Obesidade infantil: desafio crescente no Brasil
A transição nutricional observada no Brasil tem sido marcada pelo aumento dos ultraprocessados
Semana passada nos deparamos com uma pesquisa sobre o crescimento da obesidade infantil no Brasil e gostaria de compartilhar. As crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas. É o que mostra estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London. Os resultados do estudo indicaram que, entre 2001 e 2014, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro. A prevalência de excesso de peso e obesidade também teve aumento considerável entre os dados analisados. A prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%. A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Regional Health – America e baseou-se na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras. Segundo os pesquisadores, tais resultados indicam que o Brasil, assim como os demais países em todo o mundo, está longe de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de deter o aumento da prevalência da obesidade até 2030. A notícia foi publicada dia 2 de abril deste ano pela Agência Brasil.
Nos últimos anos, a obesidade infantil emergiu como um desafio crítico na sociedade brasileira, suscitando preocupações significativas sobre os hábitos alimentares e de estilo de vida das crianças. Esse fenômeno reflete uma complexa interseção de fatores, que vão desde mudanças nos padrões alimentares até o aumento do sedentarismo e a prevalência das telas digitais na vida cotidiana das crianças. É importante analisar o papel da alimentação na questão da obesidade infantil. A transição nutricional observada no Brasil nas últimas décadas tem sido marcada pelo aumento do consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em calorias vazias, açúcares e gorduras saturadas. O fácil acesso a esses produtos, muitas vezes promovidos por estratégias de marketing agressivas voltadas para o público infantil, contribui significativamente para a ingestão excessiva de calorias e a deterioração da qualidade da dieta das crianças.
Além disso, o sedentarismo tornou-se uma preocupação crescente entre os jovens brasileiros. A urbanização acelerada, aliada ao aumento do uso de tecnologia, resultou em uma diminuição drástica da atividade física entre as crianças, que agora passam mais tempo sentadas em frente às telas do que brincando ao ar livre. A falta de atividade física regular não apenas contribui para o ganho de peso, mas também aumenta o risco de desenvolver uma série de condições de saúde, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
As noites e madrugadas passadas em telas de celulares, tablets e computadores também desempenham um papel significativo no aumento da obesidade. A exposição prolongada à luz azul emitida por esses dispositivos interfere nos ritmos circadianos das crianças, perturbando seus padrões de sono e aumentando o risco de ganho de peso. O tempo gasto em atividades sedentárias durante a noite muitas vezes substitui o sono adequado, fundamental para o metabolismo saudável e o controle do peso.
Dicas para crianças
Alimentação saudável
- Incluir mais frutas e vegetais
- Reduzir alimentos ultraprocessados
- Priorizar alimentos integrais
- Atentar o tamanho das porções (controlar calorias e incentivar noção de saciedade)
- Promover a hidratação adequada
Estilo de vida
- Praticar exercícios físico e esportes
- Limitar o tempo de telas
- Incorporar atividades físicas no cotidiano (brincar ao ar livre, por exemplo)
- Incentivar o uso de jogos de tabuleiros
- Ter hora certa para dormir e acordar
As nossas crianças precisam de ajuda!
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Minicurso gratuito sobre Flebotomia é ministrado no UniFBV Wyden
Visando fornecer uma compreensão abrangente e prática da técnica de flebotomia para os estudantes, o Centro Universitário UniFBV Wyden desenvolveu uma iniciativa conjunta entre seus departamentos de saúde: um minicurso de flebotomia. O evento ocorrerá no Núcleo de Saúde, nos dias 24 e 25 de abril, das 9h até às 11h da manhã. O público alvo são discentes dos cursos de farmácia e biomedicina, tanto internos quanto externos, dispostos em turmas de 25 alunos em cada dia. Os conhecimentos contemplados serão teóricos e práticos, ministrados pelo professor Esp. Stefson de Souza Oliveira. Inscrição AQUI
Cuidados paliativos garantem qualidade de vida a pacientes com câncer
O Dia Mundial de Combate ao Câncer é lembrado hoje. A doença é responsável pela morte de mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O diagnóstico e o tratamento ainda provocam, em muitos casos, ansiedade e depressão aos pacientes e nesse contexto, os cuidados paliativos são aliados importantes para complementar as abordagens necessárias a muitas dessas pessoas que portam uma doença neoplásica. “Eles têm por objetivo principal aliviar sintomas físicos, cuidar da saúde mental e oferecer apoio para pacientes e familiares. Pacientes oncológicos em estágio avançado (com metástase), pessoas em tratamento oncológico com sintomas de difícil controle em qualquer fase da doença e pessoas com neoplasias hematológicas avançadas ou refratárias, são muito beneficiados por essa abordagem", explica Lívia Interaminense, médica paliativista da Multihemo Oncoclínicas.
Doença periodontal: um dos principais fatores de quedas de dentes em adultos. O implante dentário é a técnica mais eficaz, segundo especialistas
É crescente a quantidade de adultos que estão perdendo os dentes e as consequências para a qualidade de vida e a autoestima
O cirurgião-dentista, Juliano Borelli, é pós-graduado em Implantodontia e prótese sobre implante pela Associação Brasileira de Odontologia (ABO) de Campinas (SP), e tem mais de 20 anos na função - Foto: Divulgação
Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em 2020, destacam que 34 milhões de brasileiros adultos (acima dos 18 anos) perderam 13 ou mais dentes. Outros 14 milhões vivem sem nenhum dente após perdas ao longo da vida no Brasil.
“Um dos principais fatores desse problema é a doença periodontal: uma inflamação dos tecidos que suportam os dentes, provocando o acúmulo duradouro de biofilme dental (ou seja, uma bactéria que se forma sobre os dentes ou qualquer superfície rígida dentro da boca). Em casos mais leves, é caracterizada clinicamente pela inflamação da gengiva, podendo resultar em sangramento”, informa o cirurgião-dentista Juliano Borelli.
A prótese total – conhecida como dentadura – é a solução mais procurada pelos adultos que perderam os dentes. Mas, Juliano Borelli, pontua:
“Há uma solução mais eficaz, sendo a colocação de um implante dentário definitivo por meio de cirurgia, por se tratar de uma solução mais duradoura à substituição dos dentes perdidos”, diz.
O processo da implantação dentária envolve várias etapas de pré-operatório holístico com o paciente, para um resultado pós-operatório eficiente.
"Saúde e Bem-estar” é atualizada às segundas-feiras no Portal Folha de Pernambuco"