Criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso
Segundo estudo publicado na revista científica The Lancet, a taxa global de obesidade em crianças disparou nas últimas 4 décadas. Caso esse quadro não se reverta, o crescimento de doenças associadas à obesidade, como diabetes, pressão arterial elevada e doenças de fígado serão mais frequentes. De acordo com o estudo divulgado na Lancet, a prevalência de obesidade global em meninas saltou de 0,7% para 5,6%. Em meninos, a alta foi ainda maior: saiu de 0,9% para 7,8%. Como consequência, 124 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 19 anos ao redor do mundo estão obesos. A obesidade é uma doença e está atingindo fortemente a população de crianças e adolescentes. Uma criança obesa tem 80% de chance de se tornar um adulto obeso. E bem chocante: pressão alta e diabetes tipo II deixam de ser doenças exclusivas de adulto. Uma criança acima do peso ou obesa pode ser considera desnutrida. Crianças estão perdendo o hábito de consumir alimentos nutritivos e balanceados como carboidratos complexos, gorduras saudáveis e proteínas. Com base, 32,5% das crianças com menos de 2 anos consomem refrigerante ou bebidas adoçadas cinco ou mais vezes por semana. As crianças e adolescentes estão perdendo o hábito, pelo estilo de vida dos pais, em consumir alimentos de verdade e estão substituindo por alimentos processados e enlatados. Estudos sugerem que, ao chegar aos 18 anos, um jovem poderá ter passado três anos em frente a uma tela de televisão, um celular ou um tablet. Brincadeiras de crianças estão deixadas de lado e o mundo das “telas” envolve as crianças. Crianças e adolescentes estão dormindo pouco e mau. Isso deixa a criança cansada e sem disposição para atividades que exigem um metabolismo maior do corpo. É preciso ter uma abordagem mais preventiva da obesidade, depois de instalada é mais difícil reverter o quadro. A prevenção da obesidade infantil deve iniciar já na gestação: a gestante deve ter bons hábitos alimentares e evitar excesso de ganho de peso na gravidez. O aleitamento materno é um dos pilares da prevenção de obesidade: criança amamentada no peito tem menos risco de desenvolver obesidade.
Hábitos que podem prevenir a obesidade infantil:
-Atividade física diária;
-Brincadeiras em espaços aberto;
-Comer vegetais e frutas diariamente (é preferível comer a própria fruta por causa das fibras);
-Não usar gordura trans;
-Comer mais grãos integrais;
-Reduzir a ingestão de doces e bebidas com açúcar;
-Usar leite desnatado ou semidesnatado;
-Comer mais peixes e carnes magras
-Reduzir a ingestão de sal;
-Comer mais alimentos de verdade e menos embutidos e processados.
-A criança reflete muito do que o adulto consome
Os pais e responsáveis pelos pequenos devem ser exemplos com alimentação saudável no cardápio e atividades físicas.
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Saúde em Pílulas
Surdez I - De acordo com estudos recém publicados, o novo coronavírus pode ter ligação com perda súbita de audição até mesmo em casos assintomáticos. A pesquisa, que foi divulgada pelo National Center for Biotechnology Information (NCBI), nos Estados Unidos, avaliou, por 20 semanas, casos positivos de covid-19 que não apresentavam os já conhecidos sintomas da infecção. A idade dos participantes variou entre 20 e 50 anos.
Surdez II - Os resultados apontaram para prejuízos que a doença pode causar nas funções das células ciliadas da cóclea, codificadoras de estímulos sonoros. “A surdez súbita consiste na perda repentina da audição ou a piora abrupta de um problema pré existente, com a diminuição do limiar auditivo em 30dB, em três frequências diferentes, podendo ser causada por infecções virais como o coronavirus” é o que explica a otorrinolaringologista Kátia Virgínia, do Hospital de Olhos de Pernambuco – HOPE.
A Palavra do Especialista
Dicas para evitar quedas em idosos
“A organização da casa é fundamental para evitar queda de idosos...” fisioterapeuta João Siqueira
Enquanto a vacina contra a COVID-19 não chegar até a população em geral, devemos continuar com os protocolos de higiene e distanciamento social. Portanto, é importante continuar com os cuidados básicos para proteger os mais vulneráveis, como a população idosa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2050 a população acima de 60 anos chegará a 2 bilhões de pessoas no mundo. No Brasil, atualmente essa parcela representa 13% da população, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Hoje as pessoas vivem mais tempo e é preciso alguns cuidados para que esse tempo seja com saúde e qualidade de vida. Por isso, o cuidado com a queda em idosos deve ter a atenção redobrada, mesmo em casa. A organização da casa é fundamental para evitar acidentes com os idosos, como:
-Deixar uma luz fraca acesa durante a noite,
-Tirar os tapetes do caminho e objetos que possam causar tropeço e quedas,
-Evitar o chão escorregadio e molhado,
-Disponibilizar corrimão em escadas e corredores, inclusive no banheiro,
-Ter um telefone sempre perto.
O idoso geralmente sente vontade de ir ao banheiro de madrugada, a sua bexiga está mais relaxada e vem a vontade de urinar, portanto, essas correções na estrutura da casa são primordiais para evitar quedas e consequentes fraturas, como do osso fêmur. Outra situação que deve ser observada é o declive em batentes e escadas. Atenção, cuidado também com o idoso em calçadas desniveladas na rua, prestar bastante atenção e não se distrair com o uso do celular, por exemplo, recomenda o fisioterapeuta. A prática regular de exercícios deve ser incentivada na população idosa, assim, evitando um desgaste maior nos ossos e articulações, perdendo massa magra, caso natural ao passar dos anos.