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Irisina: hormônio liberado durante a atividade física tem ação no gasto calórico e emagrecimento

Exercício físico contribui com a qualidade de vida das pessoas - Canva

Olá, leitores e internautas que acompanham semanalmente a coluna Saúde e Bem-estar da Folha de Pernambuco

Eu sempre gosto de trazer assuntos que falam de vida e menos da doença. Já sabemos que o exercício físico de forma regular e bem orientada pelo Profissional de Educação Física é essencial para a boa saúde. Em tempo de pandemia do coronavírus ainda é mais essencial, pois, estimula o sistema imunológico, aumenta a resistência orgânica, além da redução do estresse e da ansiedade. A irisina é um hormônio normalmente produzido de forma endógena durante o exercício físico contínuo. Ela é conhecida principalmente pela função de modificação metabólica do tecido adiposo branco - que armazena lipídios, triglicerídeos, acumula gordura e pode vir a inflamar. Esse processo favorece o gasto de energia, tornando a irisina um agente endógeno terapêutico para doenças metabólicas, como a obesidade. Além disso, o hormônio tem propriedades antiinflamatórias.  A irisina realiza fenômeno que contribui com o aumento da termogênese e do gasto calórico diário, auxiliando na perda de peso e controle da obesidade. As pesquisas com hormônio irisina começaram em 2012, relacionadas ao emagrecimento e à prática de atividade física. Porém, novos estudos evidenciaram que o hormônio também tem efeito positivo para proteção do cérebro e nos casos de infecção pelo coronavírus. Portanto, vamos incluir a prática de atividades físicas além de uma alimentação equilibrada em sua rotina, para melhorar a saúde de forma geral. 

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SAÚDE E BEM-ESTAR EM PÍLULAS 

Corona-insônia - Um estudo realizado no Reino Unido, em agosto de 2020, mostrou que o número de pessoas com insônia aumentou de uma em seis, para uma em quatro, com mais problemas em alguns grupos, incluindo mães e trabalhadores essenciais. No Brasil, o cenário de precarização na saúde e perda de empregos também pode funcionar como um gatilho para a perda de sono. Fatores como o ingresso no segundo ano de pandemia deu origem ao que está sendo chamado de “corona-insônia”. De acordo com a otorrino do HOPE, e especialista em medicina do sono, Raquel Rodrigues, os problemas frequentes para adormecer costumam trazer impactos a longo prazo. “Lidar com insônia, seja durante a pandemia ou fora dela, é desafiador. Mas o que poucas pessoas sabem é que o sono de má qualidade pode dar lugar a depressão, doenças cardiovasculares ou diabetes”, explica. Pequenas atitudes que podem melhorar a higiene do sono, como por exemplo, não levar o celular para a cama, e também evitar trabalhar no mesmo ambiente em que se dorme. 

Covid-19 e câncer - Pesquisa de médicos brasileiros da Oncoclínicas publicada pelo Journal Of Clinical Oncology (JCO) mostra que pessoas com câncer ativo ou metastático têm risco maior de complicações e morte pelo coronavírus. “Os resultados apontam, entre outros fatores, que idade, hábitos de vida pouco saudáveis - especialmente o tabagismo -, estadiamento do câncer e a linha terapêutica de controle do tumor adotada foram prioritariamente determinantes para o desfecho dos pacientes oncológicos que apresentaram sintomas do vírus”, explica Bruno Ferrari, fundador e presidente do Conselho de Administração do Grupo Oncoclínicas.

Desafio de robótica para qualidade de vida das pessoas: xô sedentarismo

RobóticaSESI/PE lança desafio para estudantes - Foto: Divulgação

A taxa de sedentarismo segue em alta: 70% das pessoas são inativas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). De olho nisso, o SESI-PE lançou um desafio para estudantes de 9 a 16 anos criarem soluções inovadoras para estimular a prática de atividades físicas, evitar o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida. “O desafio faz parte do Torneio de Robótica FIRST LEGO League. Nesta edição, as crianças e os jovens precisam criar projetos que incentivem as pessoas a serem mais ativas e saudáveis. A competição está com inscrições abertas e podem ser feitas, gratuitamente, no Portal da Indústria”, comentou a gerente de Educação do SESI-PE, Mirella Barreto. Mais informações em www.pe.sesi.org.br

OPINIÃO - PALAVRA DO ESPECIALISTA 

Gravidez tubária e seus riscos

Médico Agostinho MachadoGinecologista Agostinho Machado: “a gravidez tubária é identificada até as 10 semanas de gestação numa ultrassonografia pélvica, porém pode também ser descoberta mais tarde”

A gravidez nas trompas, também conhecida como gravidez tubária, é um tipo de gravidez ectópica em que o embrião é implantado fora do útero, nesse caso, nas tubas uterinas. Alguns fatores podem favorecer o desenvolvimento da gravidez tubária, como infecções sexualmente transmissíveis, endometriose ou já ter feito uma laqueadura, por exemplo. Normalmente, esse tipo de gravidez é identificada até as 10 semanas de gestação numa ultrassonografia pélvica, porém pode também ser descoberta mais tarde. Infelizmente, não pode prosseguir com a gestação. Se o problema não for detectado, a trompa pode romper, sendo chamada de gravidez ectópica rota, que pode provocar uma hemorragia interna, o que pode ser fatal. O tratamento para gravidez ectópica pode ser feito através do uso do medicamento (metrotrexate) passado pelo seu médico, que provoca a involução do quadro sem necessidade de cirurgia (desde que respeitado alguns critérios), ou por meio de cirurgia para retirada do embrião e da trompa (ou reconstrução da trompa se possível). A cirurgia pode ser feita por vídeo-laparoscopia ou cirurgia aberta, e é indicada quando as condições para uso do medicamento não são favoráveis p,ex, o embrião tem mais de 4 cm de diâmetro, o exame Beta HCG tem níveis superiores a 5000 mUI/ml ou, quando há evidências de ruptura da trompa, o que coloca em risco a vida da mulher.  Em qualquer dos casos, o bebê não pode sobreviver e o embrião deverá ser completamente removido, não podendo ser implantado dentro do útero apesar de incomum, pode haver recidiva, ou seja, nova gravidez tubária. Se as trompas não foram danificadas pela gravidez ectópica, a mulher tem novas chances de voltar a engravidar, mas se uma das trompas rompeu ou ficou lesionada, as chances de engravidar novamente são menores, e se as duas trompas romperam ou estão muito afetadas, a solução mais viável será a fertilização in vitro.

Agostinho Machado é ginecologista e preceptor de Obstetrícia do Hospital Barão do Lucena
CRM/PE: 15460 RQE: 2372
@fertil.facts

 

 

 

 

 

 

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