Saúde intestinal e público feminino
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Muitas pessoas sofrem de ansiedade, estresse, dificuldades com o sono e compulsão alimentar. Então procuramos uma resposta para isso e, na maioria das vezes, a alternativa de alguns profissionais é simplesmente olhar para a queixa pontualmente.
Mas será que existem formas mais integrativas de se avaliar isto? O intestino é um órgão multiespecializado e as suas funções vão desde a digestão e absorção de alimentos ao controle da imunidade, controle do colesterol no sangue, equilíbrio do açúcar e saúde mental. Estatisticamente, um grupo de indivíduos que sofre de problemas relacionados a esse órgão são as mulheres.
Isso ocorre por fatores hormonais, alimentares, baixa hidratação e sedentarismo. Muitas vezes consideramos que temos uma boa saúde intestinal porque vamos todos os dias ao banheiro, o que seria muito limitado sabendo que esse órgão vai além disso.
Devemos lembrar que lá são produzidos hormônios relacionados ao bem-estar, estresse, sono e concentração. Temos, por exemplo, a Serotonina (alegria), Melatonina (sono) e Dopamina (concentração). Logo, com frequência a mulher está estressada, com baixa qualidade no sono e irritada e isso certamente sugere comprometimento da saúde intestinal.
Outros sinais e sintomas são o ganho de peso, espinhas na pele, rinite alérgica, gases excessivos, candidíase e infecção urinária de repetição. Um dos principais tipos de bactérias da microbiota intestinal é o L. Acidophilus, também presente na flora vaginal da mulher e, por isso, uma queda nesta quantidade de bactérias pode levar à candidíase crônica. Algo que desregula bastante a saúde intestinal é o uso de antibióticos. Alimentos contaminados com metais pesados, pouca fibra, pouca ingesta hídrica também contribuem.
Para uma boa saúde do seu intestino, é necessário o uso de probióticos (bactérias do bem) e prebióticos (as fibras). Baseado em evidências, a suplementação com eles pode melhorar casos de infecção urinária de repetição, hipercolesterolemia, prevenir o ganho de peso e diminuir casos de ansiedade. Oriento também ingesta de água adequada, dieta pobre em açúcares refinados e exercício físico.
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*Rafael Coelho (CRM: 23943/PE) é médico.
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