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É preciso suplementar para treinar musculação?

A suplementação deve ser acompanhada por médico ou nutricionista - Canva

Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco

Eu sou sempre abordado na academia com a seguinte questão: “é preciso suplementar para melhores ganhos no treino de musculação?” Gente, não pode ser uma resposta taxativa: cada caso é um caso. Na medicina existe a individualidade biológica, cada paciente deve ser analisado individualmente.  Faço aqui algumas considerações:

Quando algumas pessoas começam a treinar é comum ter objetivos além da saúde: ficar com o abdômen trincado, aumentar a circunferência do braço, tornear as pernas. Isso é legítimo, claro. O nosso alimento proporciona carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais que o corpo precisa. 

A suplementação é condicionada ao objetivo de cada pessoa ou a falta de algumas dessas substâncias no organismo. Por isso, é essencial o indivíduo passar por um médico de performance humana e encaminhado ao nutricionista, se for o caso.

 Eu gosto de pensar assim em princípio: “na sua alimentação diária há um déficit de algum nutriente? Se a respostas for sim, podemos pensar na associação de alimentos e suplementação. Em atletas de alta performance e fisiculturistas, há uma necessidade em regra da suplementação, porém, bem orientada por um médico. 

Vamos nesta abordagem: é preciso arrumar a casa (cardápio, hábitos de vida, cuidar de doenças metabólicas) para depois pensar nos retoques (suplementação). Não se deixe iludir por modelos que ilustram a propaganda de suplementos com os corpos “sarados”. 

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Saúde e Bem-estar em Pílulas

Livro - A inteligência artificial está influenciando vários setores, inclusive, a medicina. É o que revela o livro “Medicina do Amanhã”, da Editora Gente, de autoria de Pedro Schestatsky, médico neurologista, professor, pesquisador, e empreendedor de novas tecnologias em medicina. A obra, que está em fase de pré-venda no site da Livraria Vanguarda, tem lançamento agendado para 10 de fevereiro, e chega com o objetivo de descomplicar as tecnologias médicas emergentes, agrupando-as na Medicina dos 5 Ps (preditiva, preventiva, proativa, personalizada e parceira). Com base nestes conceitos, o autor propõe uma fórmula simples e eficaz de criação de saúde batizada de MAP (Movimento, Alimento e Pensamento), ao alcance de todos.

IOR - As inscrições para os Fellowships em Oftalmologia, no Instituto de Olhos do Recife (IOR), foram prorrogadas até 02 de fevereiro. Os concorrentes devem ficar atentos, pois a data da seleção também mudou para o dia 03 de fevereiro. Devido às restrições impostas pela pandemia, o IOR inova e, nesta edição, realiza o processo seletivo de forma online, por meio do aplicativo de videoconferência Zoom. Os inscritos receberão, antecipadamente, o link para a seleção de Glaucoma, às 14h, e Retina e Vítreo, às 16h. Na edição 2021, o IOR oferece seis vagas, sendo quatro em Glaucoma, uma em Retina e Vítreo clínica e outra em Retina e Vítreo Cirúrgica. Os cursos duram entre um e dois anos, dependendo da especialidade. A ficha de inscrição e errata do edital estão disponíveis no site do IOR (http://www.ior.com.br/residencia-medica).

Opinião - Palavra do Especialista 

Atenção aos perigos de mergulhar em águas rasas

Merguho em águas rasasSociedade Brasileira de Coluna (SBC) alerta sobre o mergulho em águas rasas - Foto: Canva

Mês de férias, as praias estão cheias, sobretudo por crianças e adolescentes com muita energia para gastar. Porém, os pais precisam atentar para as brincadeiras na água. Segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), o mergulho em água rasa é a quarta causa de lesão medular no país e no verão passa para a segunda posição.

É fundamental prevenir que a criança e adolescente pulem em águas escuras com pouca visibilidade, perto de pedras ou em lugares rasos. Mergulhar em locais inapropriados pode resultar em fraturas graves, com perda da função motora e sensitiva, por isso é tão importante orientar os filhos sobre os mergulhos de cabeça em águas desconhecidas. O conselho vale para cachoeiras e rios também, pois podem levar a quedas e fraturas. O reconhecimento de campo sobre o ambiente visitado pode ser uma boa solução para evitar acidentes.

Os traumas mais recorrentes nessas situações são as lesões cervicais, com necessidade de intervenção cirúrgica. A cirurgia é feita para descomprimir a medula e estabilizar a coluna, mas pode não reverter a lesão medular, podendo deixar o paciente tetraplégico ou paraplégico Sobre os cuidados ao presenciar um acidente desse tipo. Deve-se retirar a vítima da água para impedir o afogamento, mas é preferível evitar transportar o paciente, pois a movimentação incorreta pode piorar a situação. Chame a emergência a fim de que a transferência seja feita para uma unidade de saúde apropriada. 

Breno de Macedo é neurocirurgião 
CRM/PE: 17.510
@drbrenoneuro

 

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