Março Azul: alimentação saudável é aliada na prevenção do câncer colorretal
Confira os fatores de risco e como prevenir
Março Azul é uma campanha anual dedicada à conscientização e prevenção do câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino. A cor azul-marinho simboliza essa iniciativa, que busca alertar a população sobre os riscos, métodos de prevenção e a importância do diagnóstico precoce dessa doença.
Dados
Conforme o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, estima-se a ocorrência de 45.630 novos casos de câncer colorretal no Brasil, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres. Esses números refletem a relevância da doença no cenário nacional e ressaltam a necessidade de medidas preventivas eficazes.
Riscos
A alimentação desempenha um papel importante na prevenção do câncer colorretal. Dietas ricas em carnes vermelhas e processadas, pobres em frutas, vegetais e fibras, estão associadas a um aumento no risco de desenvolvimento da doença. Além disso, o consumo excessivo de álcool e a inatividade física são fatores que contribuem para esse risco. A obesidade, frequentemente resultante de hábitos alimentares inadequados e sedentarismo, é outro fator de risco significativo para o câncer colorretal. Estudos indicam que o excesso de peso está diretamente associado ao aumento da incidência desse tipo de câncer. A relação entre obesidade e câncer colorretal pode ser explicada por mecanismos como inflamação crônica, resistência à insulina e alterações hormonais, que favorecem o desenvolvimento de células tumorais.
Prevenção
Adotar uma dieta equilibrada é fundamental na prevenção do câncer colorretal. O Ministério da Saúde destaca que alimentos ultraprocessados são os principais vilões, pois predispõem ao sobrepeso e à obesidade, estando diretamente associados ao aumento do risco de câncer colorretal. Além disso, a prática regular de atividade física e a manutenção de um peso corporal adequado são medidas eficazes na redução do risco.
O que comer e o que evitar
Alimentos que ajudam na prevenção
Fibras: cereais integrais, aveia, linhaça, chia, feijão e grão-de-bico ajudam a regular o trânsito intestinal.
Frutas e vegetais: ricos em antioxidantes, vitaminas e fibras, reduzem a inflamação e protegem as células.
Peixes e azeite de oliva: possuem gorduras boas que ajudam a combater processos inflamatórios.
Iogurte natural e kefir: são probióticos que auxiliam na saúde da microbiota intestinal.
Alimentos que aumentam o risco
Carnes processadas: embutidos como salsicha, presunto, linguiça e bacon contêm compostos cancerígenos.
Excesso de carne vermelha: o consumo excessivo pode favorecer processos inflamatórios no intestino.
Frituras e ultraprocessados: alimentos ricos em gorduras trans e aditivos químicos aumentam o risco da doença.
Bebidas alcoólicas e refrigerantes: contribuem para inflamações e prejudicam a microbiota intestinal.
Como detectar
Colonoscopia: exame mais eficaz para detectar lesões no intestino grosso e no reto. Pode identificar pólipos antes de se tornarem câncer.
Pesquisa de sangue oculto nas fezes: exame simples que detecta pequenas quantidades de sangue invisíveis a olho nu.
Sigmoidoscopia: exame semelhante à colonoscopia, mas avalia apenas a parte final do intestino grosso.
Exames genéticos: recomendados para pessoas com histórico familiar da doença.
Médicos recomendam exames periódicos a partir dos 45 anos ou antes, caso haja fatores de risco.
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Saiba mais sobre o médico Rafael Coelho @rafaelcoelhomed – www.rafaelcoelhomed.com.br
ACONTECE
Grupo L’Oréal no Brasil, ABC e UNESCO abrem as inscrições da 20ª edição do Para Mulheres na Ciência e lançam uma nova bolsa de estudo
Mulheres na ciência - Foto: Divulgação
Há 20 anos impulsionando a participação feminina na ciência brasileira, o Para Mulheres na Ciência, programa do Grupo L’Oréal, Academia Brasileira de Ciências e UNESCO, abriu inscrições para sua nova edição. A iniciativa visa promover e reconhecer a participação de mulheres na ciência, buscando maior equilíbrio de gêneros no cenário brasileiro. Oito pesquisadoras serão premiadas com bolsa-auxílio de R$ 50 mil em áreas como Ciências da Vida, Ciências Físicas, Ciências Químicas, Matemática, e, pela primeira vez, Ciências da Engenharia e Tecnologia, marcando a expansão do programa e seu compromisso com a diversidade na ciência. Além da bolsa, as laureadas terão acesso a treinamentos online exclusivos com foco em desenvolvimento pessoal, mídias sociais, negociação e gestão de equipes. As pesquisadoras interessadas em se inscrever esse ano e concorrer ao prêmio têm até o dia 30 de junho para se candidatar no link a seguir: https://www.forwomeninscience.com/challenge/show/131.
Selfit inaugura unidades nos bairros da Encruzilhada e Paissandu
A Selfit Academias realizou a inauguração de duas novas unidades no Estado. As inaugurações acontecerão nos bairros do Paissandu e da Encruzilhada. “Estamos muito felizes em ampliar nossa atuação em Pernambuco. Cada unidade aberta representa um investimento aproximado de R$4 milhões e traz consigo 20 empregos gerados, movimentando principalmente a economia local, tendo em vista que nossas academias possuem alto fluxo de alunos e as micro e pequenas empresas vizinhas ganham com isso. Para além, nosso objetivo é democratizar o acesso à atividade física de qualidade, impactando positivamente a saúde e o bem-estar da população”, comenta Fernando Menezes, CEO da Selfit Academias.
EM PAUTA
Campanha Março Vermelho coloca em destaque a prevenção e diagnóstico precoce de câncer do rim
A médica Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or, afirma que esta doença silenciosa é mais prevalente em homens e tem o tabagismo, a hipertensão, o excesso de peso, sedentarismo e as doenças renais como fatores de risco.
Médica Rafaela Pozzobon - Foto: Divulgação
A Sociedade Brasileira de Urologia aponta que, em três anos, o câncer de rim foi responsável por 10.800 mortes. Segundo o Observatório Global do Câncer, ligado à Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil registrou em 2022, 11.090 casos da doença, a maioria em homens com mais de 60 anos. A Campanha Março Vermelho é um momento oportuno para chamar a atenção da população sobre essa doença silenciosa, que é diagnosticada por acaso em exames de imagem ou no surgimento de sintomas como sangue na urina, perda de peso, dor nas costas ou na lateral da barriga e febre.
Os fatores de risco mais comuns são a obesidade e o sobrepeso, o tabagismo, a hipertensão, o sedentarismo e as doenças renais. A médica Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or explica que já existem estudos indicando que pacientes com cálculo renal têm mais propensão a desenvolver câncer. Entretanto, as evidências científicas não só tão robustas quanto às que associam a enfermidade a outros fatores.
A relação entre o câncer de rim e o excesso de gordura corporal preocupa os especialistas porque a obesidade segue avançando no Brasil. Segundo a pesquisa Vigitel - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, do Ministério da Saúde, os obesos representavam 24,3% do público entrevistado em 2023. Esse porcentual é mais que o dobro dos 11,8% computados pela Vigitel em 2006.
“Ainda não se sabe exatamente quais os mecanismos que fazem o excesso de peso propiciar o desenvolvimento deste tipo de câncer”, pondera a médica Rafaela Pozzobon, da Oncologia D’Or. “A teoria mais aceita é que o volume extra de gordura nas células aumenta o processo inflamatório e a resistência do organismo à insulina, favorecendo o aparecimento de tumores malignos”, complementa.
Diagnóstico precoce e tratamento
Embora não existam exames de rastreio para o câncer de rim, os médicos recomendam a realização regular de exames de imagem - como ultrassom, tomografia ou ressonância magnética – para pessoas com histórico familiar da enfermidade e com doenças renais tratadas como diálise a longo prazo. A cirurgia consiste no principal tratamento para tumores localizados. Nesses casos, a taxa de cura ultrapassa aos 80%. Nos últimos anos, o arsenal terapêutico para o câncer renal cresceu bastante. A introdução da imunoterapia e dos medicamentos inibidores de tirosina quinase aumentaram muito a sobrevida de pacientes com metástase. Pacientes com tumores avançados, mas sem metástase, também podem receber a imunoterapia após a ressecção do tumor, o que aumenta sua sobrevida.
"Saúde e Bem-estar" é atualizada toda segunda-feira no Portal Folha de Pernambuco
Colaboração: jornalista Jademilson Silva
jademilson@gmail.com
@jademilsonsilva