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Julho Amarelo: mês de conscientização das hepatites virais

Fígado - Pixabay

Olá, leitores e internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-Estar da Folha de Pernambuco

Julho é o mês de conscientização sobre as hepatites virais. É a campanha Julho Amarelo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 57% dos casos de cirrose hepática e 78% dos de câncer hepático estão diretamente relacionados aos vírus das hepatites B e C, enquanto cerca de 1,5 milhão de mortes estão relacionadas às hepatites virais

As hepatites virais conhecidas são causadas pelos vírus A, B, C, D e E. As hepatites causadas pelos vírus A e E são, normalmente, por contágio fecal-oral, enquanto as hepatites B, C e D são transmitidas por contato com sangue, pela via sexual e perinatal. O período perinatal da gravidez humana decorre entre as 22 semanas completas (154 dias; 5 meses e meio) e os 7 dias completos após o nascimento.

Prevenção:

As hepatites virais podem ser evitadas.

As dos tipos A e E são evitadas pelo uso de água tratada, saneamento básico e higienização adequada dos alimentos. A hepatite A também pode ser prevenida pela vacina, dentro do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 15 meses a 5 anos incompletos. A vacina da hepatite A é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A prevenção das hepatites B, C e D: não partilhar escova de dente, lâmina de barbear e de depilar, tesouras, alicates de unha não esterilizados, seringas ou outros instrumentos usados na preparação e consumo de drogas. Usar preservativo no ato sexual. As hepatites B, C e D são também transmitidas por sangue contaminado.

A vacina da hepatite B, também está prevista no calendário, para crianças, em quatro doses: ao nascer e aos dois, quatro e seis meses. Para os adolescentes e adultos que não se vacinaram na infância, são indicadas três doses.

Tratamento:

O vírus da hepatite A normalmente consiste em repouso e cuidado com a dieta. As hepatites B, C e D têm tratamento medicamentoso, disponível pelo SUS. A hepatite E não tem tratamento específico e deve ter orientação medicamentosa também pelo médico, como sempre deve ser, e dieta.  

Para mais informação sobre as hepatites virais e as formas de tratamento, ligue para o Disque Saúde (136).

Pílulas

Evento On-line - O Real Instituto de Cirurgia Oncológica promoverá evento científico on-line com a participação de nomes da medicina do Brasil. Com o tema “Adenoma Hepático”, o grupo discutirá o assunto de forma multidisciplinar e contará com a participação de médicos de diferentes especialidades. Entre eles, Diogo Vidal, Erika Maranhão, Joanna Brayner Dutra, João Paulo Ayub. O evento acontece no dia 9 de julho, às 19h, no Google Meet. 

Anabolizantes I - Segundo levantamento realizado pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid), ligado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), cerca de 1,4% dos estudantes brasileiros com até 18 anos de idade já fizeram uso de  compostos sintéticos de indução ao aumento da testosterona . Entre os estudantes acima de 19 anos matriculados em universidades, esse número é ainda maior: 3,5%. Estudo recente aponta que a estimativa de abuso de anabolizantes na população mundial seja de 3,3%, com uma prevalência quatro vezes maior em homens (6,4%) em comparação com mulheres (1,6%).

Anabolizantes II - Além dos efeitos colaterais relacionados ao sistema cardiovascular, o urologista Dimas Antunes, especialista em litíase renal, atenta que existem riscos urológicos associados ao uso inapropriado dos anabolizantes, sobretudo infertilidade, disfunção erétil, aumento das mamas e diminuição dos testículos. Geralmente são transitórios, mas podem durar anos e, em alguns casos, são permanentes.  

Teste Genético - O meuDNA, companhia brasileira de testes genéticos, traz ao mercado  a  análise de saúde para identificar predisposição a nove doenças hereditárias graves, como Câncer de Mama e colesterol, uma ferramenta para cada um ter acesso a seus dados biológicos, entender potenciais riscos e agir precocemente na prevenção. “É um investimento que salva vidas, traz qualidade e longevidade e vai revolucionar nossa relação com a saúde”, explica Cesario Martins, diretor da empresa. De acordo com o INCA, Instituto Nacional do Câncer, serão 625 mil novos casos de câncer no Brasil só em 2020. Já o colesterol alto, leva muitas pessoas ao infarto, esta a principal causa de morte no país, segundo a Organização Mundial da Saúde.
 

Palavra do Especialista

Casos de câncer em estágio avançado podem aumentar devido à pandemia da Covid-19
 

Médica“O câncer é uma das doenças que possui alto índice de morte no Brasil’ – Médica Cecília Lima

Um levantamento realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) vem preocupando os médicos oncologistas de todo país. É que recentemente uma pesquisa projetou que cerca de 70% das cirurgias para tratamento de cânceres não foram feitas no Brasil neste período de pandemia causada pela covid-19, e isso pode trazer sérios danos aos tratamentos. Segundo a pesquisa, a estimativa é de que ao menos 70 mil pessoas não foram diagnosticadas com problemas oncológicos nesses meses da pandemia no Brasil. Esse índice é muito alto, e preocupa muito quando levamos em conta de que um diagnóstico precoce e um tratamento feito de forma rápida, é fundamental para um bom prognóstico da doença. Outro levantamento, agora da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), aponta que até os exames de rastreio, como biópsias e mamografias, por exemplo, apresentaram uma redução de até 80% em relação ao mesmo período do ano passado. Os pacientes estão com medo de procurar atendimento. Até mesmo os que já têm um diagnóstico de câncer, estão com receio de procurar um hospital para realizar os exames de rotina. A procura por exame de diagnóstico e tratamento de câncer  houve uma redução importante no número de atendimentos no consultório, se comparado com o mesmo período no ano passado. O câncer é uma das doenças que possui alto índice de morte no Brasil. Então, caso exista uma suspeita, ou até mesmo um diagnóstico mesmo, a indicação é continuar o tratamento. O câncer não vai estacionar, ele continuará evoluindo e quanto mais tardio o diagnóstico ou tratamento, menor a possibilidade de cura. A orientação é que o paciente tenha todos os cuidados necessários e continue a investigação e tratamento

Cecília Lima é cirurgiã oncológica do Real Instituto de Cirurgia Oncológica
CRM/PE: 21254
@ricorhp

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