Desafios e soluções na prevenção e tratamento da obesidade

A obesidade é definida pela OMS como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura no corpo

Devemos criar uma educação alimentar e nutricional - Canva

A obesidade toma ares de epidemia global, estratégias de educação alimentar e nutricional, de atividade física, bem como de intervenções clinicas com orientações do médico, devem ser incentivadas por agentes públicos e privados. A obesidade é um dos maiores desafios de saúde pública no mundo. Com o aumento das taxas de obesidade em adultos e crianças, governos e especialistas buscam soluções eficazes para prevenção e tratamento. 

A epidemia global da obesidade

A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um acúmulo anormal ou excessivo de gordura que apresenta risco à saúde. De acordo com um estudo recente publicado na The Lancet, a prevalência global de obesidade triplicou desde 1975. Os fatores que contribuem para essa epidemia são multifacetados, incluindo dietas ricas em calorias e pobres em nutrientes, sedentarismo, fatores genéticos, e determinantes socioeconômicos. A obesidade está associada a várias doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer, representando uma carga significativa para os sistemas de saúde.

Pensando a prevenção e o tratamento da obesidade em 3 abordagens

Educação alimentar e nutricional - A promoção de dietas saudáveis é fundamental. Incentivar o consumo de alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes, grãos integrais e proteínas magras, enquanto se reduz o consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em açúcares, gorduras saturadas e sódio, é essencial. Implementar programas de educação nutricional em escolas e comunidades ajuda a educar crianças e adultos sobre escolhas alimentares saudáveis e a importância da nutrição balanceada.

Promoção da atividade física (xô sedentarismo) - A atividade física é importante para a prevenção e tratamento da obesidade. Criar e manter espaços públicos seguros para atividades físicas, como parques, ciclovias e academias ao ar livre, é uma maneira de incentivar a prática de exercícios. Integrar a atividade física regular no currículo escolar, incentivando exercícios diários e esportes, é uma abordagem eficaz para começar desde cedo. Saia do sedentarismo e movimente-se. 

Intervenções clínicas - As intervenções clínicas são essenciais, especialmente para aqueles que já estão lutando contra a obesidade. Em casos de obesidade severa, tratamentos farmacológicos podem ser utilizados. Medicamentos aprovados para a perda de peso, quando utilizados sob supervisão médica, são ferramentas eficazes para ajudar indivíduos a alcançar e manter um peso saudável. A cirurgia bariátrica também é uma opção para indivíduos com obesidade mórbida que não responderam a outros tratamentos, proporcionando uma redução significativa de peso e melhorias nas condições de saúde associadas. 

A prevenção e o tratamento da obesidade requerem uma abordagem holística que envolva políticas públicas robustas, apoio comunitário e intervenções clínicas. Embora os desafios sejam significativos, especialmente em países com grandes disparidades socioeconômicas como o Brasil, há esperança nas iniciativas já em curso. É fundamental que a sociedade reconheça a obesidade como uma questão de saúde pública urgente e que continue a investir em pesquisa e políticas para enfrentar esse problema. Somente com esforços coordenados e sustentáveis poderemos ver uma reversão nas alarmantes tendências atuais.

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Inatividade física e má alimentação: entenda sobre os principais fatores de risco para doenças crônicas e como se prevenir

Cecília Dias


Cecília Dias defende a integração entre atividade física e alimentação saudável - Foto: Divulgação

As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) estão se tornando uma epidemia global preocupante, superando as doenças infecciosas como principal causa de mortalidade em muitos países, incluindo o Brasil. Entre as DCNT mais prevalentes estão as doenças cardiovasculares (DCV), obesidade, diabetes e câncer, todas fortemente influenciadas por fatores de estilo de vida como inatividade física e má alimentação. É o que informa a nutricionista e fisioterapeuta Cecília Dias

Inatividade física e seus impactos:

A falta de atividade física regular é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de DCNT. 

“O sedentarismo não apenas contribui para o ganho de peso e a redução da massa muscular, mas também está intimamente ligado ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, hipertensão arterial e certos tipos de câncer. O corpo humano foi projetado para ser ativo, e a falta de movimento regular pode ter efeitos devastadores na saúde a longo prazo”, explica Cecília Dias, que é fisioterapeuta e nutricionista. 

Má alimentação e suas consequências:

A alimentação desempenha papel importante na manutenção da saúde. Dietas ricas em gorduras saturadas, açúcares adicionados, sal em excesso e alimentos processados não só contribuem para o ganho de peso, mas também aumentam o risco de desenvolvimento de doenças crônicas. 

A fisioterapeuta e nutricionista Cecília Dias, relata as vantagens em ter uma dieta saudável: “Por outro lado, uma dieta equilibrada, composta por frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis, fornece os nutrientes necessários para manter um corpo saudável e resistente a doenças”. 

Cecília Dias defende a integração entre a atividade física e nutrição:

Cecília Dias tem vasta experiência clínica e uma abordagem personalizada, ela enfatiza a importância de combinar exercícios físicos adequados com planos alimentares individualizados para otimizar a saúde de seus pacientes. Seu método não só visa tratar as condições existentes, mas também educar e capacitar indivíduos a adotarem um estilo de vida saudável como medida preventiva contra as DCNT.

Prevenção como estratégia de saúde pública:

A prevenção é fundamental na luta contra as DCNT. Promover a conscientização sobre os riscos da inatividade física e da má alimentação, além de incentivar a adoção de hábitos saudáveis desde a infância, pode ajudar a reduzir significativamente a incidência dessas doenças. 

“Iniciativas comunitárias, políticas públicas e o papel ativo de profissionais são essenciais para transformar essa realidade e melhorar a qualidade de vida da população”, orienta Cecília

Para enfrentar o desafio das doenças crônicas não transmissíveis, é essencial a atuação integrada na saúde, para combater de forma eficiente os principais fatores de risco, como a inatividade física e a má alimentação. 

“A atividade física realizada de forma regular, assim como a Organização Mundial de Saúde recomenda: 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana ou 75 minutos de atividade intensa por semana e uma alimentação balanceada não apenas previne o desenvolvimento dessas condições, mas também promove um estilo de vida mais saudável e resiliente”, diz Cecília Dias

Sobre Ana Cecília Dias Câmara:
Cecília Dias é fisioterapeuta e nutricionista com ampla experiência na promoção da saúde integrativa em Pernambuco, há mais de uma década. Seu trabalho é reconhecido pela eficácia através de sua abordagem única em integrar atividade física e nutrição para melhorar a qualidade de vida de seus pacientes e prevenir doenças crônicas. @acecidias


Cuidados com idosos

O Brasil está envelhecendo em um ritmo mais rápido. De acordo com Censo IBGE 2022, o número de idosos cresceu quase 57,4% em 12 anos. Devido à idade avançada, essas pessoas podem enfrentar uma série de desafios físicos, mentais, emocionais e sociais, o que requer sensibilidade, paciência e compreensão das pessoas que cuidam. Além disso, é preciso atenção e dedicação para garantir o bem-estar e a segurança deles. “É importante se certificar que o local seja seguro, livre de obstáculos e manter o ambiente bem iluminado, instalar interruptores de luz próximo a cabeceira da cama, colocar corrimãos para ajudar no deslocamento de maneira mais confiante e segura. Garantir que os mobiliários, vaso sanitários e cama estejam em uma altura ideal pode promover uma qualidade de vida e sensação de independência além de evitar acidentes que, na maioria das vezes, são causados por conta da fraqueza muscular, perda do equilíbrio, baixa visão nessa faixa etária”, explica Ivanacha Carneiro, professora e coordenadora do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), Imbiribeira. 


 Sociedades médicas e Roche conduzem estudo inédito sobre o rastreio do câncer de pulmão no Brasil

O câncer de pulmão é o tipo de câncer mais letal do mundo, e no Brasil as mortes pela doença dobraram nas últimas duas décadas, segundo um levantamento da Umane baseado em dados do Ministério da Saúde. Por aqui, cerca de 90% dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados nos estágios mais avançados ou metastáticos, em que o tratamento é mais difícil e oneroso, o que ajuda a explicar a alta letalidade da doença. A comunidade médica e as associações de pacientes têm colocado em pauta a necessidade de uma política de rastreamento para pessoas com alto risco para o desenvolvimento de câncer de pulmão, que tem potencial de ampliar o diagnóstico precoce e reduzir em cerca de 20% a mortalidade pela doença, segundo estudos. Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica (SBCT) e o Grupo Brasileiro de Oncologia Torácica (GBOT) se uniram à farmacêutica Roche na condução de um estudo inédito para avaliar a custo-efetividade do rastreio do câncer de pulmão. Hoje, o rastreamento da doença, que pode ser realizado por meio da tomografia computadorizada de baixa dosagem de radiação, não faz parte do protocolo do Ministério da Saúde, apesar de ser recomendado pela comunidade médica para pessoas de alto risco, sobretudo fumantes e ex-fumantes.


Supermercado investe em produtos para pessoas com restrições alimentares 

O mundo nunca foi tão alérgico, e a tendência é que até 2030 metade da população seja acometida por alergias respiratórias, cutâneas ou alimentares, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Dessa forma, para atender as demandas cada vez mais crescentes de consumidores que enfrentam situações de alergias, a rede Pão de Açúcar,  oferece uma boa variedade de produtos para pessoas com restrições alimentares. A rede tem investido constantemente na ampliação de sua linha de produtos livres de alérgenos comuns, como glúten, lactose, soja e amendoim. Essa iniciativa busca garantir que todos os clientes possam encontrar opções seguras e nutritivas em suas lojas, promovendo uma experiência de compra inclusiva e segura. Nas lojas da rede, os clientes encontram seções dedicadas a produtos específicos livres de alérgenos, além de itens alternativos para diversas dietas especiais, como vegana, vegetariana, low carb e orgânica. Parcerias com produtores locais garantem ainda a oferta de alimentos frescos e de procedência confiável, ampliando as opções para quem tem necessidades alimentares específicas.


"Saúde e Bem-estar" é atualizada toda segunda-feira no Portal Folha de Pernambuco
Colaboração: jornalista Jademilson Silva
[email protected]
@jademilsonsilva

 

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