Exercício físico: aumenta ou diminui a imunidade?
Rafael Coelho (Médico - CRM: 23943/PE)
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Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco
Nos últimos meses, devido a se falar tanto de imunidade por causa da pandemia do coronavírus, sempre sou abordado com a seguinte pergunta: “exercício físico aumenta ou diminui a imunidade?”.
O exercício físico vai, sim, estabelecer uma resposta imunológica mais rápida à infecção do organismo por vírus e bactérias. Porém, você não estará imunizado de ficar doente ou ser infeccionado pelo coronavírus. A atividade deverá ser moderada. Já no caso de treinos intensos, atletas de alto rendimento, a situação é inversa, haverá diminuição da imunidade, pois, durante a atividade física, existe um sistema de comunicação metabólica, imunológico e muscular trabalhando de forma conjunta. Isso significa que diminuem a capacidade do sistema imunológico de nos defender contra microrganismos penetras. Isso ocorre porque após atividades intensas, nosso corpo passa por um período chamado “janela aberta”, quando nossas defesas estão diminuídas e ficamos mais sujeitos a gripes, resfriados e outras infecções. Portanto, o descanso é importante para a recuperação muscular. E quem pratica exercícios mais pesados, deve ter um acompanhamento de um médico para recomendar uma estratégia de prevenção de algumas doenças através da correta suplementação. O atleta, por exemplo, não deixará de ser atleta pelo fato da atividade de alto rendimento baixar a imunidade. Ele terá que ter uma adequação de nutrientes para o seu corpo.
Além de aumentar a imunidade, o exercício físico habitual e moderado, dará outros benefícios para você:
Aumenta o metabolismo
Diminui o risco de doenças cardiovasculares
Diminui o estresse;
Melhora a qualidade do sono.
Portanto, mesmo em quarentena, o exercício físico é aliado à prevenção de doenças. Pratique-o.
Pílulas
Telemedicina - O oncologista Bruno Pacheco, da Multihemo, informa que o uso da telemedicina tem sido muito importante nesta pandemia. Tanto que a clínica desenvolveu um sistema próprio como forma de dar mais segurança às consultas e possibilitar aos médicos acesso completo ao prontuário. A ferramenta, chamada OC Telemedicina, é um software que incorpora todos os recursos de comunicação criptografada entre médico e paciente e permite conversa via vídeo, visualização de exames, monitoramento de sintomas e interação em um ambiente que preserva o sigilo médico. "Tudo fica gravado, sendo posteriormente incorporado no prontuário do paciente. O atendimento fica personalizado e ainda é um grande recurso de acesso a pacientes que residem em áreas mais remotas e têm dificuldade de deslocamento para o tratamento oncológico. Esse contato visual com o médico é importante até para tranquilizar o paciente, nesse momento", explica Bruno Pacheco.
Equipamentos - O Conselho Regional de Odontologia de Pernambuco – CRO/PE fez a doação de dois mil kits de Equipamento de Proteção Individual aos profissionais atuantes na Rede Pública Estadual. Com cada kit contendo dois Equipamentos de Proteção Individual (uma (01) máscara PFF2 (3M) e um (01) avental 40g), no total serão quatro mil EPIs distribuídos diretamente aos atendimentos das Equipes de Saúde Bucal.
Filtro solar I - Com grande parte da sociedade seguindo as recomendações das autoridades de saúde de manter o isolamento social por conta da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, sair às ruas tem sido um hábito mais raro. Mas nem por isso o filtro solar precisa ser esquecido. Pelo contrário, os cuidados com a proteção da pele não devem ser reduzidos. O médico dermatologista Sérgio Paulo, do Instituto Prontopele, alerta para os perigos com a desatenção com o protetor solar por conta da quarentena. De acordo com o especialista, a radiação em ambientes abertos é muito maior do que nos fechados, mas ainda assim provoca danos.
Filtro solar II - “Devemos usar filtro solar mesmo em lugares fechados, com alta luminosidade. A claridade em casa também é radiação solar. Ela possui ultravioleta A, que tem uma radiação que provoca a elastose solar, responsável pelo envelhecimento da pele. A luz visível aumenta o risco de manchas, queimaduras e também pode agravar algumas dermatoses”, completa.
Filtor Solar III - Em relação a qual tipo de protetor solar é o ideal, o médico explica que depende de cada tipo de pele e ressalta a importância de consultas com um dermatologista para encontrar o fator mais correto. “O protetor deve ter substâncias tipo mexoryl, Tinosorb-M que são filtros químicos que protegem contra raios ultravioleta A e B. Os filtros físicos devem conter dióxido de titânio, responsável pela cor rósea dos filtros e que protegem contra raios UVB e UVA de forma mais ampla”, explica o médico.
Palavra do Especialista
Cuidados com os olhos em brincadeiras juninas devem ser redobrados em época de pandemia
“Apesar das restrições impostas pela pandemia, algumas doenças oftalmológicas precisam ser controladas, pois podem provocar piora importante na visão e até cegueira...” - Adriana Valença
Apesar do cancelamento das festas juninas e do isolamento social, por conta do avanço da Covid-19, as recomendações para evitar acidentes com os olhos devem ser mantidas. Nessa época de pandemia, todo cuidado é pouco, especialmente na hora de brincar com fogos de artifício e junto às fogueiras. Mesmo as estrelinhas, bombinhas e os traques de massa podem causar lesões, porque são feitos com pólvora e as faíscas que podem atingir os olhos e causar lesões. O calor e a fumaça das fogueiras podem causar ardor, queimação, hiperemia (vermelhidão), lacrimejamento e prurido (coceira) nos olhos. Se a pessoa tiver algum desses sintomas, deve procurar a emergência oftalmológica e dar início ao tratamento. Outra medida que vale em dobro, nesse período de pandemia, é evitar coçar os olhos. Mesmo com sensação de arranhão ou corpo estranho, o paciente deve evitar coçá-los para diminuir o mal estar, porque isso pode contribuir para piorar o quadro ou contaminá-los com o novo coronavírus. Em caso de acidentes, o paciente deve lavar bem os olhos com água corrente e procurar uma unidade hospitalar oftalmológica de emergência. O socorro imediato é essencial, para controlar lesões ou traumas na visão, porque uma simples irritação pode evoluir para uma conjuntivite que é porta de entrada para a Covid-19. Apesar das restrições impostas pela pandemia, algumas doenças oftalmológicas precisam ser controladas, pois podem provocar piora importante na visão e até cegueira. Essa é uma preocupação de todo oftalmologista, especialmente com casos de glaucomas avançados, doenças da retina, como retinopatia diabética, das membranas neovasculares exudativas, úlcera na córnea, entre outras. O controle, nesses casos, é essencial. Por medo de contrair o novo coronavírus, os pacientes estão deixando de ser avaliados pelos seus oftalmologistas, o que é tão grave quanto à própria pandemia, porque pode agravar as doenças oculares e até levar o paciente para a cegueira irreversível. O paciente deve procurar seu oftalmologista por teleatendimento e, se necessário, ir pessoalmente na consulta.
Adriana Valença é oftalmologista, especialista em glaucoma, no Instituto de Olhos do Recife (IOR)
CRM/PE: 11949
@IOR.OFICIAL