Mulher: saiba o que é SOP e sua relação com o desequilíbrio hormonal
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Hoje vou relatar sobre um tema bem específico, porém, com grande repercussão na saúde feminina: Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP). Escolhi este tema, pois, é uma doença que cada vez mais tem sido diagnosticada nas meninas e mulheres. No mundo, cerca de 20% a 30% das mulheres têm este diagnóstico e no Brasil aproximadamente 2,5 milhões de pessoas do sexo feminino são diagnosticadas por ano. Fisiologicamente ela consiste em um estado de hiperandrogenismo (aumento de hormônios sexuais) e resistência insulínica. Por isso as principais características visuais são aumento de pelos em locais pouco comum nas mulheres (hirsutismo), aumento do peso (geralmente entrando em obesidade) e unhas, pele e cabelo mais frágeis. Cada vez mais temos certeza de que além da genética, a alimentação é um dos principais gatilhos para início dos sintomas da doença. Uma dieta rica em carboidratos refinados (açúcar) leva ao aumento do risco de desenvolvimento da SOP. Não só isso, pois o excesso de gorduras saturadas que estão presentes nos alimentos industrializados, também está intimamente relacionada a esta doença. Outra característica muito comum é a irregularidade menstrual. E isso responde a dificuldade do diagnóstico na adolescência, visto que as jovens, naturalmente, têm ciclos menstruais irregulares. Mas, quanto maioria demora para o diagnóstico, maior o risco desta mulher tornar-se infértil. Para diagnosticar está doença é preciso atendimento médico especializado e multidisciplinar. Através da análise clínica (sinais e sintomas) e exames específicos é possível fechar o diagnóstico. Exercício físico é fundamental neste grupo de pessoas, pois leva ao controle da resistência insulínica
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Rafael Coelho
SAÚDE EM PÍLULAS
Julho Turquesa I – o mês faz um alerta para a Síndrome do Olho Seco, quando os olhos podem apresentar coceira, vermelhidão, ressecamento, ardor e sensibilidade à luz. “É importante estar atento aos sintomas e a frequência com que eles aparecem, pois além do desconforto, se não for tratada corretamente, a Síndrome do Olho Seco pode provocar lesões na córnea”, explica a oftalmologista Mirella Maranhão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE). A lágrima é responsável por nutrir e proteger as estruturas oculares externas, como a córnea e a conjuntiva. O tratamento vai desde a prescrição de colírios lubrificantes até cirurgia para o fechamento dos dutos lacrimais que drenam as lágrimas, para evitar a perda. “Cada caso é avaliado individualmente, com suas causas e sintomas, para, então, ser definido o melhor tratamento”, diz a médica
Julho Turquesa II - Como prevenção, é possível adotar alguns hábitos: descansar os olhos após o uso de aparelhos eletrônicos como tablets e celulares; ajustar a altura da tela do computador; piscar com mais frequência, para ajudar na lubrificação dos olhos; hidratar-se; evitar a exposição à fumaça e fazer a higiene dos olhos corretamente. “Outro cuidado é investigar, com a ajuda médica, se a Síndrome do Olho Seco é sintoma de doenças como a blefarite, que é uma inflamação na região dos cílios que obstrui a glândula lacrimal e, com isso, pode ressecar os olhos, completa a oftalmologista Mirella Maranhão.
Cardiologista alerta para o acidente vascular cerebral isquêmico
AVC é a principal causa de morbidade entre os brasileiros – Foto: Canva
O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é a principal causa de morbidade na população brasileira, segundo dados do Ministério da Saúde. Nos jovens, apesar de extensa investigação, até 40% dos casos não têm sua causa definida, sendo denominados AVCi criptogenicos. O Forame Oval Patente (FOP) é uma das principais causas desse tipo de AVC, que pode permitir uma passagem potencial de êmbolos para os demais órgãos, inclusive o cérebro. De acordo com o cardiologista e hemodinamicista do Real Cardiologia, Heitor Medeiros, o Forame Oval (FO) é uma estrutura embrionária natural e indispensável na circulação fetal, por possibilitar uma comunicação interatrial necessária ao aporte sanguíneo para os segmentos superiores, com reduzidas passagens pulmonares. Porém, existe a persistência do FP, em até 25% das pessoas, sendo um defeito comum no coração. "Só se deve fechar esse defeito com indicação, ou seja, se o paciente tiver tido AVC, sem outra explicação”, informa. Quando o paciente tem esse tipo de comunicação, muitas vezes assusta, mas é preciso alertar que o mais importante é o acompanhamento com o cardiologista. A grande maioria dos casos vai permanecer aberto, sem causar qualquer prejuízo para o indivíduo.
OPINIÃO – PALAVRA DO ESPECIALISTA
Mulheres devem esperar quatro semanas após vacina anticovid para fazer mamografia de rotina
Alerta é feito pela Sociedade Brasileira de Mastologista (SBM)
Marcia Pedrosa é médica mastologista – Foto: Divulgação
As mulheres que fazem mamografia de rotina devem esperar quatro semanas para tomar a vacina contra o Covid-19. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) alerta para esse cuidado, porque algumas pessoas podem desenvolver linfonodopatias axilares, um evento raro, que é o aumento dos linfonodos (gânglios), mas que pode ser causado por qualquer injeção ou vacina, não apenas pelos imunizantes contra a Covid-19.
Foi registrado um aumento agudo de descrições pelos radiologistas, nos laudos de mamografia e ultrassonografia, da presença de linfonodos, também chamados gânglios ou ínguas, nas axilas dos pacientes, sugerindo doenças que deveriam ser investigadas. A vacina é a inoculação de uma partícula que gera um processo inflamatório, podendo causar reação local e regional. A reação local é percebida horas após a vacinação, quando o braço fica vermelho, duro e inchado.
A linfonodopatia axilar foi relatada por 11,6% das pessoas que receberam a vacina contra a covid-19 da Moderna, imunizante não usado na campanha de vacinação no Brasil, mas que tem sido aplicado em maior quantidade nos Estados Unidos. Outras vacinas que provocam uma resposta imune forte como a do sarampo e a da influenza podem gerar a mesma reação.
Se a paciente apresentar uma linfonodopatia axilar ou cervical logo após a vacina, isso muito provavelmente é uma reação ao imunizante. A recomendação para que mulheres façam mamografia antes da vacina ou quatro semanas após a segunda dose é uma forma de evitar erros no diagnóstico. Se a paciente não puder esperar o tempo recomendado entre a vacina e o exame, deve informar ao radiologista e ao médico que a acompanha que recebeu a dose do imunizante.
Caso esse sinal dure quatro ou mais semanas, deve-se procurar uma assistência médica para investigar. A vacina não causa câncer, mas pode haver a coincidência de os sinais do câncer surgirem na mesma época em que a pessoa recebeu o imunizante. Mulheres acima de 40 anos devem fazer o exame de mamografia anualmente.
Marcia Pedrosa é médica mastologista do Memorial Oncologia e Preceptora da Residência Médica do IMIP.
Fone: (81) 2138-077