Dia Nacional de Combate ao Fumo: tabagismo responde por mais de 60% das mortes evitáveis

Os fumantes têm 15 vezes mais chances de diagnóstico de câncer de pulmão

Deixar de fumar é qualidade de vida - Canva

Olá, internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-estar 

Mais de 60% dos óbitos relacionados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) estão diretamente relacionados ao consumo do tabaco, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde). Lembrado hoje, o Dia Nacional de Combate ao Fumo é um alerta para os perigos que as substâncias do cigarro provocam no organismo, liderando as causas de morte no mundo.
 

“Os fumantes têm 15 vezes mais chances de desenvolver câncer de pulmão do que os pacientes que jamais fumaram”, alerta o médico Ramon Andrade de Mello, professor da disciplina de oncologia clínica do doutorado em medicina da Universidade Nove de Julho (Uninove), do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
 

O consumo do tabaco ao longo dos anos também pode provocar outros tipos de câncer como boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo do útero, estômago e fígado. 

“Os tumores oncológicos do pulmão estão na lista dos que mais causam morte no mundo”, destaca o pesquisador.

O tabagismo reponde por 85% dos casos de câncer do pulmão pelo consumo de tabaco.
 
O hábito de fumar responde ainda por 25% dos casos de câncer do esôfago. As substâncias do cigarro provocam ainda entre 50% a 70% dos registros de câncer de bexiga. 

“Elas agridem as paredes que revestem o interior desse órgão, ampliando a possibilidade da doença”, explica Ramon Andrade de Mello. 

A maioria dos casos desse tumor oncológico é diagnosticada em homens brancos, acima de 55 anos.
 

“Parar de fumar é a melhor medida preventiva contra o câncer, independentemente da idade da pessoa”, aconselha o médico. 

 

“Atividades físicas regulares para manter o peso corporal adequado e alimentação saudável completam atitudes que ajudam a prevenir a doença”, diz.

 

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Rafael Coelho

Pílulas

Tratamentos alternativos para o câncer devem ser indicados por oncologistas
 
Chás, pílulas milagrosas, sucos, remédios naturais. Muitas pessoas, quando recebem o diagnóstico de câncer, fogem dos tratamentos convencionais e vão para as formas alternativas. O risco é que o tumor necessita de tratamento precoce e adequado para ter mais chances de sucesso e aumentar as chances de cura do paciente. Uma pesquisa feita pelo Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, revelou que, num grupo de 319 pacientes oncológicos, 34% fizeram práticas alternativas, e 66% nunca sequer falaram sobre o tema com o médico. Essa “segurança” em tratamentos alternativos tem explicação em fatores variados, como a fragilidade do momento, relatos de casos - que não têm comprovação científica-, e desinformação, por exemplo. 

“Existem práticas alternativas que são regulamentadas, mas elas não vão substituir os tratamentos indicados pelos médicos oncologistas. Elas podem complementar e promover o relaxamento físico e mental, ajudando o paciente a suportar o ambiente hospitalar, como a acupuntura, homeopatia, fitoterapia, biodança, arteterapia, meditação, quiropraxia, ioga, reflexoterapia, entre outros”,  explica Silvia Fontan, oncologista da Multihemo Oncoclínicas. 

“O ideal é que o paciente diagnosticado com câncer converse com seu oncologista. Ele vai orientar sobre os melhores tratamentos e assim, evitamos atraso no início da busca pela cura do tumor, baseado em conhecimento científico e medicinal”, salienta. 

Palavra do Especialista

Varíola dos macacos: oftalmologista alerta sobre como a doença pode levar à cegueira

Alexandre Ventura, do IOFV, explicou a relação da “monkeypox” com a saúde dos olhos

Alexandre Ventura

Médico Alexandre Ventura - Foto: Sol Pulquério

Pernambuco superou a marca de 200 casos positivos para varíola dos macacos. Os principais sintomas da doença são: febre, calafrio, dores no corpo, dor de cabeça, entre outros. Porém, alguns sinais podem ser sinalizados através da visão. De acordo com o oftalmologista Alexandre Ventura, diretor do Instituto de Olhos Fernando Ventura, quando a vista arder, lacrimejar e estiver avermelhada, pode ser um alerta do problema, que pode levar à perda de visão.

“A varíola dos macacos pode causar alguns problemas nos olhos, assim como outras inflamações virais. A perda da visão pode acontecer, em raros casos, desde que o paciente não cuide bem dessa área do corpo durante a sua doença”, explicou Alexandre.

A “monkeypox”, como tem sido chamada a varíola fora do Brasil, lembra a catapora. Em ambas as doenças, a inflamação ocular pode ocorrer, de foram leve. Mas, dependendo da “força” dessa patologia, a idade, e o histórico de doenças, o médico Alexandre Ventura destaca que pode ocorrer um aumento dos gânglios linfáticos perioculares e formação de vesículas na região palpebral, evoluindo para uma conjuntivite.

“Essa conjuntivite pode levar um foco ocular na conjuntiva ou na córnea. São nesses lugares que o vírus pode começar a reproduzir e levar até uma úlcera de córnea, provocando até uma perda de visão. Basicamente, você vai ter uma inflamação viral, que ocorre quando você tem um contato com a vesícula que acontece o contato com o olho. Se você conseguir deixar livre esse órgão, não terá grandes complicações”, acrescentou o diretor do IOFV.

Alexandre Ventura destaca que a automedicação, ou seja, usar medicamentos por conta própria sem a orientação de um profissional, pode atrapalhar no tratamento da doença. Outra dica para eliminar a varíola é a prevenção, com a procura de um clínico ou oftalmologista após os primeiros sintomas. Além disso, o especialista destaca outros cuidados em relação à doença.

“Evite coçar a lesão para não causar outras. Se você leva com a mão o produto daquela lesão é um perigo. Lubrifique bem o olho, existem colírios lubrificantes ou soros fisiológicos. Lave a mão com frequência. O paciente deve ser isolado, pois a varíola dos macacos é contagiosa”, concluiu Alexandre Ventura.
 

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