Dia Mundial da Obesidade: alerta sempre presente para o obeso
A previsão é de que 30% da população brasileira será obesa em 2030
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O Dia Mundial da Obesidade é lembrado anualmente em 4 de março. Este dado foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção e tratamento da obesidade.
A obesidade é uma condição identificada pelo excesso de gordura no corpo, que pode levar a uma série de problemas de saúde, como diabetes, doenças cardíacas, hipertensão arterial, entre outras. A obesidade é um problema crescente no Brasil e em todo o mundo. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2019, cerca de 20,3% dos adultos brasileiros eram obesos e 55,4% estavam com excesso de peso. Além disso, cerca de 18,9% das crianças entre 5 e 9 anos de idade e 24,5% das crianças entre 10 e 19 anos estavam com excesso de peso em 2019.
Esses números são preocupantes, já que a obesidade pode levar a várias doenças crônicas, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e câncer, além de ter um impacto negativo na qualidade de vida das pessoas. É importante que o governo, os profissionais de saúde e a sociedade em geral se unam para combater esse problema por meio de ações de promoção da alimentação saudável e atividade física regular.
Para combater a obesidade, é importante adotar um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas. Além disso, é fundamental o acompanhamento médico regular para monitorar o índice de massa corporal (IMC) e identificar possíveis problemas de saúde associados à obesidade.
Obesidade em 2030 (projeção)
A previsão de que 30% da população brasileira será obesa em 2030 é uma estimativa divulgada pelo relatório do Global Burden of Disease Study, uma iniciativa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Segundo o relatório, se as tendências atuais de crescimento da obesidade no Brasil continuarem, é possível que a taxa de obesidade tenha atingido 30% da população em 2030. No entanto, é importante destacar que essa é uma previsão e que a taxa de obesidade pode variar de acordo com as políticas públicas de prevenção e tratamento da obesidade, além de outros fatores socioeconômicos e culturais.
Por isso, é fundamental que sejam seguidas medidas efetivas de promoção da alimentação saudável, atividade física e prevenção e tratamento da obesidade em todos os níveis da sociedade, desde o indivíduo até o governo, a fim de reduzir a prevalência da obesidade no Brasil e melhorar a saúde e qualidade de vida da população.
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Em Pauta
No Dia Mundial das Doenças Raras (28/02), oftalmologista alerta sobre doenças retinianas que causam perda visual
No Dia Mundial das Doenças Raras, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) lança um alerta para doenças raras na retina que causam perda visual progressiva.
“As Doenças Hereditárias da Retina apresentam diferentes padrões de herança genética, mas em geral provocam a degeneração das células retinianas, levando o paciente à deficiência visual e mesmo à cegueira”, afirma a oftalmologista Luciana Valença, retinóloga no IOR.
Instituída em 2008 pela Organização Europeia de Doenças Raras (Eurordis), a data tem como finalidade sensibilizar governantes, profissionais de saúde e à população, em geral, sobre a existência e os cuidados dessas patologias raras. O intuito é gerar conhecimento e apoio aos pacientes, além de incentivar pesquisas que melhorem os tratamentos.
CONTROLE - As doenças raras são as que afetam 65 a cada 100 mil pessoas, ou seja, um a cada 2 mil pacientes.
“São enfermidades crônicas, progressivas e incapacitantes, que afetam a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias. A maioria delas não tem cura, sendo o acompanhamento oftalmológico essencial para o diagnóstico precoce e alívio dos sintomas”, diz.
Segundo a médica, as Doenças Hereditárias da Retina afetam essa parte do olho responsável por formar as imagens.
“A retina é uma camada localizada no fundo do olho, que recebe a luz que entra pelas pupilas. Ela responde pela informação que enxergamos, que sai de lá para o cérebro interpretar”, comenta.
Dentre as principais doenças raras retinianas estão:
Retinose Pigmentar – também conhecida como Retinite Pigmentosa, atinge a retina e prejudica a formação da imagem, trazendo graves consequências para a visão do paciente. Surge quando as estruturas fotorreceptoras do olho (cones e bastonetes) deixam de captar a luz, lesando a formação da imagem pela retina. Os sintomas são dificuldade para enxergar à noite, visão lateral danificada, perda de campo visual periférico, tropeços contínuos do paciente (em móveis da casa ou trabalho). Com o passar do tempo, a doença progride e compromete a visão. A pessoa só consegue enxergar um recorte central, havendo ainda o risco do paciente ficar cego. Pesquisas apontam que a distrofia tem origem genética, sendo hereditária. Muito rara, afeta uma a cada 4 mil pessoas no mundo e não tem cura.
“Seu diagnóstico é feito por meio de exames como mapeamento de retina, retinografia e angiofluresceinografia, tomografia ocular, campimetria computadorizada, estudos eletrofisiológicos e genéticos, dentre outros”, diz a retinóloga.
Doença de Stargardt (DSTG) - Trata-se da forma mais comum de Degeneração Macular Juvenil Congênita, atingindo crianças e adolescentes, com idade entre 10 e 20 anos. Esta doença ocular rara ocorre devido à morte de células fotorreceptoras na mácula (parte central da retina), provocando distrofia macular. É hereditária e afeta a visão central, impossibilitando a distinção de cores e detalhes.
“Os pacientes têm dificuldade para ler, reconhecer rostos e se locomover”, explica Luciana.
Poucos pacientes perdem totalmente a visão, tendo a maioria uma visão subnormal severa.
“A DSTG é progressiva e, embora não haja ainda tratamento ou cura, existem algumas medidas paliativas para minimizar os impactos negativos da doença. Por exemplo, o uso de equipamentos ópticos, como lupa e telescópio, ajuda os pacientes a viabilizarem atividades do dia a dia”, afirma a oftalmologista.
Amaurose Congênita de Leber (ACL) - descrita pela primeira vez no século 19, é a mais severa distrofia retiniana, sendo responsável por cerca de 20% dos casos de cegueira em crianças que frequentam escolas para cegos. É mais prevalecente em comunidades com consanguinidade maior ou isoladas. Desde o nascimento, o bebê com ACL sofre uma perda severa de acuidade visual, podendo ainda apresentar outros problemas como nistagmo, fotofobia, ceratocone e catarata, além de alterações oculares como degeneração e atrofia corioretiniana, maculopatia e pseudopapiledema do disco óptico. Existem também formas sindrômicas, podendo o paciente ter anormalidades do sistema nervoso central (SNC) como atraso do desenvolvimento, epilepsia e defeito motor.
“O teste de fundo de olho e o teste genético molecular podem diagnosticar essa doença ocular rara. Já o tratamento requer uma abordagem terapêutica, envolvendo farmacologia, reposição genética e mesmo transplante de células epiteliais pigmentares da retina” explica Luciana.
Outras Doenças Hereditárias da Retina são: Síndrome de Usher, Acromotopsia, Atrofia Óptica Dominante, Coroideremia, Distrofias de Cones, Distrofias de Cones e Bastonetes, Distrofia Macular de Sorsby, Doença de Best, Doença de Refsum, Neuropatia Óptica de Leber, Retinosquise Juvenil, Síndrome de Bardet-Biedl e Albinismo. Seja qual for a distrofia retiniana, a oftalmologista reforça que o essencial é fazer um acompanhamento permanente com um oftalmologista especializado em Retina e Vítreo, para minimizar as consequências negativas dessas enfermidades e garantir a qualidade de vida e independência do paciente com baixa visão.