Novo Nordisk esclarece comentários feitos por participantes de reality show sobre uso do medicamento Ozempic® (semaglutida)
Confira a nota enviada para a coluna Saúde e Bem-estar
No último dia 3 de março, participantes de um reality show de grande audiência conversaram sobre o medicamento Ozempic® (semaglutida), mencionando seu uso para perda de peso.
A respeito desse tema, a Novo Nordisk esclarece que o Ozempic® (semaglutida) é indicado, em conjunto com dieta e exercícios, exclusivamente, para o tratamento de pacientes adultos com diabetes tipo 2 não satisfatoriamente controlada (ou seja, quando o nível de açúcar no sangue permanece muito alto).
É importante ressaltar que a companhia não endossa ou apoia a promoção de informações de caráter off label, ou seja, em desacordo com a bula de seus produtos. O Ozempic®, aprovado e comercializado no Brasil para diabetes tipo 2, não possui indicação aprovada pelas agências regulatórias nacionais e internacionais para obesidade.
A Novo Nordisk trabalha incansavelmente para que novas opções terapêuticas cheguem às pessoas que vivem com obesidade em todo o mundo. Atualmente, o único medicamento da companhia disponível no Brasil para o tratamento da obesidade é Saxenda®, lançado no país em 2016. Em 2020, Saxenda® foi aprovado para prescrição também em adolescentes de 12 a 18 anos, tornando-se o único tratamento para obesidade aprovado para faixa etária no Brasil.
Recentemente, a Anvisa aprovou a utilização da semaglutida 2,4mg (Wegovy™) para o tratamento da obesidade, com base nos estudos de segurança e eficácia do programa “STEP- Semaglutide Treatment Effect in People with Obesity”, e tem previsão de chegada ao mercado brasileiro para o segundo semestre deste ano.O medicamento é indicado como coadjuvante à redução de calorias e aumento da atividade física em adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) inicial maior ou igual a 30 kg/m2 (obesidade) ou maior ou igual a 27 kg/m2 (excesso de peso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada com o peso.
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Em Pauta
Procedimentos estéticos: quando os métodos ultrapassam o limite da identidade
Jéssica Magalhães é biomédica e especialista em pele preta - Foto: Divulgação
Ao longo dos anos a sociedade vem buscando desconstruir padrões de beleza impostos. Entretanto, mesmo com os avanços identitários, as imposições ainda são presentes e moldáveis aos interesses do tempo. Se pararmos para analisar alguns momentos pelos quais já passamos, podemos concluir que certos moldes estão ligados às classes sociais economicamente dominantes, reproduzindo formas e estruturas hegemônicas.
Para Jéssica Magalhães, biomédica e especialista em pele preta com mais de 10 anos de atuação, não existem métodos para o embranquecimento da pele.
“Existem procedimentos que podem ter como efeito adverso a morte do melanócito, que é a célula que produz a cor da pele. Mas não é saudável ou indicado induzir propositalmente. A melanina é uma proteína de proteção e a ausência dela, como em casos de albinismo, exige cuidados específicos para que não haja danos à saúde”, esclarece a biomédica.
A especialista reforça a importância dos cuidados, alerta sobre os riscos e aborda um questionamento que é crucial sobre o respeito aos procedimentos estéticos, uma vez que precisamos e merecemos de cuidados especializados que não nos descaracterizem e valorizem a beleza ancestral que carregamos.
“Existem riscos diversos à saúde física e psicológica. Ao realizar procedimentos para modificar as características naturais há uma frustração com o resultado e processo, abrindo caminho para dores latentes criadas por uma sociedade que julga os traços negroides. É preciso ter respeito às dores, às necessidades e origens de nossos pacientes, completa Jéssica.