, a preservação da fertilidade é uma alternativa que deve ser considerada por mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

“Tanto a quimioterapia quanto a radioterapia podem causar danos irreversíveis aos ovários, resultando na falência ovariana precoce. A criopreservação de óvulos antes do início do tratamento é uma estratégia eficaz para assegurar que essas mulheres possam tentar engravidar no futuro”, explica o diretor da Donare - Centro de Reprodução Humana.

A criopreservação de óvulos consiste na coleta, congelamento e armazenamento dos óvulos antes dos tratamentos oncológicos. Isso oferece às pacientes a possibilidade de manter suas chances de engravidar após o tratamento contra o câncer.

“Esse procedimento garante que a paciente tenha a opção de se tornar mãe mesmo depois da cura, caso os tratamentos comprometam sua função reprodutiva”, reforça Paulo Matheus.

O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres, com exceção do câncer de pele não melanoma. Dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/DATASUS) indicam que, em 2022, houve 77.014 internações por câncer de mama em unidades de saúde públicas e privadas conveniadas ao SUS. No Nordeste, o cenário é igualmente preocupante. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a taxa de incidência de câncer de mama na região é de 52,2 casos a cada 100 mil mulheres, conforme a publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil. Esse tipo de câncer é o segundo mais comum na região, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma, e é seguido pelo câncer de colo do útero, que afeta principalmente mulheres de áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Diante do aumento dos diagnósticos de câncer de mama, a preservação da fertilidade ganha ainda mais relevância. Muitas pacientes, ao receberem o diagnóstico, desconhecem a possibilidade de congelar seus óvulos antes do início dos tratamentos.

“É essencial que as mulheres sejam informadas sobre essa alternativa o quanto antes, permitindo que tomem decisões informadas sobre seu futuro reprodutivo”, conclui Paulo Matheus.




 

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