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Lancheira escolar saudável e saborosa

Lancheira saudável e saborosa no cardápio escolar - Canva

Olá, leitores e internautas que acompanham semanalmente a coluna Saúde e Bem-estar da Folha de Pernambuco

Cuidar do lanche de nossas crianças na escola é possível, sim. E pode ser muito divertida essa preparação. Primeiro vamos pensar em um planejamento semanal. Em cada semana faça um cardápio diferente. Os sucos podem ser refrescantes e cítricos: laranja, acerola, abacaxi e morango, 200 ml da bebida. Durante o período a água é essencial. Chá geladinho feito em casa também é uma boa opção.  Coloque uma fruta que seja da escolha da criança, mas, mudando semanalmente: banana, maçã, uvas ou goiaba. Podemos ter uma variação de patês, vamos abusar nas cores da pasta para ficar com um aspecto alegre. Faça os patês em casa com iogurte natural. O sanduíche deve ser de pão integral ou caseiros feitos de aveia. É saciedade, fibra e energia para a criançada. Para variações ao sanduíche você pode optar pela batata-doce, tapioca ou purê de macaxeira. Uma vez na semana você pode criar o “dia do bolo”, legal, não é? O bolo pode ser de castanhas, passas, açúcar mascavo e farinha integral ou de arroz. O tradicional bolo de cenoura também está liberado. Que tal fazer junto com o filho o bolo no final de semana? Uma boa conversa com a criança é muito importante, fale das condições nutricionais do lanche, deixe-a sugerir o cardápio. O que não for de proveitoso explique o porquê da negativa. O “não” precisa de uma explicação. Embutidos e frituras devem ser excluídos do cardápio.  Não se esqueça de usar uma lancheira térmica para conservar os alimentos. É possível ter uma alimentação saudável e equilibrada na hora do lanche. Porém, não adianta só fazer a lancheira saudável. O processo de hábitos saudáveis de alimentação envolve todas as refeições, do café da manhã ao jantar, e começa pelo “exemplo”. Não adianta montar o prato colorido para o pequeno e devorar um prato cheio de alimentos processados e sem nutrientes. Claro, que as porções devem ser diferentes, mas, o ritual que envolve nutrição dos alimentos deve ser para toda família, do pequeno até o mais idoso.  Dê o exemplo, em vez de exigir algo que nem você pratica. Caso você esteja em dúvida de como montar a lancheira ideal, procure o nutricionista. 

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Saúde e Bem-estar em Pílulas

Óculos e esportes – O médico oftalmologista Henrique Moura de Paula, do Instituto de Olhos do Recife (IOR), faz um alerta para as pessoas que praticam esportes, mesmo que de forma amadora: “Os óculos de natação são indicados para manter os olhos livres do cloro das piscinas ou o sal do mar, além de facilitar a visão do nadador. E se o esporte é ciclismo ou vôlei de praia também é indicado usar óculos de proteção que, além de preservar os olhos contra os raios ultravioletas, garantem a segurança do atleta e o ajudam a ter uma boa performance ao longo de exercício. Ainda segundo o oftalmologista os óculos evitam o contato com corpos estranhos como ciscos, areia ou outros fragmentos. “Afinal, uma queda, pancada ou até mesmo um corpo estranho podem causar tanto um desconforto quanto lesões mais graves, como hemorragias, cataratas e descolamento de retina, conclui. Praticar atividade física também requer cuidados com os olhos. 

Livro I - A ansiedade é atualmente uma das maiores doenças do século. Em dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2019, o Brasil é o país mais ansioso do mundo: são 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) que convivem com o transtorno. O "Pequeno Manual de Ansiedade", da psicoterapeuta recifense Aline Sharon, trata o tema com toda seriedade que ele requer, mas com uma linguagem fácil e o olhar experiente da autora que há  23 anos convive com a  ansiedade generalizada e a  síndrome do pânico. O livro foi lançado pela editora Hope. 

Livro II

Livro editado pela Gente Editora desvenda o mundo das bactériasLivro editado pela "Editora Gente" desvenda o mundo das bactérias - Foto: divulgação

Especialista em microbiologia, Alessandro Silveira reúne no livro “O lado bom das bactérias” informações valiosas sobre esses seres microscópicos que habitam o corpo humano e que são de extrema importância. Vivendo em diversas partes do corpo, como intestino, pele e vagina, as bactérias formam um poderoso exército de defesa e proteção do organismo. “O lado bom das bactérias” é para todos aqueles que desejam saber mais sobre essa poderosa microbiota que vive dentro de cada pessoa. São aproximadamente cem trilhões de bactérias, responsáveis por inúmeras funções, dentre as quais criar condições de bem-estar e, inclusive, produzir felicidade. A obra mostrará como, por meio de medidas descomplicadas, você pode decifrar seu organismo e alcançar uma vida com plena saúde física, mental e emocional. O livro sairá pela Editora Gente. 

Opinião - Palavra do Especialista 

A polêmica do leite condensado

José Carlos SoutoJosé Carlos Souto: “Leite condensado, no Brasil, é leite com grande quantidade de açúcar adicionado”

Recentemente, uma grande celeuma tomou conta das redes sociais e dos portais de notícias, devido à divulgação de que o governo federal gastou mais de 15 milhões de reais na compra de leite condensado em 2020. A ideia de pessoas em Brasília se locupletando com pavês e pudins invadiu o imaginário brasileiro, quiçá atiçada por conhecermos as insalubres preferências alimentares do presidente para o café da manhã. Mas o Ministério da Defesa logo veio a público esclarecer a confusão. O leite condensado não era destinado à Presidência da República, mas sim para a alimentação dos militares (brigadeiros, sim, mas não os que você estava pensando). Em nota, o Ministério explica que a quantidade é compatível com o tamanho do contingente de homens e mulheres das forças armadas, e se justifica pelo alto teor calórico do produto e sua fácil conservação em condições de calor. Se o problema fosse apenas o custo, estaria plenamente justificado.
 
Mas um detalhe chamou-me a atenção: trata-se de leite condensado light, desnatado. Se o objetivo é oferecer mais calorias, por que retirar do leite sua gordura natural? Leite condensado, no Brasil, não é apenas leite evaporado, concentrado. É leite com grande quantidade de açúcar adicionado, e o açúcar está associado à obesidade, diabetes, síndrome metabólica, gordura no fígado e cáries dentárias (aliás, a justificativa para compra de chicletes pelo governo foi a de facilitar a limpeza dos dentes das tropas). São calorias que custam caro à saúde de quem as consome regularmente. O objetivo de oferecer nutrição adequada que não necessitasse de refrigeração poderia ser obtido com leite em pó integral, que mantém a gordura naturalmente presente no alimento, sem adição de açúcar. A oferta de um produto no qual a gordura foi removida e o açúcar adicionado reflete algo mais profundo: os equívocos da nutrição, advindos de teorias obsoletas dos anos 1970-80.

Hoje, há mais de uma metanálise de estudos científicos mostrando que o consumo de laticínios integrais (com a gordura) está associado a menor risco de sobrepeso e obesidade, bem como de diabetes. E há vários estudos mostrando o oposto com o consumo de açúcar adicionado. As crescentes taxas de obesidade nas Forças Armadas são um problema em todo o mundo. Nos EUA, 70% dos militares do exército estão acima do peso, e 71% dos jovens que se candidatam às Forças Armadas não apresentam aptidão física para tanto Um estudo recente publicado no periódico Military Medicine mostrou que a eliminação de açúcares e amidos da dieta de militares com sobrepeso produziu notáveis melhoras de composição corporal sem prejudicar em nada suas aptidões físicas. O leite condensado foi historicamente utilizado para a alimentação de tropas. Mas também é verdade que, no passado, exércitos do mundo todo forneciam cigarros aos seus combatentes, de modo que a simples existência de um precedente histórico não justifica a repetição de erros. Se não quisermos chegar na situação dos EUA, com sua grande rede de hospitais de veteranos saturada pelas complicações do diabetes e da obesidade, é melhor parar de entupir nossos jovens com açúcar. Nossos militares merecem calorias de melhor qualidade.

 

José Carlos Souto é médico e diretor-presidente da Associação Brasileira Low Carb (ABLC)
CRM/RS 20303
Blog Ciência Low Carb: www.lowcarb-paleo.com.br/
@jcsouto

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