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Excesso de peso pode prejudicar a saúde da criança pelo resto da vida

Complicações cardiovasculares já são desenvolvidas na infância

Estimativas não são nada otimistas sobre a obesidade para a OMS - Canva

Olá, leitores da coluna Saúde e Bem-estar

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) informa que o aumento do tempo em frente às telas, a diminuição das atividades físicas e das brincadeiras ao ar livre colaboraram com o ganho de peso entre crianças e adolescentes durante o isolamento social. Esses fatores, juntos ou isolados, proporcionam uma tendência à obesidade ou sobrepeso em todas as faixas etárias. No público infanto-juvenil o cenário também é real.

Os pais ou responsáveis devem ficar com o sinal em alerta ao observarem esse aumento de peso nos pequenos. Nesta faixa etária a obesidade pode provocar sérios danos à saúde pelo resto da vida, além de comprometer o desenvolvimento físico e mental das crianças. A rotina de hábitos saudáveis deve ser estabelecida para toda a família, sem medidas duras de restrições alimentares, porém, com diálogo e orientação do médico.

Como falei, os quilos a mais podem ter consequências para as crianças até a sua vida adulta, mesmo que a obesidade seja revertida nesse período. Doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto são algumas problemáticas da obesidade infantil, além das questões emocionais, como ansiedade e depressão. 

O quadro é tão grave que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões.

Portanto, vamos trocar os refrigerantes por sucos, as frituras por frutas, as massas por raízes da terra. Alimentação é uma questão de equilíbrio. E mexa-se, brinque mais com os filhos ao ar livre.

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Rafael Coelho


Evento

Recife será palco de debates sobre obesidade

Diante da problemática da obesidade, acontece no Recife, a Convenção EMAG 2.0, nos dias 02 e 03 de abril próximo. O evento tem como objetivo principal qualificar profissionais de saúde que trabalham com pessoas obesas para que os mesmos consigam gerar resultados significativos combatendo as disfunções fisiológicas provenientes do excesso de peso. 
 
Os principais temas que serão debatidos:  nutrição humanizada, medicamentos antiobesidade, hipnose e emagrecimento, as leis sistêmicas que regem o tratamento da obesidade, métodos de treino específicos para obesos.
 
Um dos assuntos em destaque será com o nutricionista Wal Paes, sobre suplementação no tratamento da obesidade:

“Vamos trazer os trabalhos atuais sobre os suplementos que podem ser usados para ajudar no emagrecimento, de forma eficiente e segura. Mostrar os principais benefícios, prós e contras, custo, dosagens e qual o melhor momento de lançar mão do uso de um ou mais suplementos”, informa o especialista.
 

Informações: 81 98807.9147 @eliasflama

Wal Paes será um dos palestrantes da Convenção Emag 2.0

O nutricionista Wal Paes será um dos palestrantes da Convenção Emag 2.0 - Foto: Divulgação

Pílulas

Pesquisa revela que mulheres não sabem os sintomas de câncer de ovário

Pesquisa recente realizada pela Target Ovarian Cancer, do Reino Unido, revelou que pelo menos dois terços das mulheres desconhecem os principais sintomas relacionados ao câncer de ovário. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais comum no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. A oncologista Silvia Fontan, da Multihemo Oncoclínicas, alerta para o diagnóstico tardio do câncer de ovário e enumera os principais sintomas: inchaço, dor de barriga, sensação de saciedade ou necessidade frequente de ir ao banheiro. Muitas mulheres confundem câncer de colo de útero e câncer de ovário e são duas neoplasias diferentes e com exames de rastreamento diferentes.

Palavra do Especialista

Casos de bruxismo aumentam na pandemia da covid-19; saiba como controlar

Bruxismo não tem cura, mas é possível controlar os sintomas e os danos causados pela doença

Ana Paula Silvestre é cirurgiã dentista

Ana Paula Silvestre é cirurgiã dentista - Foto: Divulgação

Há dois anos o mundo vem tentando aprender a lidar com a pandemia da covid-19, mas o estresse de conviver com a doença e as restrições impostas por causa dela seguem gerando ansiedade na população. Um dos sinais é o aumento no número de casos de bruxismo que têm chegado aos consultórios dos dentistas. O tema tem sido estudado por especialistas que buscam alertar sobre a necessidade de controlar seus sintomas em nome da saúde bucal.

A relação entre o início ou agravamento dos sintomas de bruxismo associados a fatores psicológicos foi prevalente já desde os primeiros meses da pandemia de covid-19. O ato de apertar e ranger involuntário dos dentes foi relatado por 76% dos entrevistados em um estudo com 1.476 pessoas, que constataram maiores níveis de estresse e nervosismo na pandemia. O registro foi feito por pesquisadores da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) e do Instituto Neurológico de Curitiba (INC). O material foi publicado na revista Brazilian Journal of Pain (BrJP).

Para a cirurgiã-dentista Ana Paula Silvestre, gestora da Clínica Studio Sorrir, no Recife, para além das pesquisas que vêm sendo realizadas, a rotina nos consultórios mostra esse aumento de casos, assim como o desconhecimento acerca dessa condição.

“O bruxismo afeta cerca de 40% dos brasileiros e tem relação direta com o estresse, mas muita gente não sabe disso. Com o ato de ranger os dentes, seja acordado ou enquanto dorme, vai havendo uma diminuição do tamanho dos dentes, que se inicia pelo desgaste das pontas dos caninos e se não tratados pode haver o desgaste severo de todos os dentes. Em alguns casos, sintomas são sentidos como dores na mandíbula, dor de cabeça ou na articulação tempero-mandibular. Na maioria dos casos o paciente não sabe que range os dentes enquanto dorme, por que é um movimento involuntário”, alerta a especialista.

Sem cura, o bruxismo precisa ser controlado. Dentistas orientam o uso de placas miorrelaxantes, que podem ser confeccionadas sob medida para cada paciente, mas que também podem ser encontradas em lojas de artigos médicos a preços que partem dos R$ 30. As placas podem ser rígidas ou flexíveis, geralmente de silicone, atuam como protetores dentais que impedem o desgaste dos dentes. Se não tratado, o bruxismo pode provocar desgaste, fraturas dentais, dores na face e articulação da mandíbula (ATM).

“É preciso estar atento ao bruxismo porque nesse momento de pandemia percebemos o aumento de pessoas com essa condição. Se for identificado e tratado logo, o paciente pode evitar os danos da doença e preservar as estruturas dentais ao longo dos anos", alerta a cirurgiã-dentista Ana Paula Silvestre.

Em Pernambuco, o público mais carente pode ter acesso ao tratamento contra os efeitos do bruxismo através da clínica da Faculdade de Odontologia de Pernambuco (FOP/UPE). O telefone do setor é 81 3184.7652
 

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