Estilo saudável: o “projeto” não deve ser apenas no verão, mas para toda a vida
Cuidar da saúde deve ser pensado em todas as estações do ano
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Todo o final e início de ano é a mesma cena: “o projeto verão”, estimulado ainda mais pelo calor nordestino e a praia. Obviamente, que durante o período mais quente do ano, as pessoas, tanto homens como mulheres querem andar mais à vontade, com menos roupa.
Alimentação e atividades físicas devem manter o equilíbrio não apenas no verão. Faz parte da vaidade humana ter corpo com músculos mais desenvolvidos, o chamado shape bacana, mas, é preciso manter o estilo de vida saudável em todos os períodos.
Para quem deseja adquirir mais massa magra e ter menos gordura corporal, consequentemente, diminuindo o índice de obesidade, é preciso ter um cardápio equilibrado com gorduras boas, proteínas, carboidratos e fibras, além de tomar, no mínimo, 2 litros de água por dia.
Confira algumas dicas para uma alimentação saudável para o verão:
- Não pular as refeições
- Beber pelo menos 2 litros de água por dia
- Aumentar o consumo de proteínas
- Diminuir carboidratos, gorduras saturadas, açúcar, sal, refinados e embutidos
- Preferencialmente utilizar grãos integrais
- Comer frutas, verduras e legumes
- Assar e grelhar no lugar da fritar
Oleaginosas e frutas secas são fáceis de transportar e devem estar sempre às mãos para comer. Evitar petiscos calóricos como frituras, salgadinhos e porções diversas. Evitar o álcool, pois aumenta a gordura abdominal, celulites, flacidez e leva ao envelhecimento precoce.
O alinhamento da alimentação rica em proteína e a musculação é essencial para aquisição de massa magra, desenvolvimento e definição muscular. A batata doce, ovos e o peito de franco ajudam no processo de reconstrução muscular. Como algumas pessoas abusam na alimentação e bebida nos festejos de final de ano o uso de frutas e sucos desintoxicantes poderão ser recomendados pelo médico ou nutricionista.
O projeto é para toda vida e não apenas no verão.
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Rafael Coelho
Pílulas
Estudo reforça o papel dos biomarcadores bioquímicos para o câncer de testículo
Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) revelam que o câncer de testículo acomete 5% dos homens, em especial entre os 15 e 50 anos, causando grande impacto psicológico, emocional e social. Pesquisadores da AFIP – Associação Fundo de Incentivo à Pesquisa realizaram um estudo nacional a fim de investigar os biomarcadores que contribuem para o diagnóstico e o monitoramento da doença. “As dosagens dos biomarcadores aumentam as chances de sucesso do tratamento porque ajudam na diferenciação dos tumores e no acompanhamento pós-cirúrgico", explica o biólogo Felipe Silva de Siqueira, da AFIP Medicina Diagnóstica, que realiza o estudo sob orientação da professora Márcia C Feres. Quando identificado em fase inicial, este tipo de câncer tem altos índices de cura. O autoexame regular, o checkup periódico e a identificação dos sintomas nos adultos jovens podem propiciar o diagnóstico precoce. “Por causa do preconceito que envolve os exames, muitos homens são diagnosticados quando a doença já está em estágios mais avançados, o que leva ao aumento da mortalidade”, lamenta a biomédica Márcia C. Feres.
Palavra do Especialista
Dieta cetogênica é um dos tratamentos mais eficazes para esteatose hepática não alcoólica
O médico Carlos Bastian – Foto: Divulgação
A resistência à insulina é um distúrbio metabólico que tem a capacidade de gerar uma série de doenças, entre as quais a esteatose hepática não alcoólica, que se caracteriza pela gordura elevada nas células do fígado e que pode acarretar cirrose hepática (quadro irreversível de danificação do tecido do fígado).
O médico cirurgião do aparelho digestivo e fundador da Brasil Low Carb (BLC), Carlos Bastian, explica que a esteatose hepática tem como condições uma série doenças que, por sua vez, estão associadas à resistência à insulina, tais como: obesidade; hipertensão arterial; diabetes tipo 2; e síndrome metabólica. “De fato, a esteatose hepática não alcóolica é uma doença que vem crescendo gradativamente acompanhando as epidemias de obesidade e diabetes.”, diz.
Na Europa, por exemplo, estima-se que 25% da população tenham esteatose hepática e que essa incidência seja maior entre obesos (cerca de 90%) e pessoas com diabetes tipo 2 (aproximadamente 70%). Levando-se em conta que restringir a ingestão de carboidratos - que leva à diminuição de concentração glicose no sangue e, portanto, à diminuição da resistência à insulina - já foi considerado tratamento eficaz para mitigar os efeitos nocivos tanto da obesidade quanto do diabetes tipo 2, pode-se chegar à conclusão de que uma dieta low carb também é benéfica no combate à esteatose hepática.
Ainda, conforme o médico, no que tange aos procedimentos voltados à perda de peso e gordura, a dieta cetogênica leva vantagem em relação a outras estratégias alimentares. Como mostrou estudo clínico randomizado feito com 39 pacientes, que comparou a dieta cetogênica com baixíssima caloria e a dieta padrão de baixa caloria na redução do acúmulo de gordura visceral e hepática em pessoas com obesidade. “O estudo concluiu que a perda de peso e a redução na gordura visceral e na gordura do fígado foram maiores no grupo que aderiu a dieta cetogênica”, diz.