Uma data para lembrar a obesidade

Amanhã é o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

Diversas doenças estão ligadas ao excesso de peso

Olá, internautas que acompanham a coluna Saúde e Bem-estar 

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade lembra a importância de se informar, se cuidar e lutar contra essa doença crônica. O excesso de gordura é apenas um dos problemas causados, além das doenças cardiovasculares, doenças do fígado, diabetes, etc. 

Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado com dados da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde, 2019) mostra que 95,9 milhões de brasileiros - acima de 18 anos - estão com excesso de peso, sendo que 41,2 milhões deles são considerados obesos. Isso equivale a 60,3% da população maior de idade, sendo que as mulheres e os homens entre 40 e 59 anos são os mais afetados. Entre elas, 73,1% estão com sobrepeso e 38% têm um quadro de obesidade. Já entre os homens dessa faixa etária, são 67,1% e 30,2% respectivamente. (IBGE, outubro/2020)

Ainda segundo o IBGE, entre 2003 e 2019, os índices divulgados apontam que, no ano passado, 26,8% dos brasileiros acima de 20 anos eram considerados obesos, enquanto o percentual era de 12,2% há 16 anos. Os índices são alarmantes e exigem uma urgente mudança de hábitos. A obesidade é tratada como doença há poucas décadas, mas se trata de uma epidemia mundial que refletiu no estilo de vida do brasileiro, aumentando o consumo de alimentos industrializados e fast-foods e que, por consequência, gerou números alarmantes e que refletem diretamente na saúde física e emocional das pessoas. 

A doença que atinge todas as classes sociais, pode acarretar em diversos problemas como alteração na pressão arterial, diabetes, problemas articulares nos joelhos e quadril, deficiências no fígado, maior incidência para vários tipos de câncer, além de depressão e problemas de ordem social. 

Confira 5 dicas  para uma rotina mais saudável e ativa, que contribui para prevenir o sobrepeso e obesidade:

Alimentação Saudável:
A montagem de um cardápio à realidade do paciente é o primeiro passo para sua vida saudável. Aprenda a comer comida de verdade. “Descasque mais, desembrulhe menos”, diz Rafael Coelho. Inclua nas refeições diárias, no mínimo, 3 frutas, além de legumes, vegetais e tubérculos. Alimentos fibrosos também são importantes em uma dieta balanceada. 

Exercício Físico:
Coloque-o na sua rotina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 150 minutos semanais de treino. 30 minutos de uma caminhada por dia seriam suficientes, 5 dias por semana. 

Ritual Alimentar:
A sacada também é manter um ritual alimentar. Comer nas horas corretas, calmamente, mastigando bem os alimentos, sem distrações como televisão, smartphones, lives. Viva o momento.

Atenção à hidratação:
Hidratar-se bem durante o dia é essencial para uma vida saudável. Por isso, mantenha uma garrafa de água ou chá sempre à mão.

Inclua proteína em todas as refeições:
A proteína satisfaz a fome com maior eficácia do que as gorduras e os carboidratos. Consuma pequenas quantidades em todas as refeições: podem ser iogurtes, nozes, barras de proteína, queijos ou atum.

O intestino e o sono também devem estar em dia para a qualidade de vida de um modo geral e, consequentemente, o controlo de peso.

Seja a sua melhor versão!
Rafael Coelho

Notas

Incidência de câncer de mama em pacientes jovens é a maior em dois anos 

Outubro Rosa

Aumentam casos de câncer entre pessoas mais jovens - Foto: Canva

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA) é estimado que a cada ano do triênio 2020-2022, ocorram 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. A doença, que comumente afeta mulheres acima dos 50 anos, agora, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), está com aumento de incidência entre pacientes mais jovens, antes dos 35 anos. Nos últimos dois anos, a SBM demonstrou que o câncer de mama entre as mulheres mais jovens representou 5% do número total de casos. Antes, essa porcentagem era de 2%. A mastologista Alessandra Saraiva, da Multihemo Oncoclínicas, alerta que existem fatores de risco que contribuem para o surgimento da doença, como o estilo de vida não saudável, mulheres que não querem engravidar, ou têm gestação tardia - após os 30 anos -, sedentarismo, obesidade, rotina estressante e alimentação inadequada.

“O câncer de mama em mulheres jovens é ainda mais preocupante, porque o tumor, quando descoberto, é mais agressivo, já que as pacientes antes dos 35 anos não fazem a prevenção e o rastreio da doença adequados. Então, quando o diagnóstico é feito, a condição já está em estado avançado”.

Em pauta

Nutrição e Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Dietoterapia controla e ameniza os sintomas da SOP

Nutricionista Thay Miranda

Thay Miranda é nutricionista - Foto: Divulgação

Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é um distúrbio endócrino de causa desconhecida que provoca alterações nos níveis hormonais, levando a formação de cistos nos ovários, além de diversos sintomas, como: obesidade, menstruação irregular, infertilidade, hirsutismo (aparecimento de pelos em locais incomuns para mulheres), acne, síndrome metabólica, acanthosis nigricans, devido ao aumento da resistência à insulina, além de sintomas relacionados à Tensão Pré-menstrual, bastante exacerbados. 

Apesar de já ter sido bastante comum, o tratamento com anticoncepcionais e anti-diabéticos hoje em dia não são mais recomendados, e o que demonstra mais eficiência no controle dos sintomas é de fato a aplicação de dietoterapia. Por este motivo, a modificação do estilo de vida como um todo, através de uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos regularmente é fundamental para o melhor resultado. 

Uma dieta low carb funcional é hoje o mais indicado para mulheres portadoras de SOP. Deve haver o controle da ingestão de carboidratos de forma controlada, que podem representar até 30% do consumo energético do dia, através de raízes, tubérculos e frutas. O excesso de gorduras saturadas e de sódio não são indicados e podem provocar a piora de sintomas como retenção de líquidos e excesso de gordura no fígado. 

Alimentos naturalmente ricos em gordura também devem fazer parte da rotina, tais como: azeite, gorduras vegetais, abacate, coco, castanhas, etc. Alimentos processados, ultraprocessados e industrializados devem ser evitados ao máximo, bem como os adoçantes, que ativam a insulina e podem provocar maior compulsão por doces. O ideal é sempre consultar profissionais especializados para diagnóstico e tratamento seguros, como: endocrinologista, ginecologista e uma nutricionista que entenda o problema e busque além de uma low carb convencional para o melhor resultado.

Thay Miranda é nutricionista clínica e funcional especializada em Saúde da Mulher e coordenadora científica da Feira de Nutrição Recife Nutrition.
CRN/PE: 39431

@thaymiranda.nutri
 

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